Então, Nós Temos um Trato? - { Alastor X OC }

08. A Nova Hóspede.

Ainda parada na calçada, eu suspiro, cansada. Como caralhos eu vou encontrar o Alastor? Ele pode estar em QUALQUER LUGAR do inferno, se seguir pela lógica de tudo aqui ser uma enorme cidade. Eu teria que passar de lugar a lugar perguntando se alguém o viu ou o conhece, demoraria uma eternidade.

...Bom, não é como se eu não tivesse tempo o bastante pra procurar.  Então, acho que eu posso começar por esse... Hotel...?  Não tenho muita escolha mesmo. 

Eu me aproximo do hotel lentamente, com um certo receio. Colocando a mão na maçaneta e empurrando a grande porta, minha visão se estende á esse grande salão, com uma estrutura antiga, elegante, e uma decoração extravagante com tons de vermelho. O Lugar parecia bem cuidado, mas com certeza não muito cheio. Vazio, na verdade. Até meio silencioso. Assim que entrei, vi a recepção completamente vazia. Eu fecho a porta e olho por todo o lugar. Paredes, teto... Tudo tem uma certa classe, e as decorações são de bom gosto. Tem quase um ar de realeza por aqui. Eu continuo a olhar, andando bem lentamente em direção à recepção.

Assim que chego, vejo uma daquelas campainhas de hotel usadas para chamar o funcionário. Eu toco uma... duas... três vezes, mas ninguém aparece. Já impaciente, eu toco de modo um pouco mais hostil na quarta vez. Eu sei que isso não é nada educado ou muito maduro da minha parte, mas eu estou meio desesperada.

De repente, de um dos quartos, escuto um barulho alto. Passos apressados e algumas coisas caindo, juntamente de uma porta rangendo, provavelmente sendo aberta.

Das escadas, desce uma garota apressada. A aparência dela me é chamativa de início; Pele branca feito porcelana, bochechas rosadas e um cabelo loiro ridiculamente lindo e bem cuidado. Ela parece usar uma blusa social, algo que se usaria por baixo de um terno. Ela desce animada e abre um enorme sorriso ao me ver. Quase vi os olhos dela se iluminarem feito duas grandes lâmpadas de tanto entusiasmo. Assim que ela se aproxima o suficiente, eu tomo susto e dou uma levíssima recuada, mas ela me puxa pela mão, fazendo um aperto animado como cumprimento.

"OLÁ! TUDO BEM?? MIL DESCULPAS PELA DEMORA, eu esperava absolutamente tudo hoje menos uma cliente!- S-Seja muito bem-vinda ao Hazbin Hotel por sinal, eu sou a Charlie! Imagino que esteja interessada em se hospedar, não??" - Ela diz com um amável sorriso no rosto, com um tom de voz cansado, meio sem fôlego.

"Eu-"

Antes que eu pudesse responder, ela me puxa de volta para mesa de recepção. Ela vai correndo até a parte de trás e se abaixa ali, levantando com um chapeuzinho acima da cabeça e botando um terno da mesma cor do chapéu, um tom vermelho amaranto. Imagino que esse seja o uniforme correto do hotel? Eu abro a boca pra falar, mas antes que eu fizesse isso, ela puxa da estante de trás dois livros, juntamente de uma caneta de pena. Ela também pega uma lista e uma papelada que mais lembra um contrato.

"Pois bem, imagino que você não saiba como funciona o Hazbin! Se me permite, vou te explicar cada entrelinha do contrato, nossas atividades, regras e condições!" - Ela diz colocando tudo em cima da mesa.

" ...Ah- Na verdade, eu-" Eu tento falar, mas mais uma vez, ela me interrompe.

"Aqui nós oferecemos comida e moradia gratuita, total segurança contra todo e qualquer perigo do inferno e a redenção garantida, com direito a uma passagem ao céu ao fim de sua estadia! Tudo isso se você concordar em participar de todas nossas atividades de reabilitação e prometer melhorar suas atitudes e comportamento!" - Ela sorri docemente e com orgulho, claramente bem entusiasmada de me ter ali.