Ten - It's a dilemma.

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O sexo nunca foi algo essencial para mim. O ponto alto, algo que desejasse na maior parte de tempo. Ou o assunto que rondasse minha cabeça na maior parte do tempo. Não é à toa que sou um virgem de dezenove anos. Embora convites não tenham faltado.

Mas confesso que ultimamente estou me transformando numa bomba de tesão ambulante.

Disfarçar um gemido – com uma tosse meia boca – em plena ejaculação foi uma verdadeira provação.

Talvez essa foi a maior vergonha na qual eu passei em TODA minha vida. Tenho quase certeza de que irei rir disso algum dia, mas agora minha vontade era de explodir, desparecer, inexistir.

Peeta veio em meu "socorro" no exato momentos. E passou a dar tapinhas na minha costa. Sentir a mão dele em meu ombro me causou a sensação boa, se fosse em outras circunstâncias eu teria adorado, mas naquele momento eu só pensava em com constrangedor aquilo parecia. Ele me segurando, meu esperma deixando minha cueca molhada.

Felizmente tinha puxado a minha bolsa para o meu colo.

Se ele viu ou percebeu algo nunca saberei. Pois saí correndo da sala assim que ele começou o monólogo, com uma desculpa esfarrapada.

Destino: banheiro.

Após trocar a roupa suja no vestiário do time de vólei – ainda bem que eu levo uma roupa extra, para não voltar sujo de trigo para casa –. E driblar alguns alunos. Eu me sentei em um dos bancos do pátio e tentei recuperar o fôlego. Merda. Como isso foi acontecer?

Eu nem estava me masturbando.

Pensei no seu monólogo que não escutei todo. Os concelhos sobre que era normal um cara se masturbar com certa frequência, que não havia motivos para negar uma carícia ao meu amigo de toda a vida. Ouvir isso do atual crush e professor preferido, é simplesmente algo indescritível; bom e ruim, complicado.

Minha cabeça estava a mil. Pensava em Peeta, nos incidentes, na aula, nos biscoitos e no leite.

Encarava meu celular com certa fixação. Sentia uma imensa vontade de mandar uma mensagem ao professor; embora o tenha ignorado depois da última mensagem, que eu abri meu bocão.

Gostava de ver sua foto de perfil. Do seu sorriso.

— Então você ainda está mandando mensagens.

Não me assustei com a aparição repentina da minha amiga, Johanna. Que se sentou ao meu lado. Mas por precaução travei o celular.

Coloquei uma senha nova, anteontem, também. Medidas protetivas.

— aham... — Admiti, sentindo meu rosto quente. E a encarei de soslaio. — As vezes ele não me responde a noite.

Deixei escapar ao recordar deste fato.

— isso por que é, mais ou menos, o horário em que ele está no restaurante. — disse ela, remexendo no cordão fino da blusa. E me encarou um tanto exasperada. — ele ainda te responde? — assenti. — Estranho... Ele me ignorou na terceira mensagem. Acho que ele gostou mesmo do nudes que você mandou.

Johanna sorriu de canto e eu a encarei incrédulo.

Do jeito agressivo dela. Até eu iria ignorar. Provavelmente deveria ter ido direto ao ponto.

E engoli em seco. Se ela visse as mensagens...

— que você enviou. — corregi, enfatizando. — Ele trabalho num restaurante?

Perguntei mudando um pouco de assunto. Aquilo me poderia ser útil depois.

Não que eu queira espia-lo...

Sweet teacherOnde histórias criam vida. Descubra agora