Os dias seguiram tranquilos, rápidos e inovadores. Indo contra todo e qualquer pessimismo que eu possuía em relação a Peeta. Nossos encontros furtivos continuaram e as conversas virtuais já não eram tão necessárias assim. Até cheguei a dormir lá; três vezes.
Isso até aliviava o meu nervosismo. Estava uma pilha nesses últimos dias. Depois que me matriculei faculdade de Engenharia, em cima da hora. E ter encontrado o apartamento certo, próximo a instituição.
Peeta e a minha mãe sempre me tranquilizava quando eu começava a andar de um lado, especulando os prós e contras, quase surtando. Apertando na tecla de que aquele era um passo necessário.
Distraído acabei deixando o prato escorregar da minha mão de volta para o escorredor. Pois peguei o celular para respondê-lo novamente, coisa que não pude fazer durante o almoço.
De soslaio – enquanto digitava – notei o olhar sobre mim. Minha mãe estava próxima a geladeira, os braços cruzados, provavelmente me analisando.
Enfiei o celular no bolso e a encarei com as sobrancelhas erguidas.
— O que?
— Você está me assustando. — Ela disse simplesmente. Me olhando de cima a baixo. Como se eu fosse um livro pronto para der lido..
Eu ri baixinho. Mesmo sem entender.
— Porque?
— Porque? — Ela grunhiu. — Rapaz, quer me matar do coração?
— Do que a senhora está falando?
Ela respirou fundo.
— Você passa quase uma semana vagando pela casa como se fosse um zumbi. Chorando, assistindo comédia romântica.
Fiz uma careta para aqueles fatos distorcidos. Mas minha mãe não me deu a oportunidade de retrucar.
— Me mata de preocupação e agora está ai, sorrindo para o vento. Conversando com sabe-se lá quem.
— mãe. Não exagere. — Resmunguei. Ignorando o olhar inquisitório. — É só a faculdade.
Dei de ombros. Ela era mais que ciente de como eu estava nervosa com aquela guinada que a minha vida estava tomando.
Ouvi a senhora Lunafreya bufar. Não aparentava estar nenhum pouco convencida.
— não subestime a minha inteligência, por favor.
— Jamais faria.
Afirmei. Senti o celular vibrar no meu bolso. Mesmo controlando o ímpeto de enfiar a mão no bolso os olhos de minha mãe se recaíram sobre ele e para o meu rosto logo em seguida. Claramente me analisando.
— chega de tanto mistério. — Ela ditou. — Me fale.
— falar o que?
— Com quem você anda conversando tanto. E saindo. E dormindo fora…
— é só a Johanna. — Desconversei. — Querendo saber quando eu irei.
Minha mãe cruzou os braços rente ao peito. Desejei ser tão convincente quanto imaginava que era.
— Vai me contar de uma vez ou eu terei que apelar? — Ela insistiu.
— Não seja abelhuda. — retruquei. Rindo baixinho. Embora a insistência estivesse me deixando nervoso.
Confesso que provavelmente andei alimentando aquela curiosidade. Pois sempre que minha mãe se aproximava eu escondia o celular. Quando atendia, ou ligava para Peeta sempre conversava aos sussurros, ou me afastava.
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Sweet teacher
FanfictionEra para ser somente mais umas das, incontáveis, imprudentes e estúpidas, brincadeiras da Johanna. Mas algo saiu estranhamente errado. Ou devidamente certo.