Capítulo 17: história

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O tempo passa, é claro

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O tempo passa, é claro. Tic-tac e um segundo se passou. Mas há quem diga que a nossa concepção de tempo é estranha — errada. Há quem diga que o tempo não é linear, e o passado, o presente e o futuro acontecem ao mesmo tempo — e já aconteceram, são imutáveis.

Albert Eistein dizia que o passado, o presente e o futuro são apenas ilusões teimosas e persistentes. Malena não saberia dizer, mas inevitavelmente sua mente voava para o passado — ou o que ela achava ser passado. Quantas pessoas percorreram aquela mesma rua antes dela? Quantas pessoas já passaram por debaixo daqueles pórticos?

Turim era linda. Divina, quase. Repleta de pórticos — feitos para que a realeza pudesse dar uma volta no centro da cidade sem se molhar com a chuva. O estilo barroco era predominante, com tons pastéis de amarelo e bege. Mas Turim não era só histórica: a parte nova da cidade, moderna e industrializada, era o contraste aguçado e lindo do que os anos deixaram de presente para os que estão vivendo no breve agora.

— O que você está pensando? — ouviu Teo perguntar, aproximando-se dela por trás. Estavam no Palazzo Reale di Torino, e Malena olhava atentamente tudo ao seu redor. A opulência, o brilho, o dourado. A exuberância e os detalhes: os entalhes nas paredes, os enfeites e pinturas no teto, o vermelho das cortinas. O tamanho dos lustres: grandes e resplandecentes. Os móveis exorbitantes. Era lindo e antigo e passava uma sensação etérea de que o passado está logo ali. De que é alcançável e quase se dá para ouvir o riso ou os passos de quem outrora correra por aqueles corredores...

Malena estava em Turim há 2 dias. No primeiro, dormiu quase o dia inteiro por causa do jet lag. Enquanto ela descansava, Teo foi treinar. Quando ele voltou, acordou-a com uma pizza original italiana e, depois do jantar, eles viram um filme abraçados debaixo de um cobertor. O apartamento de Teo, a cinco minutos do centro, era acolhedor e mais a cara dele impossível. O sofá de cor creme, a mesa de pebolim, os porta-retratos com fotos da família — e ela reparou que precisava pôr uma deles ali, para que ele lembrasse dela ao olhar para aquela estante —, as janelas com vistas para a rua, a cozinha elegante e moderna, a cama king size — que ele a jogou nela, inundando-a de beijos assim que chegaram. O closet impecavelmente arrumado, o banheiro da suíte elegante e luxuoso. Talvez essa fosse a palavra que mais o definisse: era um lugar luxuoso. Mas Malena não o via assim: parecia casa. Tinha o cheiro de Teo em todos os cantos. Era casa.

A Lei da Gravidade #1 Série PiemonteOnde histórias criam vida. Descubra agora