Dezessete

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*Duas semanas depois*

- Malu você tem certeza disso? - Pergunta ele pela décima vez

- Pai eu estou aqui a duas semanas, sem vê eles, minha vó vai infartar se eu demorar mais um dia para aparecer e você viu que eles não pararam de ligar

- Tudo bem, você está certa em ir, mas por que EU tenho que ir mesmo?

- Porque sim! Você é meu pai e eu quero você comigo

Ele suspira em derrota

- Calma pai - Dou um empurrão de leve nele rindo - Ela nem vai estar lá

- Tudo bem, então vamos logo

Chegamos a casa da minha vó quinze minutos depois

- Minha neta querida - Ela abraça forte quase sufocando, assim que abre a porta - Nunca mais faça isso com a gente, vamos entre

Ela me puxa para dentro e vai falar com o Gustavo. Fico olhando pra ele por trás dela

- Meu querido - Seu olhar é cheio de ternura e saudade, seu sorriso é real, ela está feliz em vê-lo - Me desculpe

Ela o abraça forte e ficam por longos minutos

- Vamos entrar, temos muitas coisas para conversar e a comida nos espera!

Tivemos uma tarde maravilhosa, nem nos meus sonhos mais profundos imaginária que o Gustavo era tão querido por todos, sempre imaginei que tratariam ele com raiva e rancor

- Natalie, querida preciso ir ao banheiro

- Claro Guh, usa o de cima, o daqui de baixo está em reforma

Ele se levanta e sobe as escadas

- Como você está com tudo isso querida? - Pergunta meu avô se sentando ao meu lado

- Estou feliz vô! mesmo que ela não tenha me procurado, ou mostrado qualquer preocupação por mim, eu estou feliz, ele é incrível, e nem um pouco parecido com quem ela dizia que era

- Você precisa entender ela meu amor, ela não é esse monstro que você acha - Ele alisa meu cabelo - Ela sofreu muito

- Eu estou tentando vô, de verdade estou tentando entender ela, mas não consigo

- Quando você ouvir a história por ela, vai entender

Suspiro cansada desse assunto.

- Quando ela volta?

- Não sabemos ainda, ela ligou poucas vezes e não disse quando perguntamos

Assim que ele termina a frase, a porta da frente abre e escutamos sua voz

- Família, voltei!

Ela aparece na porta da sala acompanhada de um cara. Ele é alto, negro, com uma boca rosada e carnuda, lindo, com um par de olhos marcantes e pretos, bom gosto ela tem né.

Ela olha na minha direção, e não consigo decifrar o que ela sente. Ela desvia o olhar rápido

- Mãe! - Elas se abraçam forte, e posso vê uma lágrima descendo pelo rosto da minha vó

- Não faz isso Ana, por favor.

- Não farei, nunca mais mãe - Ela limpa as lágrimas do rosto da minha vó - Me perdoa

Elas se abraçam outra vez, e então todos vão abraça-la. Continuo sentada olhando para o celular

- Esse é o Dylan, estudamos juntos, e dessa vez trabalhamos no mesmo hospital, lembra da Jennifer e do Lucas?

O REENCONTRO - 2° LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora