Twenty one - The curious unfolding of a story

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Os dias seguiram tranquilos, rápidos e inovadores. Indo contra todo e qualquer pessimismo que eu possuía em relação a Peeta. Nossos encontros furtivos continuaram e as conversas virtuais já não eram tão necessárias assim. Até cheguei a dormir lá; três vezes.

Isso até aliviava o meu nervosismo. Estava uma pilha nesses últimos dias. Depois que me matriculei faculdade de Engenharia, em cima da hora. E ter encontrado o apartamento certo, próximo a instituição.

Peeta e a minha mãe sempre me tranquilizava quando eu começava a andar de um lado, especulando os prós e contras, quase surtando. Apertando na tecla de que aquele era um passo necessário.

Distraído acabei deixando o prato escorregar da minha mão de volta para o escorredor. Pois peguei o celular para respondê-lo novamente, coisa que não pude fazer durante o almoço.

De soslaio – enquanto digitava – notei o olhar sobre mim. Minha mãe estava próxima a geladeira, os braços cruzados, provavelmente me analisando.

Enfiei o celular no bolso e a encarei com as sobrancelhas erguidas.

— O que?

— Você está me assustando. — Ela disse simplesmente. Me olhando de cima a baixo. Como se eu fosse um livro pronto para der lido..

Eu ri baixinho. Mesmo sem entender.

— Porque?

— Porque? — Ela grunhiu. — Rapaz, quer me matar do coração?

— Do que a senhora está falando?

Ela respirou fundo.

— Você passa quase uma semana vagando pela casa como se fosse um zumbi. Chorando, assistindo comédia romântica.

Fiz uma careta para aqueles fatos distorcidos. Mas minha mãe não me deu a oportunidade de retrucar.

— Me mata de preocupação e agora está ai, sorrindo para o vento. Conversando com sabe-se lá quem.

— mãe. Não exagere. — Resmunguei. Ignorando o olhar inquisitório. — É só a faculdade.

Dei de ombros. Ela era mais que ciente de como eu estava nervosa com aquela guinada que a minha vida estava tomando.

Ouvi a senhora Lunafreya bufar. Não aparentava estar nenhum pouco convencida.

— não subestime a minha inteligência, por favor.

— Jamais faria.

Afirmei. Senti o celular vibrar no meu bolso. Mesmo controlando o ímpeto de enfiar a mão no bolso os olhos de minha mãe se recaíram sobre ele e para o meu rosto logo em seguida. Claramente me analisando.

— chega de tanto mistério. — Ela ditou. — Me fale.

— falar o que?

— Com quem você anda conversando tanto. E saindo. E dormindo fora…

— é só a Johanna. — Desconversei. — Querendo saber quando eu irei.

Minha mãe cruzou os braços rente ao peito. Desejei ser tão convincente quanto imaginava que era.

— Vai me contar de uma vez ou eu terei que apelar? — Ela insistiu.

— Não seja abelhuda. — retruquei. Rindo baixinho. Embora a insistência estivesse me deixando nervoso.

Confesso que provavelmente andei alimentando aquela curiosidade. Pois sempre que minha mãe se aproximava eu escondia o celular. Quando atendia, ou ligava para Peeta sempre conversava aos sussurros, ou me afastava.

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