O... que...?

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                 CAPÍTULO 14

- Kou, é a tua última chance. - Disse Kisa o olhando nos olhos com a face séria.

Eles estavam à frente de quatro altos e fortes soldados do clã Nara, uma semana havia se passado e era, enfim, o dia da execução.

- Vamos. - Disse Kou apenas, segurando a mão de Kisa firmemente como um apoio divinamente calmante.

Ambos foram ameaçados e rodeados por guardas, se ousassem resistir tinham permissão para matar. Mas à essa altura não havia com que se preocuparem, Kisa e Kou caminhavam erguidos e de peito inflado, segurando a mão um do outro com amor.

Mesmo o local sendo apertado eles subiram as escadarias em duplas. Kou simplesmente não se preocupava com seu destino ou que estava rodeado de guerreiros formidáveis e sanguinários, vez o outra lançava um sorriso carinhoso ao seu amor e por vezes até permitia um selar breve de lábios. Kisa apenas corava e sorria realizado.

Era fácil perceber a repulsa e incredulidade no olhar dos quatro homens, mas o casal realmente não podia se importar menos.

Depois se subir uma longa escadaria mal iluminada, andarem por alguns corredores silencioso e subir outra escadaria mal iluminada e silenciosa, eles finalmente pudera ver o céu e, para alguém como Kisa que estava quase duas semanas debaixo da terra, aquela fora a vista fora um relaxo infinito para sua alma.

Embora o azul claro se espalhasse com elegância por todos os cantos que os olhos alcançavam, delicadas gotículas frescas caiam em forma de um calmo chuvisco acompanhado de uma leve brisa. Era um dia lindo.

Kisa suspirou fundo e pôde ouvir pássaros cantarem animados, como se não houvesse preocupações. Podia sentir o sol fraco em sua pele já levemente molhada de chuva, inevitavelmente um sorriso lhe tomou os lábios.

O dia estava perfeitamente monótono, um do tipo que, em circunstâncias normais, Kisa iria apenas fazer birra para Kou lhe liberar de suas atividades e o arrastaria para de baixo de alguma cobertura do Pavilhão da Lua para apreciar o dia deitado sobre a grama.

Ele apertou levemente a mão daquele ao seu lado e lhe lançou um olhar radiante.

- Vamos? - Disse rodeado de uma paz sem fundamentos.

Kou se perdeu naquele sorriso profundamente antes de confirmar com um leve sorriso rendido.

Dessa vez o olhar que receberam foi de surpresa, senão confusão.

- Vocês sabem que vão morrer? - Um guarda perguntou hesitante.

- Sim. Podemos prosseguir agora? - Disse Kisa indiferente à pergunta.

Embora em seus olhos houvesse puro desprezo, ele não pensou muito naquele Nara, tinha tudo que queria naquele Hirano.

Os guardas lançaram olhares entre si sem entender aqueles dois insanos e continuaram seus caminhos.

Do lado de fora do complexo havia uma carruagem simples de madeira, completamente fechada com excessão de uma pequena janela na parte de trás, feita especialmente para transporte de prisioneiros. E à frente dela havia dois bois fortes e outro guarda.

Kisa e Kou apenas acataram as ordens dos homens obedientemente. Entraram na carruagem de madeira, que possuía apenas um longo banco na lateral esquerda à entrada, e foram trancados. Os guardas conversaram brevemente até que começassem a se mover.

Kou se sentou ao lado de Kisa pegando sua mão novamente, o menor apenas se recostou em seu ombro fechando os olhos e suspirando calmo. Kou percebeu que ele tremia levemente.

Imprevisível DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora