A vingança é um prato que se come frio

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A conversa que tive com Perola foi importante para gente, eu pude sentir que estamos progredindo após tudo isso e é muito bom, mas eu também sei que poderia fazer melhor que isso.

A prima dela que eu mal sabia o nome não parava de tagarelar mesmo eu não entendendo nada, e por mais que eu me divertisse com a diversão de Perola ela era bem chatinha.

Era estranho ver o cara que eu sempre vi como um monstrão como Sebastian abraçando e beijando a filha dele como se fosse um bebê, também era estranho, mas nada se comparava ao Gabriel tentando conversar via google tradutor com um dos peões da fazenda.

— Eu acho que poderia viver aqui para sempre, mas temos que ir, Perola. Uma hora ou outra vão te achar como eu te achei — ela concorda meio tristonha.

Um dos seguranças aparece correndo e eu olho assustado percebendo assim que estamos sendo atacados.

Eu ficava tentando entender o que aconteceu porque eu grudei no Sebastian Junior para que ele não transasse com ninguém, fui algo que eu mais temia empata foda alheia, prometi ser isso apenas quando eu tivesse filhos.

— Vão entrar na casa e se manter lá dentro — digo e Perola cruza os braços parados e eu reviro os olhos vencido. Lá estavam os albaneses e a minha prima não estava lá.

— O papai trouxe um colete a prova de balas para você — o pai dela diz de uma forma tão fofa que chega a ser assustadora.

— Lembre-se que você não precisa disso — digo e dou um estalinho nela e saio.

Ela ficou ao lado do pai e eu fiquei do lado das minhas famílias e foi então que eles apareceram.

Eu não esperava ver o casal Chernobyl como diz minha mulher aqui, no entanto eles juraram se vingar, e só faltava a minha mãe, meu pai que quase ninguém sabe que eu tenho contato e minha irmã; O resto tudo que importa está aqui.

Os tiros começaram e eu confiei em outras pessoas para cuidar de Perola, ao invés de fazer isso eu mesmo e talvez em meio a isso tudo esse tenha sido meu novo grande erro.

Eles não iam ceder e eu só queria que eles saíssem logo dali para que eu pudesse viver em paz, corro atrás de Perola que tentava conseguir pegar os Wonders especificamente e me assusto com como ela parecia uma predadora e nada mais além disso.

— Se importa se eu fazer um buraco com uma granada no seu terreno? — Pergunto e ela só nega não me dando grande atenção.

— Obrigada — digo e apenas dou a ordem aos Ramadanis enquanto os Ferrazzos estavam em cima do muro atentos a ataques aéreos.

Eu sabia que era uma guerra e eles também.

Pego uma metralhadora e lamento por não fazer aqueles dois malucos sofrerem o necessário.

Quando Scott meu primo joga a bomba todos correm e a guerra de verdade começa, eu maluco como sempre corri para linha de frente e comecei a atirar, só não esperava que Perola fosse fazer o mesmo com a porra de um revolver.

Perola conseguiu dar um tiro na cabeça de Norton e eu enchi de buracos o Jaden e antes que eu pudesse notar que era ela ali os tiros vieram e eu corri para o lado, ela não.

...

Eu ouvi no mínimo quatro tiros em cima de mim e eu não podia me mexer já que dizer que eu poderia ficar paraplégica ou até pior.

Eu era muito emocional para estar ali por isso mal pensei na minha retaguarda.

Após os tiros eu ouço o grito de Otto que corre até mim e me abraça escolhendo a mim ao invés da ação e talvez até sua vida.

A obsessão do GângsterOnde histórias criam vida. Descubra agora