Capítulo 5

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Queria segurar-lhe o rosto entre as mãos e beijá-la outra vez.



Gizelly finalmente olhou-a nos olhos e mordeu o lábio inferior:

-Devo dizer que não foi nada mal para um beijo técnico. –Disse em uma voz casual que irritou Marcela. Não era possível que ela era tão... Tão insensível enquanto os sentidos dela chiavam como uma gota de água em uma frigideira quente untada com óleo.

-E o Oscar vai para... –Murmurou Marcela. Gizelly ainda sem dizer nada, saiu da sala.

Marcela estava prestes a xingar e dar um pontapé na perna da mesa de centro, quando viu no espelho através da porta do armário entreaberta. Gizelly havia parado no hall, e Marcela pode ver sua imagem invertida quando ela se abanava com as duas mãos como se sentisse calor, o que era estranho porque a temperatura estava longe de quente. Ainda mais com ar condicionado central ligado.

Marcela sorriu ao pensar na hipótese de ter caudado aquele calor repentino na morena, ainda estava com o sorrisinho bobo no rosto quando a encontrou novamente na porta da frente.

-Podemos ir em minha picape. –Disse Gizelly em um tom de voz sucinta que fez Marcela reprimir um sorriso maior e muito mais presunçoso.

-Não. Não podemos. A minha tem cabine estendida, não queremos que as coisas da minha avó acabem ensopadas de água.

-Então eu dirijo. –Disse Gizelly rapidamente.

Marcela parou no meio do caminho.

-O quê?

-Não me leve a mal Ma, mas você consegue dirigir pior do que os filhos de meus primos. –A morena estendeu a mão presumivelmente pedindo as chaves.

-Você é tão idiota Srta.Bicalho.

Gizelly arqueou a sobrancelha.

-Podemos ficar aqui discutindo o assunto. Tenho certeza que sua avó vai entender.

Marcela a fuzilou com os olhos e Gizelly pegou as chaves de sua mão antes que ela pudesse reagir

-Não fique bravinha "querida". –Provocou Gizelly destravando o carro. –Porque vão ser dois trabalhos; ficar e desficar.

Marcela revirou os olhos e lhe estendeu o dedo do meio.


***

Catherine Mcgowan, que preferia ser chamada de Cat, desembarcou do avião em Manchester e recuperou a bagagem em tempo recorde. Era bom está de volta, mesmo que fosse apenas por algum tempo.

Havia combinado de se encontrar com a neta na pequena praça de alimentação, e ela logo avistou Marcela de imediato, de pé ao lado de uma mulher um pouco mais baixa, vestida de maneira mais formal e esquadrinhava o aeroporto observando as pessoas. Cat embora não fosse de rotular e fazer julgamentos a partir da aparência externa das pessoas se perguntou como uma mulher que usava sapatos de saltos, com toda aquela refinação pudera servir tanto tempo ao exército.  

Marcela ainda não a avistara, e ela resolveu despender alguns minutos para dá uma boa olhada na neta. Estava um pouco mais magra o que não era de se admirar, já que não sabia cozinhar um ovo. Seu trabalho era tão físico que não demoraria muito para desaparecer devido sua dieta nada saudável.

Teria que colocar um pouco mais de carne sobre os ossos de sua neta durante sua estadia ali. A primeira vista, Marcela se parecia bastante com a mãe, principalmente pelo formato do rosto, mas podia ver que detalhes como cabelos e cor dos olhos, tinham saído o filho que havia perdido. Não demorou muito os olhos de Gizelly encontraram com os seus e ela sem duvida a reconheceu das fotos. Gizelly cutucou o braço de MArcela e, Cat podia jurar que, viu certo rubor na face da neta. No instante seguinte, sua princesinha crescida estava correndo pelo saguão para abraçá-la.

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