Maratona pt/3

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Emma

      Estava conversando com Daniel sobre o nosso aniversário de namoro, quando o mesmo disse que não daria de nos encontrarmos no dia por conta da sua mãe.

    — Está me dizendo que só porque a sua mãe disse um "Não" você nem irá tentar?

    — Meu amor, você sabe que não é bem assim. É complicado...

    — Complicado?! Você me diz que é complicado?! — Indago completamente irritada.

     — Você sabe melhor do que ninguém o quanto eu tento fazer isso dar certo Emma. Faço o meu melhor. — Daniel diz cerrando os punhos.

       Sinto meus joelhos fraquejaram e meus olhos ficarem embaçados, sento no banco da pracinha e levo as mãos a cabeça. Respiro fundo e olho para a figura a minha frente. Daniel estava com o rosto vermelho e seus olhos esmeraldas que eu tanto amava estavam chorosos, com um esforço me levanto e o abraço firme.

       — Desculpe por essa exaltação... Mas você se lembra do que eu sempre te disse?

       — Sim. — Ele responde envolvendo seus braços em minha cintura.

       — "Eu não quero me apaixonar se você não quiser tentar". — Falamos juntos. — Vamos tentar fazer isso juntos, ok?

         Daniel me olha e sorri largamente, com uma forte dor no peito faço o mesmo.

        — Eu te amo Emma. Nunca vou te abandonar pequena.

        — Mas então, vamos ficar aqui sem fazer nada ou vamos tomar um sorvete? Hoje é por minha conta.

        — Nada disso mocinha, eu pago.

        — Amor... Qual é? Você sempre paga tudo.

       — E vou continuar pagando até depois de ficarmos bem velhinhos.

       — Não sei a razão disso. — Digo fazendo bico.

       — Eu sou das antigas princesa. Tenho meu orgulho. — Ele diz rindo e me puxa pra um beijo.

       Chego em casa morrendo de cansaço e uma forte dor de cabeça, minha mãe estava deitada no sofá assistindo Avengers enquanto meu pai estava em frente ao seu notebook. Provavelmente resolvendo algo do trabalho.

        — Oi gente. — Dou um beijo na cabeça de cada um e me encaminho pra cozinha. Já abrindo os armários. — Cadê as aspirinas mãe?

        — Terceira porta, a esquerda dos soníferos. Dor de cabeça de novo?

        — Estão ficando mais freqüentes. Será que devo procurar um médico?

        — Acho que não é preciso. — Diz meu pai se levantando e vindo até mim. Ele olha meus sinais vitais e outras coisas, o bom de ter pai enfermeiro. — Deve ser o cansaço, você sempre fica assim em época de prova. Deite um pouco e descanse, quando for a hora de comer eu te chamo.

        Subo as escada em silêncio e assim que chego em meu quarto me jogo na cama, sinto meus olhos pesarem e me entrego a escuridão.

        Assim que me chamam para jantar, sinto um peso enorme no meu corpo e parecia que não tinha dormindo nem um pouco, sendo que já haviam passado três horas. Mas o que mais me intrigava era o sonho que eu tive, novamente naquela floresta, fugindo de algo que não sabia o que era e qual perigo apresentava.

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