(Sete)

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Faltava meia hora pra ir encontrar com Jane, deitei na cama, e novamente me peguei pensando sobre o primeiro dia de aula, não faltava muito para esse dia chegar...meu pensamento foi interrompido por um latido de Lulu, eu levantei coloquei comida pra ela, já eram 9:15, mandei mensagem pra Jane pra avisar que estava saindo de casa, troquei de roupa rapidamente, por sorte a praça fica um pouco perto da biblioteca e da casa de Brenda. Minha mãe também estava saindo de casa.

- Oi querido, pra onde está indo?

- To indo para praça mamãe.

- Quer carona? Estou indo na casa de Rose

Eu fiz que sim, não estava a fim de ir andando até a praça mesmo. Não demorou muito até chegar a casa da Sra. Rose, a viagem toda minha mãe não falou nada o'que de fato parecia bem estranho.

- Vou deixar você aqui tudo bem?

- Ta bom mãe.

- Bom...vou indo, cuidado!

- Ta.

Mamãe entrou na casa e eu fiquei ali na frente da casa da Brenda, a porta se abriu e eu me escondi atrás se uma árvore, não queria que acontecesse a mesma coisa que aconteceu mais cedo, mais dessa vez era ela, era Brenda, ela fechou a porta com força e sentou a escada, ela estava chorando, eu deveria ir até lá? mais o'que deveria ter acontecido, eu não poderia ficar ali parado tinha que fazer algo. Me aproximei.

- Oi? Brenda, sou eu Thiago.

Ela levantou a cabeça, e em um rápido movimento se levantou e me abraçou, eu segurei ela, dava pra sentir suas lágrimas molhando meu ombro, queria que aquele momento nunca acabasse, eu seria capaz de matar quem fez algo com ela, quem seria o culpado daquilo, eu a abracei mais forte não soltaria ela por nada.

- Tudo bem, o'que aconteceu? - sussurrei no ouvido dela

Ela ficou em silêncio, me largou e sentou novamente, eu me ajoelhei na frente dela, no outro degrau da escada.

- Problemas de família - ela respondeu com a voz fraca

Eu estava tão perto dela, dava pra ouvir sua respiração, eu não sabia o'que fazer aquilo nunca havia acontecido antes, mais que bom que a primeira vez foi com Brenda, eu enxuguei suas lágrimas e sentei ao lado dela.

- Quer conversar? - falei depois de um longo silêncio

- Não precisa, obrigado.

Eu quis insistir, mais não era o momento, agora ela só precisava de alguém que estivesse do lado dela.

- Tudo bem. Você conhece a mulher da casa do outro lado da rua?

- Não

- Bom ela é amiga da minha mãe, aquele é o carro da minha mãe.

- Hum

Aquele não era o tipo de assunto pra se falar no momento, mais precisava tentar animar ela

- Quer conhecer ela?

- Quem ? Sua mãe ?

- Sim...

- Não, to bem aqui

- Ela não morde

Ela riu, ela ficava melhor assim, eu fiquei feliz por ter conseguido

- E...eu sei - ela disse

Ela segurou minha mão e olhou pra mim

- Obrigado

Eu fiquei olhando pra ela, era a única coisa que me importava naquele momento, era o momento perfeito, que foi interrompido com o toque do meu celular.

- okay. - Jane mandou mensagem exatamente as 9:30

Foi então que me lembrei do encontro...

- Tenho que ir, desculpa.

- Tudo bem, Brenda respondeu

- Você vai ficar bem?

- Vou sim, tenho que ficar.

A resposta dela não me convenceu, eu queria ficar ali com ela pra sempre, mais precisava ir.

- Posso te dar um abraço? - perguntei olhando pra baixo

- Claro - ela respondeu

Eu abracei ela, e no sussurrei

- Se cuida.

Soltei e sai correndo em direção a praça. Quando cheguei lá Jane estava sentada no banco mexendo no celular

- Nossa ta fugindo da polícia?

- Claro.....que não, faz tempo que você já chegou?

- Não muito, você quer uma água? Ta precisando

- Sim porfavor

- Porque se atrasou ?

- Eu pensei que você já estivesse aqui a muito tempo, desculpa e que...eu tive que resolver um problema

- Problema familiar?

- Não, não, é uma garota

- Sua namorada?

Ainda não - pensei mais não respondi, o que havia acontecido no caminho da praça com Brenda e eu me deu esperanças

- Não, é uma longa história

- Bom o supermercado não fica muito perto daqui, então pode me contar no caminho

Eu acho que poderia falar com Jane sobre a Brenda, eu precisava falar com alguém, apesar de não conhecer ela a muito tempo sei poderia confiar nela, e talvez ela pudesse me ajudar...é quem sabe.

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