⊱Dezenove⊰

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omos para a nossa mesa marcada.

O lugar onde seria realizada a recepção dos convidados estava simplesmente mágica. Haviam luzes envoltas nos cabos de madeira que ficavam em cada canto do lugar. Haviam arranjos de flores que deixavam o lugar com um toque bem mais delicado. A banda estava com os seus melhores trajes tocando uma música de fundo, enquanto cada um se acomodava nas suas respectivas mesas.

Nas mesas eu podia ver algumas personalidades famosas se relacionando com os outros ricos que eu não conhecia, porém ninguém de quem eu realmente fosse fã. Mesmo que o meu lado pobre estivesse gritando para pedir um autógrafo à alguns deles, mas me contive. Não queria fazer um papelão no casamento do Henrique, além de que era um dia de lazer para todos e não deveria mesmo incomodá-los pedindo autógrafos nem nada parecido. Me contentei em apenas olhá-los de longe e guardar bem a imagem na minha memória.

A noiva foi aplaudida por todos os presentes enquanto se aproximava com o seu noivo, acenando e soltando beijos no ar. Ele segurava o belo buquê de flores nas mãos fazendo um ar malicioso e eu tinha a certeza de que agora ela iria jogar para saber quem seria a próxima a casar. Uma tradição dos casamentos. Todas as mulheres solteiras correram em disparada como se suas vidas dependessem daquilo. Por fim, todas se agruparam num lugar só cerca de três metros da noiva. Ela balançou o buquê até que por fim o lançou. Uma mulher com cerca de quarenta anos pegou o buquê. Nunca a havia visto em minha vida, assim como todos naquela festa.

Depois todos voltaram às suas individualidades, conversando entre si. Henrique voltou seu olhar para mim novamente com um sorriso radiante. Eu conhecia a música que a banda estava tocando, afinal. Deixaram de tocar apenas instrumental e finalmente deram lugar a um cantor que fazia a sua versão de "All of me" do John Legend, uma das minhas músicas favoritas do cantor.

― Está gostando do casamento? ― perguntou Henrique por fim.

― Sim. Com certeza é um dos casamentos mais bonitos que eu já vi na minha vida. Não esperava menos de uma das famílias mais ricas do país!

Henrique riu.

― A cerimônia foi bem reservada apenas para os mais íntimos. Minha irmã sempre gostou de ser mais simples. Dependendo da minha mãe ela convidaria até a imprensa para participar desse casamento.

― Se bem que a imprensa está infiltrada aqui de qualquer forma com aquela repórter bonitona ali!

― É, você tem razão! ― adimitiu Henrique soltando uma risada. ― Posso te apresentar à alguns famosos depois se você quiser!

Dei de ombros sorrindo. Um homem com uma garrafa de champanhe na mão se aproximou. Era um dos vários garçons que estavam servindo as várias mesas presentes ali. Ele preencheu as taças vazias que já estavam posicionadas ali na mesa com aquela bebida. Lembro-me bem do gosto espumado que explodia em minha boca na primeira vez em que provei pela primeira vez no encontro que tive com Henrique, onde nós conhecemos.

― É melhor não! ― respondi por fim enquanto o garçom se locomovia para a mesa mais próxima.

― Por que não?

― Porque eu não sei conversar com essa gente Henrique!

― Basta se apresentar, ricos adoram falar.

― Não, prefiro ficar aqui e conversar com você que eu tenho assuntos até demais!

― Tudo bem então, você é quem sabe!

Bebi o primeiro gole do champanhe daquela festa. Estava um sabor fenomenal. A mesma sensação que havia sentido da primeira vez que o provara se fazendo presente outra vez no meu paladar, explodindo em boas sensações. Não demorei muito para tomar metade da taça de uma vez enquanto Henrique me encarava com olhos grandes.

Quem dá mais por ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora