¿16?

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Não sei se irei suprir as expectativas do capitulo, mas eu acredito que é assim que aconteceria!! Desfrutem porque jajá colocarei um ponto final. Beijos!!!

— Sandra não é minha amante, ela só estava tentando me fazer dizer a verdade pra você...

— Então existe uma mulher? — o chão parecia faltar debaixo de seus pés naquele momento e ele confirmou com a cabeça. — E quem é essa vagabunda?

— Sou eu!

Antes mesmo que ele pudesse se manifestar a voz soou e todos olharam na direção da escada onde Cristina estava parada os encarando... Era um jeito totalmente difícil de revelar aquela traição, mas Cristina não deixaria Sandra levar a culpa por algo que não estava fazendo e em seu lugar, já tinha errado muito até o momento e estava cansada e sufocada com tudo. Consuelo olhava a filha ali na escada parada e não podia acreditar naquelas duas palavras Sou eu... Era ela? Como poderia ser ela? Como seu próprio sangue poderia li trair daquela maneira? O coração acelerou e ela levou a mão ao peito sentindo dor somente em imaginar tudo que tinham feito debaixo de seu nariz e se quer tinha percebido.

— Cristina... — Frederico tentou falar.

— Chega de enganos e mentiras! — terminou de descer as escadas e parou ali mesmo. — Mamãe, eu sei que é uma verdade dura de mais, mas sempre fui eu e todos os momentos que me surpreendeu estava acontecendo algo...

Ela negou com a cabeça deixando as lágrimas rolarem por seu rosto apenas encarando aquela dura verdade.

— Por quê? — a voz saiu num fio de voz.

— Vingança! Desejo! Amor...

Consuelo era rasgada a cada nova palavra de sua filha, mas ao ouvir amor ela não se segurou mais e avançou em Cristina a segurando pelos cabelos e sem pena alguma a acertou na face por duas vezes com toda sua raiva e ela se manteve parada sem se mover ou se defender da fúria de sua mãe. Frederico não podia deixar que as duas se matassem daquele modo e com muito custo afastou Consuelo que já a acertava onde conseguia, os tapas eram tão fortes que ecoavam por aquela sala, mas ela não gritou ou chorou alto apenas respirava.

— Como pode fazer isso com sua própria mãe? Como pode? — gritava esperneando enquanto era segurada por Frederico.

— Eu só o fiz! — falou com dificuldade pelo choro contido. — Me perdoe...

— Perdoar? — se debateu até que se soltou de Frederico e novamente avançou nela. — Como pode fazer isso comigo? Eu sempre te dei tudo e você me paga dormindo com meu marido como uma vagabunda!

— Ela não fez sozinha! — Frederico tentava apartar as duas mais era difícil com Consuelo grudada na filha. — Solta ela.

— Cala a boca e sai daqui! — gritou sem soltar dela.

— Consuelo, assim você não vai resolver nada! — Sandra intervém mais ela se quer parecia ouvir olhando para Cristina.

— Foi ele quem tirou minha virgindade um mês antes de você o apresentar como noivo! — revelar tudo que tinha se passado seria difícil e ela apanharia sem se quer levantar um dedo para se defender.

Consuelo sentiu tanto nojo que a soltou de imediato a fazendo ir ao chão por se desequilibrar e olhou pra Frederico avançando nele também.

— Como pode fazer isso como? — estava despedaçada.

Ele a segurou pelos braços a olhando nos olhos.

— Eu não sabia disso até o dia que ela passou mal e Sandra me contou, se eu soubesse disso nunca teria se quer começado nada com você! — sentia profunda decepção.

— Não sabia disso mais mesmo assim passou a dormir com minha filha debaixo do meu teto? — gritou se soltando dele. — Eu te odeio tanto! — o esmurrava o empurrando. — Eu te entreguei tudo e você me paga dormindo com... — nem conseguiu se referir a própria filha.

— Mamãe, me perdoa... — ajoelhou chorando e Consuelo a olhou.

— Não me chame de mãe porque eu não tenho uma filha como você! — limpou o rosto para não chorar mais. — Eu quero que saia da minha casa hoje mesmo e que se esqueça que um dia me teve como mãe. — olhou para Frederico. — O mesmo vale pra você e se dêem satisfeitos por eu não acabar com a vida de vocês! — e dali se foi correndo.

Sandra abaixou para ajudar Cristina e ela a olhou.

— Vá com ela, ela precisa mais de você do que eu, por favor.

Sandra apenas concordou e saiu atrás de Consuelo os deixando sozinhos, Frederico se aproximou dela para que levantasse e as pernas fraquejaram com ela o abraçando forte.

— Me desculpe por te envolver em tudo isso... — sabia reconhecer seus erros.

— Erramos juntos, Cristina! — a soltou e a olhou nos olhos. — Você tem pra onde ir?

— Não se preocupe comigo! — as lágrimas molhavam sua face e ela se aproximou dele o beijando no rosto e depois de sussurrar algo em seu ouvido subiu as escadas correndo.

— Cristina... — quis ir atrás dela, mas não foi e apenas foi à cozinha pedindo para que a empregada juntasse tudo que era seu que ele voltaria a noite pra buscar.

***

Consuelo estava sentada debaixo de uma arvore aos prantos, sentia tanta dor que as mãos tremiam e ela quase não conseguia respirar tamanha sua dor, Sandra se aproximou com cuidado e abaixou para que ela a visse.

— Me perdoe por quase te agredir! — soluçou.

— Não se preocupe que eu já nem me lembro. — deu um meio sorriso e se sentou ao lado dela. — Se não quiser conversar eu irei entender, mas não me mande embora porque eu não vou.

Consuelo chorou mais forte e deitou na perna dela toda encolhida como uma criança e ela a amparou como a boa amiga que era e profissional, sabia perfeitamente o que ela estava sentindo e a ajudaria a superar. Ficaram longos minutos em silencio com ela deixando toda dor sair com suas lágrimas e logo ela se sentou a olhando.

— Desde quando sabe?

— Desde que ela esteve em minha casa!

— E por que não me contou? Então foi por ele que ela se foi? — apertou as mãos.

— Eu não podia te dizer nada e acredito que você não iria acreditar no que eu fosse dizer! — segurou a mão dela. — Cristina é quem deveria te contar e eu insisti para que ela o fizesse antes que uma tragédia acontecesse, mas foi tarde de mais...

Ela a olhou como se entendesse.

— A empregada? — ela apenas concordou com a cabeça. — Me conte tudo que sabe, por favor.

Consuelo achou que naquele momento seria mais fácil ouvir da boca de um estranho do que da própria filha e com calma Sandra narrou tudo que sabia e a dor foi grande por saber que tinha sido Cristina a iniciar toda aquela traição, não que Frederico não fosse culpado porque ele era sim muito culpado por não respeitá-la em sua própria casa. Era dor, desespero e ela se perguntava se conseguiria superar um dia aquela dupla traição.

— O que eu fiz para merecer isso? — encostou-se a arvore levando a mão ao coração.

— Você nunca desconfiou do porque ela sempre odiar Frederico?

Ela negou com a cabeça.

— Eu sempre pensei que era por colocar alguém dentro da casa do pai dela e não por que ele havia tirado sua virgindade! — doía, doía tanto que ela queria apenas morrer para que a dor passasse.

— Você precisa se acalmar mesmo isso sendo impossível no momento! — se próximo mais dela a abraçando novamente. — Eu estou aqui e vou te ajudar a superar tudo isso.

Superar? Como se supera uma traição dupla? Se fosse alguém de fora doeria menos do que ser traída por seu próprio sangue. Consuelo tinha um longo caminho pela frente e se conseguiria superar... Só o tempo diria!

ATRAÇÃO PERIGOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora