Levantei da minha cama, olhando em volta, ainda desconfiada, esta noite eu não havia sonhado com ele, desci as escadas com cuidado ouvindo os sons vindo da cozinha, mas senti alívio, ao notar que era minha mãe, nos pesadelos, ninguém mais aparecia, somente ele e sua maldade, para me torturar. Andei até a janela da sala, espiando a casa vizinha, enquanto pude ver Harry, ele usava uma camisa social azul clara dobradas, calça preta justa e botas igualmente combinando enquanto ele segurava uma pasta preta, caminhou até seu carro e saiu, rangendo os pneus, neste momento eu queria muito saber com o que Harry trabalhava.
- Emma, tudo bem ? - minha mãe pergunta, me tirando do devaneio.
- Sim
- O que estava olhando?
- Nada mãe, relaxa ta, estou bem.
- Bem.... sendo assim, eu precisava de eu favor seu, estou atrasada para o serviço, você pode deixar isso na casa da Anne? - a pergunta que ela tinha feito soava mais como uma ordem visto que em um segundo uma bandeja de torta já havia aparecido em minhas mãos.
Pensei seriamente em recusar, mas acho que não teria mal algum, digo... meu maior medo agora era encontrar Harry novamente, porém ele já não se encontrava mais em casa.
Minutos depois eu já estava batendo na porta de Anne, com a maior vergonha do mundo por minha mãe estar me fazendo trazer a torna. Minha sorte é que ela não demora muito para abrir.
- Emma?
- hã... oi Anne, eu só... bem.... eu queria agradecer por ter me ajudado ontem, minha mãe fez essa torta como forma de agradecimento.
- Não precisava querida, imagina, diga a sua mãe que agradeço.
Entreguei logo a travessa com intuito de não estender muito a conversa, minha intenção era acenar a cabeça e voltar o mais rápido possível pra casa.
- Ei, Emma, espere, ontem comentei com sua mãe sobre uma revista de receita muito boa, poderia levar pra ela?
Acenei novamente a cabeça, enquanto ela me fazia esperar na sala, vi ela caminhar até a cozinha, sumindo logo em seguida. Enquanto isso aproveito para olhar em volta, a sala dos Styles era realmente bonita, com uma grande teve e sofás enormes, não consigo evitar de ruborizar me lembrando da cena ao qual eu havia desmaiado, e Harry me trazido para este mesmo sofá, apesar de ao mesmo tempo parecer tudo tão perturbador.
- O que faz aqui? - meu corpo congela quase que instantaneamente ao ouvir sua voz rouca e imponente não muito distante de mim. Me viro rapidamente, apenas para encarar seu olhar duro e mandíbulas marcadas a me encarar. Penso seriamente qual o problema dele? não me lembro de ter feito nada contra ele, não que tenha tido muito tempo para isso também, visto que me mudei a poucos dias, ele pelo contrário, sem sequer saber, fazia das minhas noites um inferno.
- Eu... bem.... minha mãe - sinto vontade de sair correndo mas meus pés travam no lugar, e minha mente quase que em um complô com meus lábios não é capaz de pensar em algo decente.
- Não me interessa de qualquer forma, você não deveria estar aqui - ele diz enquanto caminha em minha direção, no mesmo instante que dou um passo para trás, apenas como instinto, agora com ele mais próximo ele segura meu braço a força, caminhando comigo em direção a porta.
- Me solta... - digo, mas é quase como se ele não me ouvisse, luto contra sua mão ainda a envolver meu braço, mas não tenho sucesso - me solta, o que está fazendo? - digo quase choramingando.
- Você não é bem vinda aqui - diz já me colocando do lado de fora da porta.
- o que?... você... você é um idiota! - Balbucio, o mais alto que posso, nunca me senti tão humilhada assim, meus pés caminham rapidamente pela grama, sem nem pensar em olhar para trás, eu não sabia o porquê de Harry ter voltado pra casa, talvez tenha esquecido algo, mas independente de qualquer coisa, ele não deveria ter me tratado daquela forma, desde ontem, quando o vi, passei horas tentando entender os meus pesadelos, por longos anos, eu tentei colocar na minha cabeça que aquele homem que me fazia mal em meus sonhos, ao qual eu me referia sempre usando apenas o termo "ele" que de fato não existia, mas ontem, quando simplesmente coloquei meu olhos naqueles olhos, meu mundo desabou, eu ainda tentei colocar na minha cabeça que não era possível que Harry e "ele" fosse a mesma pessoa, ou pudesse ter as mesmas atitudes, porém agora com meu braço dolorido pelo seu aperto, meu coração se apertou, agora já na segurança do meu quarto e a desabar em um longo choro, declaro toda minha raiva e ódio, tanto por "ele" quanto por Harry.
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My dream
FanfictionO que fazer quando seus olhos pesam e seus ombros sentem o cansaço de uma noite mal dormida? infelizmente no meu caso nada, isso já é rotina a anos, desde que me conheço como gente, os sonhos me perseguem de uma forma assustadora, quase todas a noit...