D o c e

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Los Ángeles, Quarta-feira20:55

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Los Ángeles, Quarta-feira
20:55

T r a í ç ã o

T r a í ç ã o

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Anos atrás...

— Porquê você fez isso COMIGO? — Gritei com raiva, sentindo a traição doer toda a extensão do meu peito.

Então esse é o sentimento? Essa é a sensação de ter seu coração quebrado? De se sentir insuficiente para ele?

As lágrimas embaçam minha visão, sem que eu possa conter. Minha respiração estava tão desregular a ponto de ter um possível ataque cardíaco. Minha mente não consegue processar nada, tudo é tomado pela raiva e pela, mais singela, mágoa.

Encaro seus olhos negros que me fitavam sem esboçar nenhum sentimento. Não havia arrependimento, eu posso sentir isso, não havia nada...

Hoje tinha tudo para ser um dia maravilhoso. Consegui a maior nota da sala, estava prestes a acabar meu ano. Como eu pude me deixar levar por ele? Por sua enganação... Todos tinham razão, eu fui bobinha demais, ao cair na lábia dele, ao me deixar levar por sentimentos inexistentes.

A diferença de idade nunca foi um problema para nós. Mas agora eu percebo o erro que foi ter me envolvido com ele, tão cedo. Sempre soube que era mais """madura""" que minha amigas, tanto corporalmente quanto mentalmente. Além do fato que Oscar, sempre foi cuidadoso, amoroso e romântico. Nunca fui forçada a nada, tudo aconteceu no meu tempo.

Meu coração estava disparado, minhas mãos tremiam. Minha cabeça estava uma confusão de pensamentos...

Mas a única coisa que consigo lembrar agora é do ditado que minha prima sempre dizia: "Não deixe nenhum cara pisar em você, não os deixe achar que acabaram com nossos corações. Mostre o quanto você é forte."

Sorrio em sua direção, falsamente. Ele arqueia sua sombrancelha em minha direção, parecia estudar cada movimento meu.

— Espero que você tenha aproveitado nosso tempo juntos. Sabe... Agora eu consigo perceber o erro que foi ter ""ficado"" com você! — Faço aspas com a mão. — Você nem é tudo isso, que dizem por aí... — Não consigo terminar minha fala, pois sinto suas mãos segurarem meus braços.

Tento me soltar, mas falho miserávelmente. Seus olhos fazem uma varredura pelo meu rosto, buscando algo. Mas a única coisa que recebe é um sorriso debochado vindo da minha parte.

Estávamos perigosamente perto, meus seios batiam em seu peitoral, a cada meia respiração minha. Estava sendo fraca, ao me deixar levar por sentimentos que voltaram a bater na minha porta. Meu corpo entrar em estado de choque, quando sua boca ataca a minha. A única coisa que consigo sentir, é nojo.

Mordo com força seus lábios, e agradeço mentalmente quando ele se afasta. Parecia atordoado, suas sombrancelhas juntas, deixava claro que ele estava pensando.

Pego minha mochila do sofá, com raiva. Parando em frente a ele, que ainda matinha o mesmo semblante.

Nunca mais toque em mim! Nunca! Se você acha que pode me fazer de trouxa, e depois achar que eu irei correr para os seus braços, está muito, mas muito enganado. Meu bem! — Passo por ele batendo meu ombro contra seu corpo, o fazendo sair do meu caminho.

Assim que saio da casa dele. Posso sentir a brisa quente bater contra meu rosto. E novamente o sentimento de insuficiência e mágoa me toma.

Ando em passos rápidos e vacilantes até a minha casa. Jogo minha mochila na cama, me jogando na mesma. As lágrimas caiam livremente sobre meu rosto, a dor corroía meu peito, trazendo pequenos soluços do fundo da garganta.

Eu o odeio! Mas me odeio ainda mais, por continuar com meus sentimentos intactos, mesmo depois de tudo que ele me fez passar.

Mas Oscar Diaz nunca irá me ver chorar, e isso é uma maldita promessa!

𝑪𝑨𝑳𝑳𝑨𝑰𝑻𝑨 ⇢ Oscar Diaz (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora