Capítulo 07: Júpiter

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Malena: Oi Teo

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Malena: Oi Teo. Não tem problema, depois você devolve.

Estou melhor sim, dormi bastante noite passada e isso ajudou.

Apertou enviar, hesitando um pouco na resposta. Tinha sido muito curta? Fora mal educada? Deveria ter perguntado como ele estava, não deveria?

Malena: E você? Já está em casa? Como foi o voo?

Era estranho. Estava com uma sensação boba no peito de que queria conhecê-lo melhor, mas amizades também passam essa sensação, não passam? Não queria que ele tivesse uma ideia errada, de que ela queria alongar a conversa e passar horas trocando mensagens... Segundos depois, outra notificação chegou.

"Você tem uma nova mensagem".

Malena sorriu e uma sensação de ternura se espalhou por seu corpo.

Teo: Fico feliz que esteja bem. E eu também estou bem, cheguei em Turim há umas seis horas e não dormi. Lembra do jet lag? Descontei tudo no avião. Agora estou indo treinar.

Teo apertou enviar e entrou no carro. Dirigiria mais ou menos vinte quilômetros até o centro de treinamento do Piemonte, que ficava em Vinovo, uma província de Turim. Estava cansado do voo, mas os treinamentos retornavam naquele fim de tarde. Ele sempre sentia que perdia algumas horas quando viajava. Em Buenos Aires ainda eram duas da tarde, mas em Turim já eram seis. Onde estavam aquelas quatro horas, já que o tempo que ele passou dentro do avião era o mesmo na Argentina e na Itália? Ele tinha perdido quatro horas da sua vida?

Esperava que Giovanna estivesse no centro de treinamento. Porque bem que estava precisando de uma conversa com sua melhor amiga — talvez ela pudesse lhe explicar o que estava acontecendo com ele, que passou o dia inteiro com uma sensação esquisita, uma ansiedade inexplicada toda vez que lembrava, bem... toda vez que lembrava dela. Bobagem enorme. Ele sabia. Nunca se sentiu assim e esperava que passasse rápido. Era estranho lembrar dela com aquela frequência. Querer falar com ela. Nem amigos próximos eram. Mas era como se uma força poderosa o atraísse até ela, até aquele maldito sorriso. Ele quis rir. Assim como quis rir — de frustração! — todas as vezes que esse pensamento lhe ocorreu nas últimas 20 horas.

"Vocês dariam um ótimo casal", e mais uma vez a voz de Emily ecoou em sua mente. Ou algo parecido com o que ela disse. Ele nem lembrava mais. Só sabia que a ideia tinha parecido ridícula no momento em que ela falou. E que ficou lá, no cantinho de seus pensamentos, cutucando. Crescendo. Passando da categoria "impossível" para a categoria "será?". A todo momento. Até que parou de soar como algo ridículo. Na verdade, soava como uma ideia maravilhosa.

E ao admitir que era uma ideia fascinante, não conseguiu mais voltar atrás. Estava curioso, queria saber mais sobre ela. Saber tudo. Ah, Malena... Se ela soubesse como ele estava patético naquele momento, também acharia engraçado.

A Lei da Gravidade #1 Série PiemonteOnde histórias criam vida. Descubra agora