― 𝓥ocê é um puta egoísta! ― disse Jachson em um resmungo, parecendo uma criança chorona.
― Pois é! ― concordou Guga imediatamente. Nunca o vira tão empenhado em falar daquela maneira.
Revirei os olhos.
― Você conhece um dos caras mais ricos desse país e não quer apresentar eles para a gente? ― interpelou ele. ― Isso é que é desconsideração com os amigos viu!
― Vocês só querem que eu apresente ele para vocês porque querem extorquir o coitado.
― Não é extorsão se ele tem dinheiro para dar e vender! ― disse Guga e eu o fulminei com o olhar, mas ele não pareceu se importar.
― Acho que preferia você quando não interagia com o mundo real! ― confessei.
― Qual é, já faz mais de duas semanas que a gente te pede para você apresentar ele para a gente!
― E a resposta é sempre a mesma. Não. Não vou apresentar ele para vocês e fim de papo!
― Ninguém aguenta tanto tempo uma insistência.
― Eu aguento! ― expus. ― Já aguentei coisas muito piores!
Lembrei claramente do momento na noite em que fui penetrado por Henrique. A ardência no meu ânus. Lembro que depois que Henrique gozou dentro de mim, o quanto a ardência persistiu por mais algum tempo. Aquilo me incomodou de fato. Tive de me limpar, mas parecia que um toco de madeira havia entrado ali e deixado pequenas frestas nas minhas paredes anais, mas o pior ainda estava por vir. Foi horrível quando tentei cagar na casa de Henrique na mesma noite. Além da vergonha de sair um estrondo, minhas paredes anais ainda estavam doendo, logo que terminamos de transar. Nem sabia como não tinha melado Henrique e a sua jeba de 21 centímetros.
― Vamos continuar insistindo até você não aguentar mais! ― disse Guga dando uma risadinha sádica e me tirando do meu devaneio.
― Eu vou continuar dizendo não e quando não aguentar mais vocês dois insistindo, vou pedir minha demissão desse lugar. Vocês me entenderam bem?
Mesmo bufando os dois assentiram com a cabeça. Respirei aliviado, ainda olhando para suas expressões até que seus rostos congelaram e seus olhos fitavam embasbacados alguma coisa além de mim. Virei-me para ver o que havia os deixado daquele jeito e também fiquei pasmo. Ele estava entrando ali mesmo de terno e gravata. Talvez tivesse atravessado a cidade inteira para estar ali naquele momento. Meu coração foi atingido por uma enorme pedra de gelo. Nem ao menos percebi, mas havia prendido a respiração e agora soltava, pois precisava respirar para sobreviver.
― Henrique? ― indaguei no mesmo momento.
Ele sorriu.
― Eu sou o Jachson! ― gritou estendendo a mão.
― Eu sou o Guga!
Revirei os olhos e me voltei para Henrique, desviando a atenção deles totalmente para mim novamente.
― O que você está fazendo aqui? ― perguntei ainda surpreso com a sua presença ali no meio do dia.
― Eu preciso falar com você!
― Aconteceu alguma coisa?
― Bem, eu queria falar com você em particular, será que tem como?
― Ah, daqui a dez minutos é a minha hora do almoço, aí vou poder sair.
― Você pode sair mais cedo se quiser! ― disse Jachson com um sorrisinho.
― É sério?
― É. Vai lá.
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Quem dá mais por ele?
RomanceQuem dá mais por ele? É o que eu escutava aquela noite inteira. Estava quase chegando a minha vez de ser leiloado. Confesso que eu estava bastante nervoso com o fato daquela licitação, mesmo sendo vendido em benefício daquela instituição para gays d...