Capítulo 2

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Um pouco mais cedo...

Jade havia saído a meia hora, largando para trás metade do café da manhã no prato e uma enorme bagunça na mesa. Adora sequer teve tempo de chamar a atenção da filha, já que a mesma saíra com pressa e carregando consigo uma bolsa de pano nas costas. Catra sugeriu que fosse melhor não perguntar para evitar conflitos matinais onde ninguém naquela casa estava de bom humor.

- A Jade nunca leva o próprio prato pra pia! Não tem nenhuma dificuldade! - Adora resmungou enquanto fazia uma pilha de pratos em sua mão.

- Baby, deixa isso ai... Depois eu lavo. - Catra abraçou sua esposa por trás carinhosamente afundando seu nariz nos cabelos loiros, apenas para sentir o cheiro que tanto amava daqueles fios macios. - Vem ficar comigo.

- Amor, a Jade precisa começar a ter educação. Eu não entendo como ela consegue ser assim! O quarto dela é uma bagunça! - A mulher continuava a reclamar sem dar a minima para a demonstração de carinho vinda de sua esposa. - Ela só pensa nela mesma.

- Adora! Respira um pouco! - Sem paciência a felina tomou os pratos das mãos de sua esposa colocando-os sobre a mesa. - Jade já sabe se virar! Ela precisa de disciplina e nós vamos sim ter uma conversa séria com ela sobre esse comportamento,mas amor! Ela foi pro treino, estamos sozinhas e eu quero passar um tempo com você.

A gata falou tudo de maneira exageradamente dramática,mas isso já era típico. Adora então respirou fundo, constatando que apesar do drama Catra estava certa. Ser mãe de uma criança é complicado, elas são agitadas e falantes e curiosas, mas ser mãe de uma adolescente era muito mais angustiante. Adora jamais imaginaria que ao crescer Jade daria mais trabalho do que na infância. Não imaginava que a garota seria tão inconsequente, abusada e tivesse uma força de vontade absurda voltada para a arte de quebrar regras.

Soltando lentamente o ar dos pulmões, a loira deixou que os braços caíssem para a lateral do corpo.

- Eu sei... Amor, eu sinto muito mesmo! - Adora murmurou . - Eu ando muito preocupada com ela ultimamente e acabei deixando a gente um pouco de lado.

Catra sorriu docemente e tocou os ombros da esposa com cautela.

- Eu te perdoo se... Você me der um beijo. - A felina sorriu com a língua entre os dentes.

- Vem aqui gatinha. - Adora levou os bracos até a cintura de sua esposa.

Sentindo o tranco,Catra acabou envolvendo o pescoço da loira com os braços. Cobrindo a distancia entre ambas, Adora capturou os lábios finos de sua mulher já serpenteando com a língua sem sequer pedir permissão. Era um beijo voluptuoso, onde não havia dominância ou submissão, apenas um enorme desejo de sentir seus corpos sem que houvesse um milimetro de espaço entre eles. Catra jamais iria admitir isto em voz alta, mas estava morrendo de vontade de ser dominada pela esposa. Nos últimos dias esteve ocupada demais treinando a nova elite de Lua Clara e Adora cuidando das transmissões misteriosas vindo do espaço, além de dormirem em horários diferentes elas não tinham um único momento de intimidade. O que no minimo era estranho levando em consideração que Glimmer e Bow viviam se queixando das demonstrações "entusiasmadas" de afeto na presença deles. Um casal cheio de tensão sexual de repente deixou que a relação caísse na rotina e mal se tocavam, então aquele beijo carregava consigo semanas de saudade. A pegada firme na cintura, as garras arranhando levemente a nuca e as mordidas sensuais nos lábios , tudo levando ao momento em que Adora desceu as mãos para as coxas de Catra apenas para dar o impulso de joga-la em cima do balcão.

Ouviu um ronrono mesclado a um gemido em resposta.

- Ah! Adora... -Mordeu o canto do lábio inferior e em seguida soltou uma lufada de ar.

•Catradora• ℍ𝕖𝕪 𝕞𝕠𝕞! (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora