05. Dias de Cúmplice.

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(Capítulo publicado em 2021, editado e/ou reescrito em 2024)

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Esse tipo de música não é o que eu costumo escutar, mas tem um ritmo tranquilo e uma melodia divertida de ouvir. É uma música linda.

E logo de início, ela me é extremamente familiar, e eu não demoro muito pra me recordar o porque. Era um dos discos que pertencia á minha mãe. Me lembro da música, porque eu dançava com ela quando era criança.

Relembrando muito vagamente dos passos, eu giro pela sala, dançando, completamente distraída pela canção. O sentimento se dançar isso sozinha me aperta o peito, mas a nostalgia me conforta.

Em meio meu devaneio, um som discreto de estática me chama atenção, e num susto leve, eu olho para a porta da sala. Alastor estava parado, me observando, encostado na porta. Assim que percebe que notei sua presença ele sai dali risonho, batendo palmas fracas, indo na minha direção.

"Até que você tem gingado... ~" Ele ri, se aproximando.

"Assim você genuinamente me ofende... Eu sou uma profissional." Eu digo em piada, me gabando de uma habilidade que honestamente não existe.

"Uma profissional? Você? " Ele questiona, duvidando.

"Obviamente." Eu asseguro, com um sorriso leve no rosto.

"Ah, claro... Bom, se é assim," Ele responde, me estendendo a mão cordialmente. "A moça me concederia a honra de uma dança?"

Meu sorriso falha com o pedido, que é no mínimo incomum vindo dele. Uma pitada de desconfiança me apimenta a nuca mas, um ou dois segundos de hesitação são o bastante para me convencer.

"Que romântico. Você dança com todas as damas que te vendem a alma?" Eu brinco, arrancando dele uma risada sincera e suave, e pegando sua mão convidativa.

"Não, jamais. Você é um caso a parte... ~"

Ele me gira de modo suave e dançante, e logo que giro pela primeira vez , ele me puxa carinhosamente para perto dele logo em seguida, posicionando uma das mãos na minha cintura e me pegando pela mão com a outra.

Por mais que eu não saiba dançar valsa muito bem, a única vez teria sido na minha formatura de ensino médio, a ocasião parece estranhamente confortável. Alastor a deixa estranhamente confortável, se assegurando de me guiar, e me tocar somente se eu não demonstro desconforto ou inquietação.

Assim, ele conduz a dança pela sala, dando voltas com delicadeza e uma certa elegância. Ele fazia pausas em meio nossas voltas, levantando um dos braços e me fazendo girar, me fazendo voltar para perto dele logo depois. Eu mentiria se dissesse que não era extremamente divertido, considerando que por vezes, a dança arrancou risos de nós dois. Esse era um lado genuíno do Alastor que eu só estava conhecendo agora, ao menos.

A música que tocava deixava o clima ainda mais enfeitiçante. Uma música clássica, algo que seria tocado em um belo baile de gala dos anos 1900. Me senti em um filme de época, como um dos romances de Marilyn Monroe.

Nós continuamos a dançar por longos momentos, soltando algumas risadas.
Eu admito que ele me assustava muitas vezes, mas em momentos assim restava apenas o seu encanto. O modo o qual ele dançava era elegante, com passos leves e cordiais, como um verdadeiro cavalheiro.

Então, Nós Temos um Trato?  -  { Alastor X OC }Onde histórias criam vida. Descubra agora