XXVI

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Ir atrás de alguém não é fácil mesmo você sendo treinado para isso, para nós a ansiedade estava nos consumindo cada vez mais e quando a noite chegou e não achamos vestígios daqueles dois nos sentimos completamente aborrecidos.

Por insistência e quase uma briga Solji me convenceu de descansarmos e continuarmos a procura pela manhã seguinte, eu estava elétrico e queria continuar, mas assim que deitei ao chão que havia sido forrado e comi um pouco do arroz com ovos que ela havia feito me senti sonolento.

- Você colocou sonífero aqui? – brinquei me sentindo mais leve e longe do estresse

- Talvez algo para te acalmar, você estava muito agitado que pode ter um treco do coração a qualquer momento.

- Tem razão, eu estou agitado demais e ansioso demais.

- Eu sei, eu sinto esqueceu e devo dizer que estou da mesma forma – senti-a pegar minhas mãos e não deixei de sorrir.

- Sol, eu não irei me controlar se ficar frente a frente com eles, eu não consigo parar de pensar no que poderia ter acontecido com você e com o que ele disse.

- Mas não aconteceu Jeongguk! – ela me encarou – não podemos nos igualar a eles, se acontecer por acaso tudo bem, mas planejar a morte de alguém o que faz diferente dessa pessoa? Ódio só leva ao ódio e isso acaba se tornando um circulo vicioso, você quer vingança e o risco é ficar cego por ela e perder o essencial...

- Minha vida! – concordei lembrando-me de algo útil que aprendemos ainda na academia de formação – você está certa, mas por que então estamos aqui?

- Você sabe o motivo, só precisa buscar fundo...

Em meio ao silencio que ela me deixou para organizar as coisas eu resolvi procurar no fundo de minha alma e foi mais fácil achar o motivo do que eu pensei, estávamos ali para salvar aqueles que estavam indefesos, que foram ameaçados injustamente e rotulados sem o direito  de se defender ou explicar. Esse era o real motivo, mas quando ouvi o que Yugyeom havia falado parece que fiquei cego e quis algo mais forte, queria me vingar, ou melhor, vingar todos que eles enganaram e fizeram mal, mas isso só me prejudicaria, feriria e arruinaria, se continuasse com aquele pensamento não teria real sucesso.

- E ai achou a conclusão? – ela surgiu e sentou ao meu lado – está sorrindo como um louco...

- Achei, na verdade eu entendi...

- Que bom! – ela me abraçou e retribui – agora você saberá o que fazer quando estivermos frente a frente com ele.

- Lutaremos se tiver que lutar, mas pelo motivo certo. E se acaso vencermos a clemencia será mais alta que a injustiça.

- Falou como um Rei!

- Pare de debochar é serio...

E em meio a risadas e também outras conversas sobre o futuro dormimos juntos, olhando as estrelas e torcendo para que tudo desse certo conforme planejamos em nossas mentes.

Engraçado como realmente uma mulher é muito mais inteligente que um homem, o que Solji havia falado no dia anterior era verdade, estávamos mais dispostos e mais descansados, se houvéssemos seguido a cavalgada pela noite seria pior e nos sentiríamos exaustos casa uma surpresa acontecesse.

Não demorou nem vinte minutos e para nos aproximarmos de um novo acampamento, ele parecia quase desarmado e totalmente bagunçado do de meu amigo, eu e Sol colocamos os cavalos mais afastados e nos aproximamos para investigar melhor, porém fomos surpreendidos por uma voz:

- Parece que você não morreu não é Solji! – aquela voz irônica eu conhecia bem

- Estou mais viva que nunca Chul!

O momento havia chegado.

Choose Your Weapon | JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora