Mais um para vocês!! Obrigada sempre pelo carinho e me contem ai o que estão achando a historia, eu demoro a responder mais eu vejo tudo e isso motiva muito o autor a seguir com a historia!! Um beijo e até o próximo!
— Como pode fazer isso? — estava tão perto dela. — Na cama da sua mãe...
— Não sei do que fala, mas seria uma sensação prazerosa estar em cima de você e na cama dela! — o puxou mais para perto. — É isso que quer? — roçou seus lábios nos dele.
Frederico respirou pesado em dúvida se ela falava a verdade ou se ele tinha apenas delirado com ela em seu quarto. O beijo que trocaram naquele segundo foi rápido e cheio de desejo de ambas as parte só não se atentaram ao fato da porta estar aberta e na frente dela, ela parou observando aquela cena.
Os olhos se arregalaram com a cena a sua frente e Frederico se soltou dos braços dela e virou para sair dando de cara com ela e ele se desesperou no mesmo momento. Cristina tomou a frente e a encarou com os olhos de fúria por estar ali atrapalhando aquele momento e a jovem do serviço levantou uma das mãos para começar a falar.
— Eu não vi nada! — se apressou em sair correndo dali.
Cristina não iria deixar que ela saísse daquele modo e arriscar que ela contasse para sua mãe o que tinha visto e correu atrás dela pedindo para que ela parasse, mas ela não o fez e ao chegar na ponta da escada ela a puxou pelo braço a fazendo se virar e num descuido ela caiu sem que Cristina pudesse ajudar. Frederico gritou o nome dela mais já era tarde de mais e ao parar ao seu lado a jovem moça já estava no chão sangrando e ele se desesperou com o que tinha presenciado.
— O que fez... — ele quase não conseguiu se pronunciar.
Cristina respirou pesado se dando conta do que tinha acontecido e seu corpo todo tremeu com ela se desesperando completamente com a moça no chão.
— Eu a matei... — falou com terror nas palavras. — Meu Deus, eu a matei!!! — estava em completo desespero.
Frederico tocou o rosto dela e ela começou a chorar em completo desespero e ele a abraçou brevemente olhando o corpo no andar debaixo. Meu Deus! Era um verdadeiro desastre tudo que vinha acontecendo e agora tinha mais aquela fatalidade para lidar, ele a soltou e desceu as escadas tocando na moça para se certificar de que ela realmente estava morta e olhou para Cristina.
— Eu sou uma assassina! — gritou levando as mãos a cabeça.
Ela não conseguiu ficar ali e desceu as escadas correndo e saiu porta fora, Frederico até tentou ir atrás dela mais ouviu o grito da empregada ao ver o corpo no chão.
— O que aconteceu? — gritou.
— Ela caiu! — passou a mão no cabelo. — Chame uma ambulância e relate o que aconteceu!
— Ela morreu? — arregalou os olhos.
— Eu sinto muito! — falou com pesar.
Os minutos seguintes foram uma tortura para Frederico que não pode se ausentar dali para ir atrás de Cristina, perguntou a um dos empregados se tinha a visto e ele confirmou dizendo que ela tinha saído com seu cavalo mesmo ele dizendo que não podia já que estava com a mão machucada. Consuelo chegou junto com a ambulância e se desesperou temendo o pior e correu para dentro de casa, arregalou os olhos quando viu Cândida ali no chão e olhou para o marido querendo uma explicação e ele com apenas um olhar pediu que ela esperasse. A policia entrou junto aos paramédicos e foi em direção a eles.
— Bom dia! — os cumprimentou.
— Diego, obrigada por vir! — apertou a mão dele.
— Fez bem em me chamar! — olhou para o corpo. — O que aconteceu?
Ele respirou fundo antes de falar.
— Ela estava limpando o andar de cima e resvalou caindo! — não iria contar sobre Cristina antes de falar com sua esposa. — Eu estava saindo do quarto quando apenas consegui vê-la sumir na escada!
— Meu Deus! — Consuelo levou às mãos a boca. — Onde está minha filha?
— Cristina saiu... — se limitou a falar. — Diego, fique a vontade e me informe de tudo para que possamos dar a ela e a família toda a assistência!
Ele assentiu e foi conversar com as de mais pessoas que ali estavam, Frederico estava temeroso em dizer a Consuelo o que realmente tinha acontecido mais a levou para o escritório e depois de se certificar que ninguém ouviria a olhou.
— Você está me assustando! — falou com medo.
— Consuelo, Cristina a seguia no corredor e quando ela tentou segurá-la, ela caiu! — foi ao pequeno bar e se serviu mesmo não estando bem para beber.
— O que? — quase berrou.
— É isso mesmo que ouviu! — estava preocupado. — Eu tentei ir atrás dela, mas não consegui e eu estou muito preocupado!
— Você deixou a minha filha sair depois do que aconteceu? — o acusou. — Como pode ser tão irresponsável?
Ele se enfureceu com aquela acusação.
— Queria que eu deixasse o corpo ali e saísse correndo atrás dela? — se aproximou. — Queria que eu deixasse que as coisas se complicassem mais ainda com nós dois fora dessa casa e um corpo aparecesse ali estirado no chão?
Ela passou as mãos no cabelo.
— Eu preciso ir atrás da minha filha! — caminhou para a porta sem respondê-lo.
— Fique que eu vou! — se prontificava a trazê-la de volta.
Ela o olhou e apenas confirmou com a cabeça, ele saiu e perguntou ao empregado em qual direção ela tinha ido e depois de montar em seu cavalo cavalgou atrás dela.
***
Cristina estava bem longe de casa, estava sentada na ponta de um penhasco e abraçava as pernas deixando que as lágrimas rolassem por seu rosto, olhava aquele horizonte perfeito e se perguntava o que estava se tornando por uma atração perigosa. Ela tinha matado uma pessoa no ímpeto de esconder o que fazia com Frederico, era um erro e ela sabia bem mais estava tão presa a ele que não pensava mais e sim fazia. Ele chegou ali depois de muito procurar, desceu de seu cavalo e se aproximou cuidadosamente.
— Cris... — chamou com calma.
Ela virou somente o rosto sem sair daquela posição, tinha os olhos vermelhos assim como a ponta do nariz de tanto chorar.
— Me deixa em paz! — pediu.
Ele se aproximou mais e ignorando as palavras dela sentou a seu lado.
— Eu não posso voltar sem você! — falou cuidadoso.
— Eu matei uma pessoa! — soluçou.
Ele fechou os olhos sentindo o sol tocar sua face e depois de um suspiro a olhou novamente.
— Foi um acidente! — a puxou abraçando seu corpo, beijou seus cabelos e ela se aconchegou nos braços dele soltando as pernas.
— Eu sou um monstro! — fungou.
— Não fale assim! — tocou o rosto dela e a fez olhar em seus olhos. — Estamos fazendo as coisas sem pensar nas consequências e com toda a certeza alguém iria nos pegar... Não era pra acontecer uma coisa como essa, mas você quis proteger o nosso segredo e acabou que ela se desequilibrou e caiu.
— Eu não consigo mais pensar, Frederico! — o olhava intensamente. — Eu amo você!