— Sabe o que a gente poderia fazer hoje? — Emily indagou, mastigando a fatia de bolo que sobrara da festa de ontem. Era sábado, e o café da manhã tinha acabado de ser servido na fazenda da família Delyone — Ir nadar! Tem um lago aqui, sabia?
— Eu acho uma ótima ideia! — Giovanna enunciou, enquanto tomava um gole de café, que fumegava.
— É, vocês deviam mesmo aproveitar, está fazendo um sol maravilhoso — Agostina, a mãe de Teo, incentivou.
— Que tal se a gente fizesse um piquenique no almoço, por lá mesmo? — Emily deu outra ideia.
— Se for com a comida da tia Agostina, hm... — Gilberto, de boca cheia, brincou, arrancando uma risada da mais velha.
— Não se preocupem, eu arrumo tudo para vocês! — assegurou a senhora Delyone.
— Nos encontramos em 30 minutos, no lago? — pediu Emily, e todos assentiram.
A primavera era amena na Argentina e a temperatura normalmente ficava próxima aos 24°C, o que tornava tudo mais agradável ainda. Emily e Giovanna colocaram biquínis; Malena estava apenas com a parte de cima e um short. Não pretendia entrar na água, já que não sabia nadar muito bem. Quando as três mulheres chegaram no lugar combinado, Pergo já estava mergulhando e Teo nadava de um lado para o outro. Gilberto só assistia a cena, deitado na relva verde enquanto tomava sol. Bernardo cochilava sob a sombra de uma das árvores próximas e Nicolás estava sentado na borda do lago, parecendo entediado, enquanto mexia no celular.
Malena sentou perto de Gilberto, e Giovanna a acompanhou. Emily mergulhou na água e o saudosismo de quando fazia aquilo na infância a atingiu. Aproximou-se do primo.
— Ei, Teo... lembra quando a gente fazia exatamente isso quando era criança?
— Eu estava pensando nisso agora mesmo — sorriu — Lembra da vez que Daniel e Manoel brincaram que iam me afogar e você levou a sério e começou a chorar?
— Lembro! Aquilo não teve graça, eu fiquei assustada... — Emily fez beicinho.
— Quando foi que a gente cresceu? Esse lugar... estávamos sempre aqui. Agora é tão difícil...
— Foi bom, não foi? Nossa infância...
— Sim. Mas às vezes eu acho que perco coisa demais... vocês vivem coisas demais sem mim, eu queria... eu queria ser mais próximo.
— A gente sabe, Teo. Você está vivendo o seu sonho. Aproveita, vai ter tempo para você vir aqui daqui alguns anos — quando inevitavelmente ele se aposentasse.
Teo deu um sorriso triste.
— Eu sei, desculpa, é só que...
— Não pede desculpas por ser sentimental, garoto. Não foi assim que te ensinei — repreendeu Emily, fazendo Teo rir.
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A Lei da Gravidade #1 Série Piemonte
RomansaJá parou pra pensar na imensidão do universo e na quantidade de estrelas que brilham no céu? E nas leis da física que precisamos para essa imensidão toda? A gravidade, por exemplo...Sim, essa mesma, de quando a maçã caiu na cabeça de Isaac Newton e...