Capítulo 8

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Pov Joalin

Eu perdi Sabina Hidalgo, eu perdi Sabina Hidalgo, eu perdi Sabina Hidalgo, eu perdi Sabina Hidalgo.

Essas palavras martelava na minha cabeça.

— MERDA, EU PERDI SABINA HIDALGO!

Eu estava parada no sinal indo em direção a casa de Diarra, bati a mão contra o volante do carro seguidas vezes, até sentir ela doer.

Encostei minha cabeça contra o volante enquanto segurava meus cabelos, eu estou desesperada, não sei o que fazer, parece que mundo acabou de sofrer um apocalipse e eu perdi tudo que tinha.

Me sinto sozinha.

Acordei da minha briga interna com buzinas atrás, lembrei que estava no trânsito e o sinal havia aberto, passei a macha e cantei pneu em direção a casa de Diarra.

Ela vai me matar por ter conseguido perder Sabina, você é uma estúpida mesmo Loukamaa, merece tudo que Diarra te falar.

Peguei a chave da casa dela que eu tinha e abri o portão, entrei com meu carro e estacionei pelo jardim.

Desci e entrei na casa de Diarra, eu nem ao menos tinha avisado a ela que estava vindo, espero que ela não me mate achando que é um bandido.

Vi a luz da cozinha acessa, nem ao menos liguei a da sala e sai em direção a cozinha, ela devia estar lá, ou dormindo pelo horário.

Assim que entrei fui surpreendida por uma faca no pescoço.

— DIARRA SOU EU!

— Joalin? – Ela me largou e colocou a faca em cima da mesa. — O que diabos tu tá fazendo aqui? Pensei que era um bandido.

— Sabina pediu um tempo.

Ela ficou me olhando seria, então senti um tapa forte no meu braço.

— Eu te avisei que tu ia perder aquela mulher Joalin Loukamaa, santa incompetência, vem aqui. – Ela me puxou pelo braço e me abraçou, me aninhei nos braços de Diarra, assim que senti seu aperto as lágrimas voltaram para meu rosto, ela ficou fazendo carinho no meu cabelo e eu tentando procurar minha própria calmaria.

Diarra saiu me puxando pra sala, eu me sentei no sofá, ela ligou a luz e veio para meu lado, ela bateu no colo e eu encostei minha cabeça e me deitei no sofá.

— O que fez ela chegar a esse ponto Joalin?

— Ela passou uns dias fora de casa, a noite veio pra casa e eu estava bêbada, Bernard se assustou, eu deixei ela lá e fui pra boate.

— Aí quando você voltou ela te pediu um tempo?

— Ela me comeu sem pena, estava usando uma camisola de seda branca, tomando uma taça de vinho e lendo um livro, minhas duas malas tavam encostadas perto da porta.

Falei e percebi Diarra segurar um riso.

— Sabina é uma puta mulherão da porra, que mulher poderosa. Tu tá fodida Joalin.

— Diarra você não tá me ajudando falando isso.

— Joalin tu sabe tudo que tá passando na minha cabeça, quer mesmo que eu jogue tudo na sua cara?

Balancei minha cabeça em negativo.

— Será que posso dormir aqui?

— Pode ficar quando tempo quiser, moro nessa casa enorme sozinha mesmo.

Passei mais um tempo conversando com Diarra, até que resolvemos ir dormir um pouco.

Quando acordei conferi a hora, era quase 15:00, levantei e fui até meu carro pegar uma mala de roupas, Diarra devia tá trabalhando pelo horário.

Voltei pro quarto tomei banho, lavei meu cabelo, coloquei uma toalha na cabeça e voltei pro quarto atrás de uma roupa. Me surpreendi quando abri a mala, o cheiro de Sabina tava impregnado nas roupas, que desgraçada, aposto que ela passou perfume nas minhas roupas só pra eu ficar pensando nela.

É, Sabina Hidalgo realmente é poderosa.

Peguei uma calça jeans, uma blusa branca que mostrava minha barriga, uma camisa social branca por cima e um tênis da mesma cor.

Depois que arrumei meu cabelo, passei perfume e estava devidamente arrumada, peguei as chaves do meu carro, estou faminta, vou em algum restaurante me alimentar e depois vou até a boate, preciso saber o rumo que vou dá a minha vida.

Comi no mesmo lugar de sempre, depois segui para a boate, assim que entrei vi uma loira sentada no bar sozinha, a boate não estava funcionando ainda, as meninas deviam estar dormindo.

Eu reconheci imediatamente aqueles fios loiros e sorri enquanto caminhava até ela.

— Sina Deinert? – Ela se assustou com minha fala, mas logo se virou e sorriu para mim.

Sina me puxou para um abraço, que saudade dessa mulher.

— Loukamaa eu te amo, mas eu quero te matar.

— Eu sei...

Sina me largou o voltou a se sentar na cadeira do balcão, eu me sentei na cadeira do lado.

— Joalin você tem noção do quando está machucando Sabina?

— Na verdade, eu não sabia Sina. Ontem antes de dormir, que coloquei a cabeça no travesseiro, fiquei pensando nos últimos acontecimentos, eu estou me sentindo uma babaca.

— Você a traiu? Seja sincera comigo.

— Não, eu juro que não, tem uma garota aqui, a Pamela, eu sei que ela sempre quis algo comigo, ela é um pouco incoveniente as vezes, senta no meu colo, e gosta de me agradar, não é difícil sacar suas intenções.

— Então esse é o perfume barato?

Fiquei uma careca pra Sina.

— Do que você tá falando Sina?

— Não é nada.

— Sina Maria Deinert!

— Droga... Sabina tem notado suas roupas com o mesmo perfume frequentemente.

Dei um soco no balcão, que merda.

— Ela gosta de você Joalin, só não demore a perceber que está a perdendo, faça as escolhas certas.

Sina se levantou e saiu, eu permaneci no mesmo lugar, apenas encostei a cabeça no balcão e fiquei lá por um tempo indeterminado.

Percebi as meninas já descendo pra organizar a boate, até que senti uma mão na minha cintura e um beijo no meu pescoço.

— Chegou cedo hoje... – Era ela.

Me levantei imediatamente e me afastei.

Pamela veio novamente a meu encontro, eu coloquei uma mão a impedindo de se aproximar.

— Da um tempo Pamela, você não tem obrigações? Vai ajudar as meninas, me erra.

Fui para minha sala e foquei em trabalho.

Passei horas lá entretida, quando resolvi sair já passava de meia noite. Fiquei observando o movimento da boate, pra um dia de semana, não estava nada mal.

Vi Lamar escorado no balcão do bar e fui até ele.

— Ei loirinha, achei que não tinha vindo hoje.

— Tava no escritório revisando uns papéis. Como está as coisas por aqui?

— Ótimas. Sabina não estava com você?

— Sabina?

— Sim, vi ela pela boate hoje, já faz um tempo que ela está por aqui.

Varri a boate com um olhar atrás dela.

— Ali está ela, na pista. – Disse Lamar e eu olhei em direção.

Tinha uns três homens ao redor dela, que estava claramente alterada. Que inferno.

(.) (.)

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