Capítulo 20

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A cabine onde Laurel, Hermione, Ashley e Meredith se encontravam foi depressa invadido pelo resto do trio de ouro, que em nenhum momento deixaria que alguém roubasse a sua melhor amiga. Ron foi o primeiro a entrar, sentando-se de forma decidida ao lado de Hermione, que não conteve uma risadinha. Harry, por seu lado, sentou-se desanimadamente ao lado de Laurel, que lhe lançou um olhar curioso.

- Esqueci-me! Tenho de ir à procura do meu irmão! - exclamou Ashley, pondo-se de pé de imediato - No ano passado perdi-me na estação de King's Cross e o pai fez-me prometer chegar junto do Cedric.

A morena abraçou Laurel rapidamente, sussurrando-lhe ao ouvido.

- Vou te escrever todas as semanas!

Laurel limitou-se a rir e a Hufflepuff saiu a correr da carruagem, acenando levemente para os restantes.

- Sempre um poço de energia.- comentou Meredith, revirando os olhos.

- Ela é irmã do Cedric Diggory?- perguntou Hermione, olhando pelo canto do olho para a Lovelace.

A Slytherin olhou para a Grinffindor com surpresa. As duas nunca tinham falado e pelo olhar de Ron sobre a Granger, aquilo poderia correr mal para a bruxa mais inteligente da Casa dos Leões.

- Não precisas falar comigo. - disse Meredith, enterrando o nariz no livro que trazia na mão.

Hermione encolheu os ombros, as bochechas ligeiramente rosadas. Ron lançou um olhar feio na direção da Lovelace, que ignorou por completo.

Laurel, por outro lado, não prestava atenção. O seu olhar prendia-se nas árvores que passavam e na presença irrequieta de Harry. Ele parecia nervoso, a perna abanando constantemente.

- Há algum problema?- perguntou-lhe a ruiva, ciente da tonalidade avermelhada que o medalhão de imediato.

- Estava só aqui a pensar... O que aconteceu na Câmara dos Segredos...

Laurel baixou os olhos, envergonhada. Lembrar a forma como quase aceitara a mão de Tom Riddle era assustador. Harry assistira aquilo e agora, havia uma sombra de desconfiança quando olhava para ela.

- Eu... Tenho de ir... Comprar doces. - foi tudo o que Laurel disse, saindo disparada pela cabine.

Sem pensar, a Ravenclaw limitou-se a andar pelos corredores, sorrindo aos colegas por quem passava, sem realmente ver ninguém.

- Laurel.

A voz gélida fê-la estacar, pensando por momentos que poderia ser Tom Riddle de novo, os olhos mortos da memória bem presentes na sua mente. Quando se virou, deu de caras com Draco Malfoy, que lhe estendia uma carta de forma bastante contrariada.

- A minha mãe mandou-te uma carta. Não faço ideia porquê.

Laurel aceitou, a medo. O rapaz bufou, virando-lhe as costas sem dizer nada. Ao abrir a carta, Laurel sentiu o seu pequeno corpo de criança desabar no chão, sentindo-se no meio do corredor do comboio sem se importar com quem lhe passasse por cima.

"Querida Laurel,

Tenho estado para te mandar uma carta há meses, desde que Lucious e Draco me falaram de uma rapariga chamada Laurel Raven. Fui amiga de Cora quando andava em Hogwarts e reconheci de imediato o sobrenome que ela usava quando não queria ser reconhecida como uma Ravenclaw. Também sei que és como eu: uma Black.

Tem cuidado contigo, Laurel. Se Lucious ou a minha irmã Bellatrix descobrem que a filha de Cora está viva, eles virão atrás de ti. Não direi nada ao meu marido mas de uma coisa tenho a certeza: uma Black Ravenclaw dá muito nas vistas e se alguém sabe a tua verdade identidade, eles virão atrás de ti.

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