(DOIS)

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O telefone toca, já é noite e como sempre eu tenho que atender.

- Oi?

- Oi sou eu, Max.

Era o tio Max certamente com notícias da cachorrinha.

- Como ela está? - perguntei

- Melhor, só teve problemas com uma das patas

- Algo sério tio?

- Não muito, só precisa de cuidados, posso levar ela pra sua casa?

Bom, mamãe nunca nos deixou ter um animal ela sempre diz que eles só fazem bagunça, mais quem sabe dessa vez ela mudasse de idéia?

- Mãeeeee!! - gritei

- Oi querido

- Tio Max pode trazer a cachorrinha pra ficar aqui?

- Já disse que não quero animais em casa

- Mais é a cachorrinha que você atropelou

Não queria que mamãe se sentisse mais culpada, mais não tinha escolha.

- Ohh meu Deus - ela falou

- Pode?

- Sim, mais até ela ficar boa, e espero que não demore.

Mamãe não gostou muito da idéia, mais Felipe talvez iria gostar. Éramos 3 na mesa de jantar, mamãe, Felipe e eu, mais estávamos a espera do tio Max com a cachorrinha, eu observava mamãe dando comida pro Felipe, sentia um pouco de ciúmes, eu merecia um pouco mais de atenção, sentia falta de quando eu era a atenção na casa. Alguém bate na porta...

- Thiago vá abrir a porta! - mamãe fala sem olhar pra mim

- Oi tio Max

- Oi Thiago, onde está maninha?

- Na mesa de jantar

Levei tio Max até lá, peguei a cachorrinha nos braços e levei pra sala, tio Max ficou comendo. Ela estava limpinha e com um pano que cobria toda a pata. Quando chegaram na sala ela estava dormindo no meu colo. Tio Max passou as instruções de como cuidar dela e depois foi embora.

- Cuide bem dela, e não deixe que ela faça bagunça - mamãe afirmou, e depois subiu pro quarto com Felipe.

Logo em seguida eu subi também, fiz uma caminha com alguns lençóis pra ela, estava bem confortável por sinal. Depois fui pro banheiro tomar banho e escovar os dentes, quando voltei a cachorrinha estava na minha cama, tudo bem hoje você pode dormir comigo - pensei
Eu estava bastante cansado o dia foi bastante agitado hoje, mais não conseguia esquecer a garota da janela, eu tinha que conhecê-la.
...
O dia amanheceu tive que acordar cedo pra ir deixar uns livros que tinha pegado na biblioteca.

- Mamãe pode ir me deixar na biblioteca ?

- Não querido, estou indo pro outro lado.

A biblioteca fica perto da casa da Sra. Rose, por coincidência...coloquei os livros na mochila pequei meu skate e fui em direção da biblioteca. Quando passei pela casa da Sra. Rose não vi ninguém, estava tudo muito parado, logo cheguei no local, ainda bem porque o tempo não estava dos melhores, era bem provável que caísse uma tempestade a qualquer momento. A biblioteca estava cheia logo cedo, entreguei os livros e peguei uma HQ pra ler, só tinha uma mesa disponível, e tinha uma garota lá sentada com vestido branco, sentei de frente pra ela, a garota parecia bem concentrada.

- Então você gosta de romances ?

- Sim - ela respondeu

Ela levantou a cabeça e olhou pra mim, eu sabia que a conhecia de algum lugar, mais não lembrava.

- Legal

Ela era tão linda, seus olhos brilhavam sua pele era branquinha, nunca tinha visto algo tão maravilhoso, nem Júlia era assim, essa garota era especial. Ela terminou de ler, e eu ainda nem havia começado. Ela estava indo embora e estava chovendo lá fora, mais eu tinha um guarda-chuva, tinha que ajudá-la.

- Oi ?

- Oi

Agora eu estava mais perto dela.

- Não vai sair na chuva, vai?

- Tenho que ir, prometi ajudar minha mãe nas tarefas de casa.

- Pra onde é sua casa?

Ela apontou para rua da casa da Sra. Rose.

- Eu também vou pra lá, vamos?

- Não sei se devo - ela respondeu

- Bom ou é isso, ou e banho de chuva.

Ela riu com o canto da boca. Ela tinha o sorriso encantador...

- Vamos - ela respondeu

Então ela colocou seus livros na minha mochila, segurei o braço dela para que não se molhasse e fomos em direção a sua casa...
Estávamos quase perto da casa da Sra. Rose e ela disse...

- É logo ali

Eu me assustei, ali? será que ela e a garota da janela? - pensei

Paremos quase em frente a casa da Sra. Rose, ela saiu correndo sem se quer dizer obrigado

- Espera!!! - gritei

Mais ela não ouviu, então era ela mesmo, a garota da janela - pensei
Mais...nem se quer o nome dela eu sabia, talvez amanhã ela nem lembre mais do garoto que salvou ela da chuva.

Lembrei da cachorrinha voltei o mais depressa possível, ela deveria estar com fome.

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