Capítulo 7

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- que palhaçada é essa? - diz Gabriel.

- Biel! - disse Júlia assustada.

- E aí? Tudo joia? - diz Jean com um sorrisinho sarcástico.

- cala a boca porra! Tô falando com a
Júlia!

- não me manda calar a boca não! - Jean tinha se levantado, Júlia já estava no meio dos dois, pois ela sabia que havia um desentendimento entre eles há muito tempo.

- calma Biel! - disse Júlia com um olhar de súplica.

- você me pede calma?

- o que esse moleque quer? Achei que você tivesse terminado com ele! - Jean realmente gostava de implicar com Gabriel, não era por acaso que ele estava ficando com Júlia, pois ele sabia que Gabriel era apaixonado por ela.

- Eu não já mandei você calar essa porra! - Gabriel tentava se conter, mas nessas situações era difícil, até porque envolvia alguém que ele não gostava.

- sim! Você tem razão Jean! - Gabriel não tirava os olhos de Júlia - Eu terminei com ele!

- terminou mesmo? - disse Gabriel sem ar. Ele ainda não queria aceitar o término.

- você escolheu o seu sonho! Biel... porque está fazendo isso comigo? Só estou ficando com quem quero!

- mas não precisava ficar com esse merda!

- ohhh vê lá o que cê fala Biel! Merda é você seu otário!

- escuta aqui Júlia! Não olha mais pra mim, não fala mais comigo! Eu pra você não existe mais! Ok?!

- ela preferiu alguém mais gostoso, um homem de verdade, não um viadinho! - Gabriel se enfureceu e socou o rosto de Jean, fazendo ele cair no chão, Júlia desesperada se abaixa para socorrer. 

- Eu tinha mandado você calar a boca! - Gabriel sai andando, mesmo com raiva, preferiu deixar eles lá, Júlia estava mais aliviada pois o nariz de Jean não tinha quebrado.

- isso não vai ficar assim! - disse Jean sem que Gabriel pudesse ouvir, já estava longe.
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Com todos esses acontecimentos, Gabriel não aguentava... sua mente estava cheia de informações. Ele não aceitava o que Júlia tinha feito, logo com Jean que ele detestava, desde crianças, na escola, nas festas e no bairro. Nunca foi amigável a relação dos dois. Já brigaram muitas vezes, realmente pareciam inimigos.
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Andando pela rua, a única coisa que ajudava Gabriel a esfriar era a poesia. Ele gostava de ler, de interpretar e de inventar poesia. Inúmeros são os seus ídolos da poesia: Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes e João Cabral de Melo Neto, entre outros. Nas horas vagas, nos momentos de reflexão, quando estava com raiva ou tristeza, ele pegava uma caneta e um caderno e escrevia o que estava pensando e sentindo.  Era uma forma de fugir da realidade, era um portal para ele ir ao seu mundo, um universo paralelo.
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Gabriel detestava sair de casa sem seu caderninho, pois ele de repente pensava em algo e não tinha onde anotar, foi quando percebeu que podia gravar no celular e depois escrever.  Quando sentia vontade, ele pegava seu celular, ia para um lugar vazio.  Gravava tudo que vinha em sua mente.  Era o momento, estava com uma mistura de sensações que não sabia descrever, pegou o celular e começou a gravar...

"A lua beija meus pés sem saber quem sou...  No topo estou, mas antes o sonho era irreal.

Meu Céu ainda está azul, mas sem nuvens... Minha vida começou, finalmente o que queria!

Triste estou, mas feliz eu sou.

É muito para mim se apaixonar pelo sonho.  Quero ser real, mais real que o céu!

Que tudo deixe de ser ilusão,
Que tudo deixe de ser prisão.

Livre sou, pois meu sonho é liberdade!
Meus olhos enxergam o mundo!
O sol me ilumina, são raios amorosos.
Sinto que algo está para começar...
Algo grande e misterioso!
Tudo que posso fazer é esperar...
E eu espero! Que tudo seja como sonhei".
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Em sua casa, Gabriel queria evitar seus pais, ainda estava com raiva por causa da implicância deles sobre morar em outro país. Apesar do esforço, não tinha como evitar as conversas que teria, pois a empresa iria na sua casa para falar exclusivamente com os seus pais, mas Gabriel se surpreendeu, pois sua mãe e o seu pai o chamaram para conversar sobre o que estava acontecendo.

- se for pra falar que não vão permitir, estão perdendo tempo.

- nós queremos dizer filho, que você está certo! - disse José.

- como é? Repete!

- isso mesmo! Você tem razão Biel, nós como pais devemos te apoiar, quero que saiba que te apoiamos. - diz Maria

- é que não parece que vocês me apoiam...

- desculpa! É difícil pra nós também, queremos o seu bem, que você seja feliz e que realize os seus sonhos.

- Eu compreendo! Desculpa se fui arrogante!

- é por isso que queremos que saiba, que deixamos você ir para São Paulo ou qualquer lugar do mundo. O que queremos é te proteger! Mas você cresceu e temos que aceitar isso.

- mãe... pai... - Gabriel se emociona e abraça seus pais.

- mas tem uma condição! - diz Maria  - quando for rico e famoso, não se esqueça de nós!

- claro que não! Vocês vão se orgulhar de mim! Amo vocês.
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Gabriel estava muito feliz, estava ansioso, mal podia esperar para viajar, treinar, conhecer pessoas novas. Quando estava envolvido nos pensamentos, o toque do celular interrompe, era Diego!

- você não vai acreditar Biel!

- Eu tô tão feliz! Pode falar!

- você vai ficar mais feliz ainda! A empresa veio aqui em casa, a Isabela, o Marcelo e o Richard.

- sério!? Como foi?

- eles foram na minha casa e na de Lucas, amanhã será a sua e a de João!

- mal posso esperar...

- eles vão fazer aquela burocracia de perguntas, pedir cópias dos documentos, mostrar algumas coisas da empresa.

- que legal! Tô louco pra que aconteça logo!

- sabe qual vai ser o país?

- qual? Diz logo!

- vai ser o... México!

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O que vocês acham que vai acontecer? Estou ansioso! Votem!
Comentem por favor! E obg por ler até aqui, ainda tem muita coisa pra acontecer! Até a próxima e bjs.

As Cores do Destino (Romance Gay) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora