Pov da Malena em primeira pessoa:
Acordei do meu descanso e levantei. Me olhei no espelho e reparei no quanto as roupas élficas eram bem feitas e bonitas. Era apenas uma camisola, mas era perfeita e confortável. Escutei uma batida na porta e pedi para que a pessoa entrasse, era Aredhel.
Aquela elfa estava sendo muito simpática comigo e apesar de termos nos conhecido hoje, eu estava lhe adorando.
Em suas mãos repousavam uma bandeija de comida. Seus cabelos castanhos e cacheados caiam soltos por seus ombros; ela vestia um longo e majestoso vestido verde-claro — com um decote vantajoso nos seios e uma pequena abertura nas costas —, seus lábios vermelhos e carnudos se abriam em um sorriso, sua pele morena parecia brilhar e seus olhos cor de mel demonstravam serenidade.
Aredhel era linda e eu não pude evitar pensar em quantos homens já devem ter se encantado por ela.
— Olá, Maly. Olha, infelizmente, o rei pediu para que hoje você e os demais de sua família fossem servidos no quarto. Ele disse que por conta da viagem vocês estariam todos cansados.
— Está bem, Aredhel, muito obrigada.
Aredhel me entregou a bandeija e ficou conversando comigo. Eu lhe perguntei se ela queria um pouco, mas ela me disse que já havia comido. Ela parecia ser uma boa pessoa e eu estava me divertindo muito com ela. Ela pediu para que eu a chamasse de Dhel.
— Todos os nomes élficos tem um significado especial, não é? — perguntou Malena.
— Sim! O meu por exemplo tem um significado lindo e é uma homenagem. — disse Aredhel.
—Homenagem? Homenagem para quem?
— Aredhel, também chamada de Ar-Feiniel ou a Senhora branca de Noldor, foi a terceira filha de Fingolfin, o Rei dos Noldor e Anairë, que ela mesma era também uma Noldo. Seus irmãos mais velhos eram Fingon e Turgon, e seu irmão mais novo era Argon. Minha mãe sempre admirou os Noldor e sua história, por isso fez essa homenagem.
— Mas quem são os Noldor?
— São Elfos do Segundo Clã que migraram para Valinor e viviam em Eldamar.
— Ah sim! Que interessante a origem do seu nome, Dhel.
— E o seu nome, Malena? O que ele significa?
— Bom, meu nome tem dois significados. Ele significa "brilho imprudente" e "magnífica". E... Foi meu pai que escolheu.
— Por que ele escolheu esse nome?
— Minha mãe me disse que era porque ele dizia que eu tinha cara de uma menina sapeca, mas com uma beleza magnífica.
— Ah que lindo. Bom, que tal se arrumar para irmos no jardim ver as estrelas?
— Claro! Vamos.
Aredhel escolheu um vestido para mim e prendeu meu longos cachos ruivos em um coque magnífico. Meu vestido era azul escuro e tinha um decote nos seios. O que me deixou muito sensual.
— Esse vestido ficou perfeito. — disse Aredhel. — Você está sensual, Malena. O decote caiu perfeito para você que tem os seios bem volumosos.
Sua fala me fez corar, mas mesmo assim agradeci. Eu e ela saímos do quarto e fomos para o jardim.
Chegando lá eu e Dhel nos sentamos na grama e conversamos sobre tudo. Já estava tarde e ela me pediu para que voltassemos, mas eu não quis. Deixei que ela fosse descansar e permaneci no jardim. Eu havia dormido a tarde toda, então não estava com sono.
Me levantei e fui caminhar pelo lugar. Era tudo tão incrível e bonito que eu não podia evitar me distrair. Até que esbarrei em alguém.
— Perdoe-me! É que fiquei tão inerte com a beleza do jardim que nem lhe vi. — disse rapidamente.
— Não se preocupe com isso, Malena. O jardim é mesmo muito bonito, igual a você. — disse ele, com um sorriso sapeca e astusioso nos lábios.
Senti meu rosto esquentar e eu sabia que eu estava completamente vermelha. Aquele elfo era tão bonito; pele clara como a do Rei Élfico, cabelos loiros, olhos azuis e um sorriso lindo. Ele estava vestindo roupas brancas e confortáveis, seus cabelos estavam totalmente soltos, o deixando mais lindo ainda. Naquele momento eu estava me perguntando: da onde que ele me conhecia? Como sabia meu nome?
— Obrigada pelo elogio, mas da onde nos conhecemos?
— Nós não nos conhecemos. — disse ele, me avaliando e repousando seus olhar por alguns segundos em meu decote. — Eu conheço sua mãe e quase não acreditei quando Tauriel me disse que vocês eram idênticas. Fui um tolo, certamente! Até porque, vocês são muito parecidas fisicamente, se não conhecesse sua mãe, eu diria que eram irmãs. Bom, eu me chamo Legolas, sou o Príncipe da Floresta.
Naquele momento senti minhas bochechas esquentarem mais ainda e rapidamente fiz umas reverência desajeitada, que arrancou de Legolas uma leve risada.
— Perdoe-me príncipe, é que...
— Sem formalidade ruivinha, pode me chamar pelo meu nome..., e não precisa se desculpar. — disse ele, me olhando como se estivesse admirado. — Já está tarde! Vamos entrar?
— Claro prín..., Legolas.
Ele riu, me estendeu a mão e depois fomos em direção ao palácio.
— Sabe, Malena — disse ele, recaindo seu olhar sobre mim novamente —, eu gosto muito da sua mãe. Ela é uma grande amiga minha. Quando ela foi embora eu fiquei muito mal, nós não sabíamos nada dela e por um momento, pensamos até que ela poderia ter morrido. Foi muito difícil. Eu fiquei magoado com ela quando soube que ela havia construído uma família longe de nós, que não havia nos dito. Mas, eu percebo que eu estava errado. Ao invés de estar magoado eu deveria estar feliz por ela está de volta. Entende?
— Entendo. — disse parando de andar e me virando para olhá-lo. Nossas mãos ainda estavam entralaçadas, o que arrancou alguns olhares curiosos de guardas que estavam pelos corredores do palácio. — Você está feliz por ela estar aqui? Conseguiu perdoar ela?
— Eu... Eu a perdooei e sim, eu estou muito feliz por ela estar de volta.
— Que bom, alteza. Em menos de uma semana minha vida mudou completamente. Eu era uma simples curandeira que amava dar tudo de si para cuidar dos outros e que só queria que o mundo acabasse em paz. Ajudava sempre a minha mãe e nunca me importei com aventuras, guerras. Nunca nem imaginei como seria. E agora estou aqui. Convivendo com elfos, para ser treinada por eles. Esse poder nunca se revelou para mim, Legolas, porém a minha mãe já consegue sentir. E os meus irmãos também. Se ele é tão forte assim sem se revelar, tenho medo do que ele possa causar quando estiver no controle.
— Não se preocupe tanto! Nós vamos cuidar de você. Igual cuidamos uns dos outros, igual cuidamos da sua mãe. Você vai ver que no final dará tudo certo.
— Tomara que esteja certo, princípe.
Eu e Legolas nos despidimos e cada um foi para o seu canto.
O dia havia sido longo, a noite também. Porém a parte que eu mais gostei foi a que eu e ele nos encontramos. Não sei o porquê, mas ele me passou confiança e com suas palavras me senti segura.
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Malena - EM ANDAMENTO DE CORREÇÃO
FanficEm uma era muito distante, Malena vivia aparentemente feliz. Mas secretamente se sentia triste, sentia que tinha um vazio que não era preenchido em seu peito. Era como se estivesse em busca de algo, mas nunca encontrava. Trabalhar como curandeira n...