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Um homem e seu cavalo|19|

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Um homem e seu cavalo
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Quando o alvorecer surgiu no horizonte, além das montanhas que cercavam a casa de campo da família Styles, e os raios de sol atravessaram as cortinas tremulantes do quarto do casal, iluminando com luz radiante e aquecendo o cômodo depois de uma noite fria, já não havia mais nenhum convidado hospedado ali.

O marquês Harry acordara mais cedo, antes que sua esposa despertasse, e ficou por um tempo observando-a deitada e dormindo como um anjo em sua cama. Ele nunca conseguia saber ao certo como descrever o sentimento que inundava seu peito sempre que olhava para ela, mas era abrasador, tranquilizante. Aquecia-o de dentro para fora, podia sentir em sua pele, um arrepio, como um choque.

Harry a deixou dormir, ela precisava de descanso, a noite passada havia deixado-a esgotada emocionalmente. Ele se vestiu e desceu para checar com os empregados se a casa já tinha sido esvaziada como ele ordenara, e como esperava todos já haviam ido embora. Não tinha ficado ninguém, até mesmo o senhor e a senhora Kane, que não estavam presentes na hora da confusão mas deveriam ter sido informados que todos deviam se retirar e voltar para suas casas em Londres. Descobriu que Iris deixara um bilhete para sua amiga, que Harry guardou para entregar à Elodie quando ela descesse para tomar café.

Algo que não demorou muito.

Ele a assistiu descendo as escadas, e um sorriso brotou em seus lábios.

— É um belo e silencioso dia, não é mesmo milady?

Elodie deu uma risadinha. Ela parou ao pé da escada, e não demorou mais do que meio minuto até que seu marido a alcançasse.

— Ainda não acredito que você os mandou embora. Todos eles.

Os ombros dele se movimentaram.

— Tudo para o bem estar de minha marquesa favorita.

— Eu sou a sua única. — ela disse, uma sobrancelha se levantando.

Harry esticou a mão, alcançando o ombro dela, seus dedos nus deslizaram suavemente pela extensão de seu braço esquerdo, até segurar seu cotovelo e então seu antebraço. O homem enrijesceu um pouco suas feições ao ver as marcas arroxeadas na pele de sua esposa, provocadas pelos dedos de Basilton Quincey, quando quando a atacara na noite anterior. Elodie deslizou os pés para estar mais perto dele, a mão livre apoiada em seu peito rijo.

— Por isso mesmo. — ele pronunciou, com um suspiro. — Eu estava esperando por você para tomar café da manhã.

— Não precisava me esperar.

— Precisava, sim.

Elodie sentiu as mãos grandes dele segurarem em sua cintura afilada, chegando à suas costas e espalmando os dedos em suas costelas, puxando-a para perto. Os olhos dele nunca deixaram os dela.

bared • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora