CAPÍTULO 12- Tudo bem, vai dar tudo certo, querido. Não se preocupe... - Kou ouviu Fukuro confortar Nahki que lhe abraçava chorando, mas ignorou e continuou seu caminho.
Andando sem pressa ele tomou a trilha entre a mata e inconscientemente foi até o lago onde se banhara com Kisa algum tempo atrás.
Ainda com os pensamentos aéreos ele se sentou em um tronco observando o lugar.
E era belo.
O sol fraco do fim da tarde iluminava aquele superfície calma de água. Ao redor folhas secas de árvores fora de sua melhor estação. As flores coloridas que cobriam a grama outrora atualmente não existiam. A bela estação das flores se fora junto com Kisa.
Kou suspirou inalando a atmosfera calma.
Tinha grandes chances de morrer aquela noite. Tanto fisicamente quanto sua alma, pois se descobrisse que Kisa já estava morto seria o mesmo que perder a si mesmo.Fazia três dias desde o evento onde Kisa sumira. Ele e os outros armaram um plano que executariam aquela noite.
Fukuro e Kou iriam até a Prisão principal do clã Nara e a penetrariam silenciosamente na penumbra da noite. Nahki havia dito tudo que sabia sobre o local e, por ser o mais fraco, ficara a seu cargo cuidar de Natsu dessa vez.
As chances estavam contra eles mas não importava. Estavam tomados por determinação e ansiedade. Tinham que fazer aquilo dar certo.
Assim que a noite caiu, Kou lançou um olhar pedinte aos céus mas não pronunciou nada, havia pedido tantas vezes por aquilo que imaginava que os Deuses já haviam se cansado de sua voz.
Retomou a trilha e voltou para a casa. Fukuro brincava com Natsu em cima de seus ombros e Nahki os observava com um leve sorriso repleto de tristeza.
- Ah Kou. Está pronto? - Disse Fukuro assim que Kou se aproximou.
- Hm, vamos. - Confirmou ele.
Kou se preparou, pegou sua espada e a bolsa de remédios e venenos. Lançou um olhar à espada de Kisa que estava em cima da mesa, no mesmo lugar onde ele deixara por não poder a carregar sob o vestido.Saiu noite afora e viu Fukuro se afastar dos lábios de um Nahki corado, não estavam muito longe da casa.
Kou suspirou novamente, o que não daria para beijar Kisa?
- Vamos. - Disse Fukuro olhando Kou determinado que, por sua vez, confirmou com um aceno.Logo eles haviam partido, sem expetativas do que viria apenas o sentimento que deveriam fazer tudo dar certo.
O caminho foi silencioso, nenhum dos dois estavam no clima para puxar assunto, estavam ansiosos demais, porém Fukuro sentiu necessidade de parar.
- Kou. - Chamou Fukuro com a mão no ombro de Kou o parando.
Ele se virou impaciente, estavam tão perto do local, não podiam parar agora.
- Aconteça o que acontecer não perca a cabeça, entendeu? - Disse ele com um olhar preocupado.
- O que quer dizer com isso? - Perguntou já sabendo exatamente o que Fukuro queria dizer.
- Se Kisa por acaso estiver... Apenas pense com prudência. - Disso Fukuro o soltando.
Kou não disse nada, estava irritado por Fukuro presumir que Kisa já estava morto. Mas sem rebater ou responder eles voltaram a caminhar.
Após um bom tempo eles puderam ver o complexo, uma construção grande cercada por muros com torres de vigia em suas quanto pontas. Naquela área não havia árvores ou rios, apenas uma planície com a famosa e temida prisão no centro.
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Imprevisível Destino
Short Story"- Sabe, Kou, eu te amo com todo meu coração e quero estar contigo com toda minha alma, mas na próxima vez que nos encontrarmos será no campo de batalha... E eu irei cortar sua cabeça." ______ Essa história contêm relações homoafetivas, violência...