Expectations

Capítulo 7

Escutem a música enquanto lêem.

Beijos, e não me matem pelo capítulo.

Pov Sabina

Não foi fácil Sina conseguir levar meu filho com ela, na verdade foi impossível, então eu tive que colocar ele pra dormir, para Sina conseguir levá-lo.

Sina pediu que eu pensasse muito bem no que eu iria fazer, mas na verdade, eu já tinha pensado até demais.

Fui para meu quarto, liguei a banheira e tomei um banho relaxante na hidromassagem.

Em seguida arrumei meu cabelo, fiz a higiene na minha boca, e passei uma maquiagem clarinha.

Olhei a hora, era meia noite, ela ainda demoraria pra chegar, ao menos é o que eu espero.

Segui para meu quarto, escolhi uma longa camisola de seda branca que marcava muito bem minhas curvas.

Peguei uma pantufa da mesma cor, sem detalhes, e passei meu melhor perfume. 

Abri o lado de Joalin no guarda-roupa, peguei duas malas, e comecei a colocar dentro o maior número de roupas possíveis. Fiz questão de deixar meu cheiro empregado na maioria das roupas dela.

Quando concluí, desci com as duas malas e deixei próximo a porta.

Conferi novamente a hora, quase 2 horas da manhã.

Descidi comer alguma coisa, fiz uma salada de frutas e me servi, não era bom comer coisas fortes, principalmente a essa hora.

Coloquei a louça suja na pia, acabei ficando a atenção no armário e vi uma garrafa de vinho do meu favorito. Peguei a garrafa e uma taça e fui para a sala. Me sentei em uma poltrona confortável, coloquei a garrafa em uma mesinha do lado.

Fui até minha prateleira e peguei um livro pra me distrair. 

Fiquei tomando vinho moderadamente e lendo meu livro.

A porta enfim abriu, eu não mudei a vista do meu livro, continuei tomando meu vinho entretida, por mais que eu nem conseguia mais me concentrar.

— Sabina?

A voz dela não estava arrastada, ela não estava mais tão bêbada.

Não a respondi.

— Por que as malas? Vamos viajar?

Fechei meu livro e coloquei na mesa ao lado. Cruzei minha pernas e olhei fixamente pra ela enquanto tomava um gole do meu delicioso vinho. 

— Amor...

— Pegue suas malas e saia da minha casa.

Joalin parece ter se assustado com minha fala.

— Que brincadeira é essa Sabina?

— Brincadeira é o que você tá fazendo comigo Joalin, saia, vá pro seu cabaré, durma com suas putas, faça o que diabos você quiser, mas saia da minha frente.

— Você não pode fazer isso.

— Posso sim, você pensa que eu sou o que Joalin? Seu bichinho de estimação? Que você trata mal, mas mesmo assim eu vou ficar lambendo você atrás de atenção?

—Eu te amo...

— Quem ama demostra, faz muito tempo que você não faz isso. Te amar foi juvenil, selvagem e livre, foi legal, quente e doce, foi luz do sol, foi estar sã e salva, em um lugar seguro para baixar minha guarda, mas te amar teve consequências.

Joalin se sentou no chão, e escondeu o rosto entre as pernas, o soluço dela cortou meu coração, mas eu não podia fraquejar.

— Pode vim até em casa ver seu filho sempre que quiser.

Ela continuou calada, na mesma posição.

Quando enfim levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos, assim como as maçãs do rosto, que estavam banhadas em lágrimas.

— Eu nunca te trai Sabina, eu juro que não, eu não acredito que te perdi, sem razão alguma.

Eu me levantei do sofá e soltei uma risada alta em puro deboche.

— Sem razão nenhuma? Faça me um favor Joalin, levante, siga seu rumo, pense no que você realmente quer pra sua vida.

— Minha vida é você e o Bernard.

— Acredito do fundo do coração que realmente fomos sua vida durante alguns anos, mas dificilmente somos nos últimos tempos, você falhou com as pessoas que mais te amam.

Ela se jogou no chão, e ficou deitada largada no meio da sala.

— Eu não vou desistir de você Sabina.

— Boa sorte com isso, agora vá Joalin, por favor.

— Você quer o divórcio?

As palavras dela derrubou um pouco minha pose de decidida, mas eu sou Sabina Hidalgo, recompus-me  imediatamente.

— Sim, eu quero o divórcio.

Joalin se levantou do chão em um pulo e se ajoelhou em meus pés, ela abraçou minhas pernas e escorou a cabeça entre elas.

— Por favor, por favor, me dê mais uma chance, eu vendo a boate, eu fico em quarentena em casa, eu faço o que você quiser.

— Amor não é prender alguém Joalin, é deixar o outro livre, mas o outro tem que ter caráter suficiente para respeitar seu parceiro quando o mesmo não estiver presente.

— Eu te respeito amor, você é a pessoa mais importante na minha vida, eu não sei viver sem você.

Eu me ajoelhei em frente pra ela, tirei os fios de cabelo que estavam colados em seu rosto, e limpei suas lágrimas.

— Eu não sou o centro da sua vida Joalin, eu posso ser alguém importante para você, mas é possível você viver sem mim, você estava fazendo isso nos últimos tempos, só que a diferença, é que você pensou que eu estaria sempre aqui pra você, e foi aí que você se enganou, eu preciso de um tempo, preciso reorganizar toda essa bagunça que está dentro de mim, não pense que está sendo fácil, eu nunca quis que chegássemos a esse ponto.

Duas lágrimas fugitivas desceu pelo meu rosto, Joalin segurou meu rosto com as duas mãos e deixou um beijo na minha testa.

— Eu não vou desistir de você amor.

Ela falou antes de se levar, seguiu até a porta, segurou as duas malas, abriu a porta e deu uma última olhada para trás antes de sair.

Eu me encolhi no chão, como um bebê que precisava de proteção, e eu realmente precisava, eu precisava dela, da minha Joalin, da mulher que eu casei, que eu amei, que prometi amar até os últimos dias de nossas vidas, da minha palhaça, que sempre alegrou essa casa, de uma puta mulher linda e foda que eu sou completamente apaixonada.

Mas não podemos controlar tudo, temos que deixar o que amamos livre, para que eles possam fazer suas próprias escolhas, se ela realmente é minha, um dia ela voltará, e eu estarei pronta para ter a mulher da minha vida, do meu lado novamente.

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