Capítulo 05: cristal

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— Sabe o que a gente poderia fazer hoje? — Emily indagou, mastigando a fatia de bolo que sobrara da festa de ontem

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— Sabe o que a gente poderia fazer hoje? — Emily indagou, mastigando a fatia de bolo que sobrara da festa de ontem. Era sábado, e o café da manhã tinha acabado de ser servido na fazenda da família Delyone — Ir nadar! Tem um lago aqui, sabia?

— Eu acho uma ótima ideia! — Giovanna enunciou, enquanto tomava um gole de café, que fumegava.

— É, vocês deviam mesmo aproveitar, está fazendo um sol maravilhoso — Agostina, a mãe de Teo, incentivou.

— Que tal se a gente fizesse um piquenique no almoço, por lá mesmo? — Emily deu outra ideia.

— Se for com a comida da tia Agostina, hm... — Gilberto, de boca cheia, brincou, arrancando uma risada da mais velha.

— Não se preocupem, eu arrumo tudo para vocês! — assegurou a senhora Delyone.

— Nos encontramos em 30 minutos, no lago? — pediu Emily, e todos assentiram.

A primavera era amena na Argentina e a temperatura normalmente ficava próxima aos 24°C, o que tornava tudo mais agradável ainda. Emily e Giovanna colocaram biquínis; Malena estava apenas com a parte de cima e um short. Não pretendia entrar na água, já que não sabia nadar muito bem. Quando as três mulheres chegaram no lugar combinado, Pergo já estava mergulhando e Teo nadava de um lado para o outro. Gilberto só assistia a cena, deitado na relva verde enquanto tomava sol. Bernardo cochilava sob a sombra de uma das árvores próximas e Nicolás estava sentado na borda do lago, parecendo entediado, enquanto mexia no celular.

Malena sentou perto de Gilberto, e Giovanna a acompanhou. Emily mergulhou na água e o saudosismo de quando fazia aquilo na infância a atingiu. Aproximou-se do primo.

— Ei, Teo... lembra quando a gente fazia exatamente isso quando era criança?

— Eu estava pensando nisso agora mesmo — sorriu — Lembra da vez que Daniel e Manoel brincaram que iam me afogar e você levou a sério e começou a chorar?

— Lembro! Aquilo não teve graça, eu fiquei assustada... — Emily fez beicinho.

— Quando foi que a gente cresceu? Esse lugar... estávamos sempre aqui. Agora é tão difícil...

— Foi bom, não foi? Nossa infância...

— Sim. Mas às vezes eu acho que perco coisa demais... vocês vivem coisas demais sem mim, eu queria... eu queria ser mais próximo.

— A gente sabe, Teo. Você está vivendo o seu sonho. Aproveita, vai ter tempo para você vir aqui daqui alguns anos — quando inevitavelmente ele se aposentasse.

Teo deu um sorriso triste.

— Eu sei, desculpa, é só que...

— Não pede desculpas por ser sentimental, garoto. Não foi assim que te ensinei — repreendeu Emily, fazendo Teo rir.

A Lei da Gravidade #1 Série PiemonteOnde histórias criam vida. Descubra agora