Passei boa parte do meu tempo checando cartões e celulares e nada.
Ela aprendeu rápido a se esconder. DROGA! Cara, eu fiz tanta cagada que nem sabia o que dizer, parece que nada do que eu fizer vai aliviar isso.
— Tem de haver alguma ponta solta, já faz uma semana! — Sebastian diz irritado coçando sua careca. Ele já tinha brigado comigo o bastante para começar a ter pena e empatia.
— Eu já olhei até satélites no Brasil. Eu não sei se fico triste por ela ter sido tão minuciosa ou feliz — digo meio sem graça e logo me veio uma pessoa que deveria saber, mas nunca me diria, Michelle, a não ser talvez se eu dissesse a verdade.
— Vamos atrás da esposa do melhor amigo dela, ela deve saber alguma coisa — Michelle nem ao menos ligou no telefone residencial mesmo agora estando em uma luta imbatível que eu e Perola patrocinamos para prender os culpados da morte de Felix, ela é super preocupada com os transtornos da Perola.
— Espero que isso dê certo — Sebastian diz e lá vamos nós 26 homens com o Colin unido agora, e com Donna que esperava por uma ligação de Perola que não chegava.
Batendo na porta a mãe de Felix atende, uma senhora acima do peso com um lenço colorido na cabeça e roupas comuns de um dos meus hotéis. Ela era triste mesmo com um sorriso tinha medo de que minha mãe acabasse desse jeito também por isso eu tomava todo o cuidado.
— Bom dia, senhora Hernandez — digo e ela me abraça forte de um jeito amigável.
— Eu ando querendo ver o senhor e a menina Perola faz tanto tempo! Entra que eu vou servir café e fazer mais uma garrafa para os seus amigos — ela olha assustada agora que notou.
— Eles só vieram me acompanhar, não se preocupem com eles — ela ri da situação e abraça todos eles de forma inacreditavelmente fofa.
Michelle estava sentada em uma cadeira junto com um bando do que parecem ser advogados.
— Estou ocupada agora — Michelle diz já se levantando — eu sei o que está fazendo aqui e não sei onde ela está e soubesse não diria. Eu realmente achei que você amava a Perola, mas se esqueceu dela na primeira situação ruim.
— Não ignorei Perola pelo momento ser ruim, a ignorei porque se eu ficasse colado nela nunca iria acabar com quem estava tentando acabar com ela — ela deu de ombros.
— Ela está no Brasil no estado dela, mas ela nunca me disse nem ao menos o nome do município e eu estou mandando dinheiro para ela via paypal se quiser mandar também te dou a conta — ela diz e eu aceito. Nunca vou a achar por IP de computador, ela é uma hacker muito boa para se deixar ser pega desse jeito.
— Eu vou aceitar, obrigada por me ajudar — ela dá de ombros.
— Eu também quero acha-la. Ela trabalha da onde ela está, dá ordens e quando tentamos acha-la ela nos manda para lugar nenhum. Nem todos as crias dela conseguem a acompanhar — minha garota é brilhante. — Não me diga que esses na porta são os mafiosos jamaicanos que me disse!
Ela basicamente corre fascinada com eles e eu dou risada.
— É um prazer conhecer uma amiga da minha filha — ele diz e Michelle me olha confusa e depois arregala os olhos já entendendo a porra toda.
— Como não nos contou isso?! — Ela pergunta ignorando todas as cantadas dos homens da família da minha mulher e a minha.
— Eu não sabia, se soubesse a Perola nunca estaria em perigo. Eu teria usado o poder da família dela para colocar medo em um monte de gangsters, e ela iria parecer uma situação que não vale a fadiga. A questão pior foi ela ter engravidado, porque isso significaria que três máfias iriam se unir e com esse poder elas se tornam basicamente passáveis — ela fica tentando processar isso por alguns minutos.
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A obsessão do Gângster
ChickLitPérola sempre se sentiu a pessoa mais normal do mundo nunca achava que algo especial pudesse acontecer com ela até o momento em que Otto Ramadani a olhou pela primeira vez.