One - My first forced contact

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Estava completamente entediada, sentado no pátio da minha antiga escola, esperando a boa vontade do motorista aparecer. Era um pouco estranho estar ali meses após a formatura.

Mas tinha um motivo. Um curso bobo que minhas amigas me inscreveram, enquanto aproveitávamos nossas “férias.” Antes de irmos para a faculdade.

Enquanto eu me limitava a mastigar o meu chiclete, Johanna estava falante. Presa no mundinho dela. 

O assunto? Sua fixação do ano.

De soslaio encarei minha amiga que discutia com os seus botões a sexualidade do nosso professor.

Ele estava logo ali. A dezenas metros de distância de nós dois. Conversava de forma distraída com a nossa antiga professora de geografia, Créssida, enquanto degustava um café.

Peeta Mellark. Esse é o seu nome. Era o mais novo professor da escola, Panem High School. Ele lecionava o recente curso extracurricular de economia doméstica. E o, para quem estivesse interessado, curso de culinária.

Que foi justamente onde fui matriculado.

Vocês devem estar se perguntando:

“O que um cara boa pinta como você, Cato, estaria fazendo em um curso como esse?

É, pois é. Tenho duas amigas bastante persuasivas. Perdi uma aposta e deu nisso. Pronto, fim.

O Mellark… Esse nome é engraçado, lembra melado, um dia eu ainda zoo ele por isso. Um chefe de cozinha que tem o nome parecida com algo comestível é cômico. Voltando; ele, Peeta, é um cara legal. E as suas aulas são… Interessantes. Levando em conta que as vezes nós comemos os frutos das nossas aulas práticas.

Queria que tivéssemos tido esse tipo de aula antes da minha formatura. Teria me poupado o español.

Ninguém aqui viu ou ouviu eu dizer que gosto. OK? OK!

Passei o maior mico por causa dessa aula certa vez. Imaginem eu saindo as pressas da sala de aula, pois estava atrasado para uma partida do nosso antigo time de vôlei. Nada demais certo? Não! Um cara de quase dois metros correndo pelos corredores usando um avental rosado com estampa de flamingos fofinhos – pois foi o único que sobrou – não é nada engraçado, pelo menos não para mim.

Nada contra flamingos mas… Mas ser apelidado com esse nome não foi legal.

Fora a touca púrpura que eu usava. O que seria um cone de sinalização perto de mim naquele dia?

Foi um dia terrível, terrível.

Como se não bastasse os micos que paguei enquanto estudava.

Johanna parecia ter chegado a uma conclusão ante o seu problema e dúvida de vida. A ruiva cutucou as minhas costelas com aquelas garras que teimava em chamar de unhas. Uma mania feia que ela tinha.

— Para. — dei um tapa na sua mão nervosa. — O que foi?

Tirei meu celular do bolso para ver as horas. E saber notícias de Katniss, nada dela. Aproveitei para responder algumas mensagens. Era melhor do que ouvir as teorias conspiratórias da Mason.

— Cheguei a conclusão de que nosso professor é gay.

Ela parecia bastante animada com o que falava. Com a possibilidade. E muito certa de suas palavras.

Eu não prestei atenção.

— Como? — Perguntei confuso. Estava mais concentrado no celular do que nela. Era mais sensato.

— Já que o seu gaydar veio com defeito. Acho que só tem um jeito de nós termos certeza.

Johanna afirmou e eu a encarei com uma das sobrancelhas erguidas.

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