(UM)

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Foi idéia da mamãe me levar pro chá de fim de tarde na casa da Sra. Rose, e não minha.
Vamos começar por aí.
Eu sempre achei que chegaria a hora de Thiago Ross (esse sou eu) crescer, e entender os problemas dos quais os adultos sempre falam, mais ir a um chá de fim de tarde com as amigas da mamãe não ajudaria muito no processo, afinal e oque eu sempre falo desde que tinha a idade do meu irmão Felipe Ross, com 5 anos, mulheres brincam com mulheres e homens brincam com homens, não que tomar chá com as amigas da mamãe seja um brincadeira, mais e meio constrangedor pra um garoto de 16 anos que está prestes a entrar para ensino médio.
Eu estava entrando no porão, é lá onde passo maior parte do meu dia, eu o chamo de "esconderijo super secreto".

- Vamos neném, estamos atrasados

Apesar da minha idade minha mãe ainda usa apelidos fofinhos quando se refere a mim, "neném" "bebe" esses são os mais comuns.

- Estou indo - respondi

Um dia antes do chá de fim de tarde eu estava pensando como seria o ensino médio, eu estava ansioso é claro! Na verdade eu estava muito, queria que o ensino médio fosse melhor que a 8 série da qual prefiro nem comentar. Já no carro minha mãe percebeu algo de estranho comigo.

- Está tudo bem querido?

- Sim - respondi

Estava aflito. Mais tinha um lado bom, nenhum amigo poderia me zoar, por ter ido a um chá de mulheres, porque eu não tinha amigos na cidade. Na 8 série tinha um amigo, Joy, sofremos bastante nas mãos dos valentões da escola, e ele nunca me abandonou mais eu tive que me mudar, então não tinha escolha. Eu estava pensando alto...quando mamãe bateu com o carro em algumas coisa, o impacto foi tão forte que bati com rosto no pára-brisa do carro, nada sério só arranhei um pouco a testa.

- Adri, oque foi isso!? - exclamei assustado, não e sempre que chamo mamãe assim só em algumas circunstâncias tipo agora, o nome dela é Adriana Ross.

- Eu não sei querido o car... - mamãe não conseguia se explicar estava nervosa

- Eu vou ver - na verdade eu não queria falar aquilo, não saberia oque estaria lá e se tivesse uma pessoa morta? Ahhh meu Deus - pensei

- Eu vou com você

- Não!! A senhora fique no carro, está muito nervosa

Eu desci do carro com um pouco de medo do que poderia estar lá, não vi nada, andei mais um pouco foi então que...ouvi um gemido parecido com um grito de socorro, era uma cachorrinha.

- Mamãe vem aqui - alarmei

- Estou indo querido

- Liga pro tio Max

Max é irmão de mamãe, ele é veterinário foi a primeira pessoa que imaginei, ele saberia lidar com aquela situação. Mamãe se assustou quando viu a cachorrinha.

- Oh céus, oque eu fiz!?

A cachorrinha conseguia andar um pouco, não me aproximei muito, estava com medo de ser atacado. O tio Max chegou uns 15 minutos depois.

- Oque aconteceu? Maninha parecia nervosa no telefone

Apesar da idade tio Max se referia a mamãe como maninha.

- Não sei bem oque aconteceu - falei

- Vou levá-la e cuidar dela

- OK, me de notícias tio Max

- OK

Tio Max levou a cachorrinha, mamãe havia voltado pro carro ainda estava nervosa o bastante pra não conseguir dirigir, fui em um bar ali perto pegar uma água com açúcar mamãe bebeu tudo e depois de um tempo se acalmou.

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