⊱Vinte e dois⊰

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𝓟recisava de um descanso.

Eu estava esgotado com o dia de hoje. Acordei cedo para trabalhar na loja, na parte da tarde fui ao casamento da irmã de Henrique, descobri que Henrique já havia sido casado com uma mulher chamada Bárbara e que juntos tiveram uma filha que se chamava Lavínia, acompanhei o drama familiar da família tradicional Honorato, consolei Henrique depois da discussão, depois comemos e agora eu estava aqui, de volta ao apartamento de Henrique.

Meus ombros estavam pesados com o fardo que carreguei em apenas um dia, mesmo com a roupa que eu usava sendo tão leve. A primeira coisa que fiz foi tirar o blazer do terno, ficando apenas com a camisa social e o colete. Segui Henrique até o seu quarto, me jogando sobre a sua cama, sentindo certo alívio por estar ali. Não era a minha casa, mas só de ser um lugar familiar, já me deixava bastante feliz. Eu havia estado longe demais por muitas horas, cercado de pessoas ricas e sem graça. Tudo o que eu mais queria era relaxar da tensão que era estar num verdadeiro ninho de cobras.

Henrique deitou-se ao meu lado na cama, completamente largado, suspirando de alívio, enquanto caía na gargalhada. Eu olhei para ele tentando entender porque estava rindo, mas acabei sendo contagiado por ele e ficamos ali por um tempo, rindo e fitando o completo nada.

― Hoje foi uma merda! ― disse ele ainda rindo. ― Mas que bom que você estava lá comigo!

Seu olhar encontrou o meu e agora nossos risos eram contidos. Meu coração batia acelerado dentro do meu peito enquanto meu corpo se mantinha estático. Ele parecia grato por eu estar ali com ele e aquilo de certa forma aqueceu o meu coração. Senti uma energia invisível emanando de mim para ele e dele para mim.

― É o que fazem os amigos não é mesmo? ― disse por fim.

― É! ― o olhar dele mudou e sua voz soou vazia, enquanto ele se levantava da cama. ― Acho que vou tomar um banho, estou um pouco sujo!

― Ah, eu tomo depois de você!

― Tudo bem! ― disse ele dando de ombros.

Henrique começou a tirar a roupa ali mesmo ficando apenas de cueca. A sua cueca era vermelho, a cor da paixão como muitas pessoas diziam. Não pude deixar de olhar para o volume acumulado no meio frente da sua cueca boxer, deixando um recheio e tanto. Seu pau era enorme e eu sabia bem disso. Era quase impossível não olhar aquela mala diante de mim, mas tentei disfarçar um pouco para que não fosse pego olhando para o seu mastro.

Henrique abaixou a cueca, ficando completamente nu na minha frente sem se importar. Tinha total liberdade para aquilo, afinal de contas, ver não era nada comparado ao que já havíamos feitos com aquele instrumento. Ele não estava enrijecido, mas o volume na sua cueca fazia parecer que sim pela magnitude da sua massa. Resolvi parar de olhar fitando o teto, enquanto Henrique passava para o banheiro naturalmente, enquanto eu dava mais uma olhada na sua bunda malhada, assim como todo o resto do seu corpo.

Respirei fundo, ainda deitado olhando para o teto sem saber exatamente o que eu havia perdido ali. Não havia perdido nada. Sentei-me na cama passando a mão pelos meus cabelos lisos. Estavam começando a crescer novamente. Fazia três meses que eu não dava um corte nele. Tirei o colete colocando ao meu lado na cama, depois tirei a camisa. Ali dentro não fazia nem frio e nem calor. Era uma temperatura ambiente, de uma forma que não me incomodava ficar sem camisa. Tirei a calça e as meias por fim, ficando apenas de cueca.

Por um momento lembrei da foto sobre o criado mudo. Levantei-me e me dirigi na mesma direção. A foto ainda estava lá tão bela quanto antes. Agora elas não eram estranhas para mim. Era completamente surreal conhecer as pessoas que vi em uma foto. Ver elas ganharem vida era uma experiência totalmente mágica. Sorri com a alegria que aquela foto passava e por na vida real Hannah estar sempre sorrindo como naquela foto, trazendo ainda mais verdade para aquele quadro.

Quem dá mais por ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora