Capítulo 10: Armas quietas para guerras silenciosas (Q. W. F. S. W)

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AVISO: Esse livro é postado na língua inglesa pelo perfil IMPerfictions no Archive of Our Own. Eu tenho autorização do autor para tradução e postagem no Wattpad.

Título original do capítulo: Quiet Weapons for Silent Wars
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Harry estava tirando os materiais da bolsa e levantou a vista quando sua namorada entrou na sala de Transfiguração. Ele soltou um suspiro de alívio, já que estava se perguntando onde diabos Hermione tinha se metido. A maioria das garotas demorava um pouco no banheiro, mas Hermione Granger não era a maioria das garotas. Ela não fazia o tipo de ficar conversando no banheiro, ela entrava, fazia o que tinha que fazer, e saia.

Então ela demorar era motivo para se preocupar, o que fez Harry imediatamente se lembrar de um trasgo montanhês que certa vez tinha ido parar em um dos banheiros da escola. Mas hoje parecia ser um dia livre de trasgos. Hermione estava atrasada, um pouco afobada, mas parecia não ter nenhum machucado. Harry agradeceu silenciosamente por isso.

— A fila tava grande pra cabine dois? – Harry provocou. – Ouvi dizer que é a melhor do banheiro.

Hermione franziu a testa e o ar brincalhão do rosto de Harry se esvaiu ao ver o olhar sombrio no rosto da sua namorada.

— Já começou, Harry. – Hermione suspirou. – É por isso que eu me atrasei.

— O que começou? – perguntou Harry, chegando mais perto dela em um instinto protetor.

— O abuso com os nascidos-trouxas. – Hermione explicou. – Tinha uma quintanista da Lufa-Lufa, Amanda Banks, chorando horrores no banheiro. O namorado largou ela... só porque ela é nascida trouxa. Eles estavam juntos há quase um ano.

— Espera aí, – disse Harry, o maxilar trincando. – Mandy Banks... não é a menina que o Michael Corner tava saindo? O idiota que tava dedando a Gina antes?

Hermione balançou a cabeça, em tom de pena.

— Você tem a sutileza de uma mula, sabia?

Harry entendeu, já que no exato momento que ele havia dito aquilo, Rony havia passado pela mesa deles. Julgando pela cara fechada, ele tinha ouvido Harry falar da irmãzinha dele. Harry zombou da situação.

— Como se eu desse a mínima pra o que ele pensa. – Harry falou alto o suficiente pra metade da sala ouvir. – Ele teve quatro dias pra falar com a gente, mas achou melhor ficar na dele. Considero um caso encerrado.

— Assim como eu. – Hermione concordou. – Mas a gente já tá chutando um vespeiro, você não acha? Não tem pra que chamar a atenção dos gnomos de jardim.

Harry explodiu em risadas.

— Tá certo. Eu vou ficar na minha, se é o que você quer.

— Eu só tô dizendo que a gente já tem negatividade o suficiente ao redor da gente... – falou Hermione, a voz acuada.

Harry virou a cabeça pra ela.

— O que você quer dizer? Aconteceu... aconteceu alguma coisa com você?

— Bem, eu- Eu estive recebendo umas encaradas nos corredores. – Hermione confessou. – Eu meio que esperava, por causa da nossa relação, mas as encaradas são meio... assustadoras, sabe?

— Ownnn, você tá com medinho, Granger? É melhor ir se acostumando. Esse é o mundo real. Pessoalmente, estou amando essa nova fase. Mal posso esperar pras coisas irem pra frente.

Harry sentiu o maxilar trincar enquanto Draco Malfoy tentava chamar a atenção dele. O garoto estava ao lado de Hermione, sorrindo com malevolência para eles.

Harry Potter & a Cela do Alquimista | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora