[ Maldições Imperdoáveis ]

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Os dois dias seguintes transcorreram sem grandes incidentes, a não ser que se levasse em conta o sexto caldeirão derretido por Neville na aula de Poções.

- Fracamente, como é que esse garoto ainda não derreteu a si mesmo ?_ Alya comentou um pouco alto fazendo alguns alunos da sonserina rirem e Nevilie se encolher um pouco.

Os alunos da quarta série estavam tão ansiosos para ter a primeira aula com Moody que, na quinta-feira, chegaram logo depois do almoço e fizeram fila à porta da sala, antes mesmo da sineta tocar.

Alya, embora também estivesse um tanto ansiosa para a aula, sentia que deveria ficar longe de Moddy, algo lhe dizia que ele não era confiável.

- Cade o Theo ?_ Blass perguntou

- Na...

- Estava na biblioteca_ Theo disse quando chegou, ofegante, a porta da sala_ Vamos ou iremos ficar sem os melhores lugares.

Alya, Blass e Théo correram para pegar cadeira bem diante da escrivaninha do professor, mas infelizmente Harry, Rony e Hermione já estavam a ocupando. Theo disse algum xingamento que Alya não entendeu e foi se sentar atrás com Blass. Já Alya se sentou ao lado de Hermione que estava bem de frente para a mesa do professor. Apanhou seu exemplar de "As Forças das Trevas: um guia para sua proteção" e esperou a chegada do professor.

Não tardou para ouvir os passos sincopados que vinha pelo corredor e que, ao entrar na sala parecia mais estranho e amendontrador que nunca. Seu pé de madeira em garra aparecia ligeiramente por baixo das vestes.

- Podem guarda isto_ Rosnou ele apoiando-se na escrivaninha para se sentar_ Esses livros, não vão precisar deles.

Os alunos tornaram a guardar os livros nas mochilas.

Moddy apanhou a folha de chamada, sacudiu suainga juba de cabelos grisalhos para afasta-los do rosto contorcido e marcado, e começou a chamar pelos nomes, seu olho normal percorrendo a lista e o olho mágico girando, fixando-se em cada aluno quando ele respondia.

- Certo Então_ Concluiu ele, quando a última pessoa confirmará presença_ tenho uma carta do Prof Lupin sobre essa turma. Parece que vocês receberam um bom embasamento para enfrentarem criaturas das Trevas, estudaram Bichos-papões, barretes vermelhos, rinky punks, gridylows, kappas e lobisomens, correto ?

Houve um murmúrio geral de concordância.

- Mas estão atrasados, muito atrasados em maldições_ disse Moddy_ Então estou aqui para por vocês em dia com o que os bruxos podem fazer uns aos outros. Tenho um ano para ensina-los a lidarem com as forças...

- Quê ? O senhor não vai ficar ?_ Rony deixou escapar.

O olho mágico de Moody girou para se fixar em Rony; o garoto ficou extremamente apreensivo, mas, passado um instante, o professor sorriu – a primeira vez que Ayla o viu fazer isto. O efeito foi entortar mais que nunca o seu rosto muito marcado, mas de qualquer forma foi um alívio saber que ele era capaz de um gesto amigável como sorrir. Rony pareceu profundamente aliviado.

– Você deve ser filho do Arthur Weasley? – disse Moody. – Seu pai me tirou de uma enrascada há alguns dias... é, vou ficar apenas este ano. Um favor especial a Dumbledore... um ano e depois volto ao sossego da minha aposentadoria.

Ele deu uma risada áspera e então juntou as palmas das mãos nodosas.

– Então... vamos direto ao assunto. Maldições. Elas têm variados graus de força e forma. Agora, segundo o Ministério da Magia, eu devo ensinar a vocês as contramaldições e parar por aí. Não devo lhes mostrar que cara têm as maldições ilegais até vocês chegarem ao sexto ano. Até lá, o Ministério acha que vocês não têm idade para lidar com elas. Mas o Prof. Dumbledore tem uma opinião mais favorável dos seus nervos e acha que vocês podem aprendê-las, e eu digo que quanto mais cedo souberem o que vão precisar enfrentar, melhor. Como vão se defender de uma coisa que nunca viram? Um bruxo que pretenda lançar uma maldição ilegal sobre vocês não vai avisar o que pretende. Não vai lançá-la de forma suave e educada bem na sua cara. Vocês precisam estar preparados. Precisam estar alertas e vigilantes. A senhorita deve guardar isso, Srta. Brown, enquanto eu estiver falando.

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