Harry Potter & a Cela do Alquimista | TRADUÇÃO

Capítulo 12: Uma questão de correspondências (A Matter of Letters)

AVISO: Esse livro é postado na língua inglesa pelo perfil IMPerfictions no Archive of Our Own. Eu tenho autorização do autor para tradução e postagem no Wattpad.

Eu sei, eu sei... mas eu tava no final do semestre da faculdade e tive COVID. Não se esqueçam de olhar as notas finais, muito importante.

Ps.: estamos em #2 na tag Harmione! Obrigado!
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As primeiras semanas de um novo ano escolar sempre eram caóticas, e dessa vez não foi diferente, apesar das mudanças óbvias no restante do mundo. Haviam novos alunos se acostumando com a escola, com o fato de estarem vivendo sem seus seus pais (o que tomava a maior parte do tempo de Hermione como monitora), pegando o ritmo dos novos cronogramas que deviam ser seguidos, os primeiros deveres de casa, os testes para o time de quadribol e de bexigas, o recrutamento para os vários grupos estudantis, a ansiedade pelos finais de semana em Hogsmeade e o baile de Halloween para os alunos mais velhos se preocuparem.

De um jeito meio estranho, Harry viu os primeiros quinze dias de Setembro passarem voando.

E a cada dia que passava, a ansiedade dele aumentava. O aniversário de Hermione seria em alguns dias e Harry estava disposto a fazer o dia ser memorável, já que seria o primeiro aniversário de um deles sendo um casal. Isso, inclusive, estava deixando de ser o tópico principal das fofocas do castelo. Havia se tornado algo comum ver Harry e Hermione grudados, andando de mãos dadas ou com os braços entrelaçados, se sentando tão coladinhos que você não conseguiria nem passar um feitiço entre eles.

Eles até se aconchegaram no sofá velho e desgastado do salão comunal da Grifinória uma ou duas vezes. Harry não estava ansioso para fazer coisas desse tipo, mas Hermione insistiu, confessando a Harry que ela costumava fantasiar fazer exatamente isso. Só ficarem sentados ali, aconchegados juntos, mostrando ao mundo que eles pertenciam um ao outro. Não era tão íntimo quanto o sofá na sala comunal privada dos Monitores, e Harry tinha que prestar atenção onde suas mãos iam parar quando estavam lá, mas ele não estava disposto a reclamar de ficar no sofá.

Até porque a chance que ele tivesse de ficar agarradinho com Hermione, ele aproveitaria.

Era uma pena, Harry pensou tristemente, que abraços não fossem bons o suficiente como um presente de aniversário. Eles eram comuns agora. Hermione ficaria chateada se Harry não a abraçasse cinco, seis, cinquenta vezes por dia. E Harry não tinha nenhuma intenção de perturbar Hermione. Além disso, ele realmente gostava de abraçar a namorada. Ele só queria saber algo que ela gostaria de ganhar, para que ele pudesse sair correndo e comprar para ela.

Não que Harry pensasse que ela fosse uma garota materialista *1, o que sinceramente seria mais fácil, já que Harry podia dar um saco cheio de galeões e acabar logo com isso. Mas se bem que ele já tinha feito isso, colocando ela como parceira dele nos cofres da família - e ela não tinha gastado um centavo até onde ele sabia.

Então Harry colocou a cabeça pra pensar. Certamente Hermione gostaria mais de um presente significativo do que caro e chamativo. O problema era que ele era péssimo com esse tipo de coisa.

E ele não tinha ninguém para recorrer. Rony não seria de tanta ajuda, mesmo que eles estivessem se falando. Ironicamente, Harry teria pedido dicas à Hermione, mas parecia um pouco grosseiro para ela escolher o próprio presente. Ou talvez Harry devesse fazer exatamente isso. Talvez fosse uma boa ideia... ou talvez Hermione pensasse que ele era um trasgo montanhês sem noção só por sugerir algo assim.

Nesse clima de confusão, Harry perdeu uma quantidade considerável de seu tempo. Isso, combinado com a escola e o silêncio dos supostamente "adultos responsáveis" sobre o governo em White City, foi suficiente para fazer Harry quase esquecer que forças negativas estavam rolando mundo afora. Ele quase conseguia se convencer de que nada havia mudado.