Eu só sei que nada sei!!! Boa noite e uma ótima semana!
— O que pretende com isso? — ofegava assim como ela. — Você ficou maluca?
Cristina sorriu e como um dos dedos dele estava bem próximo a boca dela ela virou e com facilidade o chupou fazendo com que ele estremecesse ali diante dela.
— Eu tentei, mas a atração perigosa que eu sinto por você cresce dia a dia... — falou assim que o soltou e o olhava intensamente.
— Você é maluca e está me enlouquecendo junto com você! — bufava com o rosto bem próximo ao dela.
— Me beija gostoso... — implorou com a voz safada e ele apenas ficou encarando aqueles lábios que o atraía perigosamente.
Frederico estava rendido à cama de gato que Cristina tinha montado para ele e sabia que dificilmente conseguiria resistir se ela continuasse com aqueles jogos absurdos, ele se afastou dela e foi para a porta, não iria beijá-la mesmo querendo, não iria dar nada a ela que não fosse a distancia. Cristina o olhou ir e passou as mãos no cabelo sorrindo por saber que tinha desestabilizado ele mais uma vez, ela tinha prometido a si mesmo que iria se afastar, mas ele tinha algo que não sabia explicar o que era, mas que a atraía e muito.
Frederico saiu de casa com bufando pelo acontecido e se amaldiçoando pelo que tinha feito com sua esposa, tinha sido maravilhoso para ela que não sabia o que se passava em sua cabeça e um pesadelo para ele que tinha feito sexo com ela pensando em sua filha. Ele entrou em seu carro e saiu dali cantando pneu e sem rumo somente queria esquecer os últimos acontecimentos, enquanto dentro da casa Cristina saia do quarto dando de cara com sua mãe que também saia do seu depois de um belo banho.
— O que estava fazendo nesse quarto?
— Eu ouvi um barulho de algo caindo quando passava e resolvi ver o que era! — beijou o rosto da mãe.
— E o que caiu? — a olhou por completo vendo sua calça aberta. — Por que está com a roupa aberta?
— Um abajur! — ela se olhou. — Eu já vinha pronta para o banho mamãe e antes que fale alguma coisa. O mala do seu marido não está em casa!
— Quando vai parar com essa implicância com ele? — suspirou.
— Quando ele for embora da casa do meu pai! — foi rude. — Você sabe muito bem o que penso sobre isso e não vou me repetir com a senhora!
— Por mais que não goste dele e que ele esteja aqui, quero que o respeite! — foi firme. — Frederico é o homem que eu amo!
Cristina sentiu um ódio percorrer suas veias e sua fisionomia mudou completamente com aquela conversa.
— Você ainda vai se arrepender de ter casado com ele! — vociferou e saiu batendo o pé para dentro de seu quarto.
Consuelo a olhou ir e respirou fundo sabendo que era sempre assim quando se tratava de seu marido e isso a entristecia já que os queria bem e sendo amigos, eles eram tudo que ela mais amava na vida, ela saiu dali e foi resolver suas coisas sabendo que não adiantaria tentar conversar com ela naquele momento. Cristina dentro do quanto arrancou a roupa jogando em qualquer lugar e foi para o banheiro parando frente ao espelho, ela era linda mais mesmo assim ele ainda tinha escolhido sua mãe e respirando alto ela pegou um enfeite e tacou no espelho o fazendo pedaços.
— Eu odeio vocês! — trincou os dentes.
Cristina pegou um pedaço do espelho e o apertou em sua mão fazendo com que de imediato o sangue escorresse em meio a seus dedos e uma das empregadas entrou ali por ouvir o barulho e a viu daquele modo.
— Senhorita, Cristina? — a chamou.
Cristina a olhou e de imediato sua face mudou e ela iniciou um choro.
— Não foi porque eu quis, não foi! — soltou discretamente o que estava entre os dedos enquanto respirava pesado.
A jovem empregada se aproximou com o roupão e colocou sobre seus ombros vendo a mão dela sangrar.
— Você está machucada e precisa ir ao médico!
— Eu escorreguei e quando vi já estava todo quebrado! — soluçou.
Lucia pegou outro pano e enrolou em sua mão para que não ficasse pingando sangue em tudo e rapidamente saiu dali chamando por Consuelo que veio rapidamente e dali as duas saíram para o hospital depois que Cristina se vestiu. No hospital ela foi atendida rapidamente e teve que levar alguns pontos na mão já que o corte era profundo e o médico pediu para conversar com Consuelo em particular e ela se dirigiu até a sala dele enquanto ela era medicada.
— O que aconteceu doutor? — sentou-se frente a ele.
— Te chamei aqui porque o corte na mão dela não foi acidental! — pode ver o choque em sua face. — O corte estava muito profundo e a direção em que se encontrava era como se ela o tivesse apertado na mão até se machucar!
— Minha filha não faria uma coisa dessas! — negou com a cabeça preocupada.
— Ela está com algum problema em casa para que possa chegar a esse estremo?! — queria entender o que se passava para poder ajudar.
Consuelo passou a mão nos lábios e os olhos se encheram de lágrimas se recordando da ultima conversa que tiveram.
— Nos tivemos uma pequena discussão antes de ela aparecer machucada! — suspirou com tristeza. — Ela não gosta do meu marido e sempre que tentamos conversar sobre ele, ela fica agressiva, mas é a primeira vez que acontece isso!
— A senhora já pensou em procurar ajuda? Cristina tem apenas vinte anos e com esse acontecimento podemos ver que está gritando por ajuda!
— O que quer dizer com isso?
— Que essa pode não ser a primeira vez que tenha acontecido e se foi por uma briga de vocês é preciso ficar de olho!
— Acha que devo encaminhar minha filha a um psicólogo? — os lábios tremeram de aflição.
— Eu aconselho que sim!
Ela apenas concordou com a cabeça deixando as lágrimas rolarem por seu rosto e depois que o medico explicou a ela como seriam os cuidados com sua mão, eles saíram e ela foi direto para onde a filha estava e ao chegar próximo ouviu a voz dela alterada.
— Saia daqui! Eu odeio você!
— Cristina, eu só vim pra levar vocês pra casa! — a voz era mansa e preocupada.
— Sai daqui! A culpa é sua disso acontecer! — esbravejou e Consuelo adentrou o ressinto os encarando.
— O que está acontecendo aqui?