Seventeen - finally. or almost

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Eu realmente estava muito apreensivo – com a ideia de finalmente encontrar Peeta, de revelar-me como o contato anônimo – confesso. Não tinha como negar.

Cada metro que o táxi cobria a coragem parecia querer dar um jeito de fugir de mim. E me levar junto.

A ansiedade parecia ter tomado o lugar do sangue e era bombeada por todo o meu corpo furiosamente. Não sei como consegui sair de casa e entrar no táxi. Não sei como ainda não saí correndo aos berros. Realmente não sei. Estou muito surpreso comigo mesmo e minha frágil determinação.

O vento frio era soprado em meu rosto a baforadas. Fazia meus olhos arderem, mas mantinha-os abertos e atento na cidade em movimento continuo. A voz escoava no automóvel parecia-lhe um pouco distante.

Gostaria de saber como os motoristas conseguem encontrar tantos assuntos em curtos períodos de tempo. Ele murmurou algo sobre a criminalidade, anteriormente sobre o último jogo de futebol e antes disso sobre o tempo e agora falava sobre o seu cachorro chamado Norberto. Mas não conseguia participar, sequer dar a devida atenção.

A voz do homem era um mero sussurro comparado aos meus pensamentos que explodiam na minha cabeça.

É. Eu estava prestes a dar para trás. Sentia isso. E não estava nenhum pouco orgulhoso por dar uma de covarde a essa altura do campeonato. Por segurar o celular, vendo o contato do Professor Mellark, suas mensagens que começavam a se amontoar.

Eu já estava atrasado. Por enrolar no banho, a procura de uma roupa descente, pelo congestionamento.

O tranco do automóvel e a voz mais audível do que o normal me trouxe para a realidade.

— Chegamos....

Pisquei os olhos. Aturdido. Espiando pela janela. Observando o letreiro a alguns metros. Ele possuía um brilho alaranjado suave e escrito em letras finas e bem elaboradas desenhava-se “Rue’s”, me deixando boquiaberto.

Eu estava aqui. Havia chegado. Aquilo acontecia quando eu estava nervoso. O tempo se distorcia. Ora tornava-se lento, ora voava.

Estremeci com a possibilidade mais vivida do que nunca.

— E então?

As sobrancelhas do motorista estavam erguidas quando eu o encarei. Os lábios retorcidos de impaciência.

Consegui controlar a vontade de pedir que ele fizesse o mesmo percurso de volta. E com as mãos trêmulas puxei a carteira e o paguei. Foi só eu descer do carro que ele arrancou para longe.

Caminhei em direção a entrada como se possuísse todo o tempo do mundo. O celular em mãos. Passando os olhos nas últimas mensagens.

Mini Professor Gostoso: espero, realmente, que eu não leve um fora hein?! – 20h25

Mini Professor Gostoso: espero que você não seja o Gloss. – 20h30

Mini Professor Gostoso: ou o finnick – 20h30

Mini Professor Gostoso: por favor. Não seja – 20h31

Mini Professor Gostoso: ou será demitido por justa causa. – 22h31

Mini Professor Gostoso: 😂😂😂😂😂 – 20h31

Aquilo causou um reboliço em meu estômago, quando eu passei pelas portas. A cortina de ar bagunçou meus cabelos ainda mais. Não fazia ideia de quem seriam aqueles, ainda assim não curti muito a ideia de uma concorrência. Uma vez que a desvantagem era minha.

Sweet teacherOnde histórias criam vida. Descubra agora