Capítulo 19

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Voltei...
Com um capitulo um pouquinho mais longo que o habitual.
Sobre o acidente do capitulo, gente... Não faço ideia como se procede e a gravidade das coisas em situações se semelhantes, por isso não entrei em detalhes. Me abstive em relatar por alto um acidente que tomei conhecimento através de uma amiga que é médica e trabalhou no Samu em um resgate com a situação relatada.

Boa leitura.
ps. Perdoem os erros que me passaram despercebidos.


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Contei a verdade à minha avó. –Disse ela. –Acabou.

O ar desertou os pulmões de Gizelly, deixando em seu rastro uma sensação doida que ele esperava se dever à falta de oxigênio, e não a algum sintoma de coração partido. Seria uma estupidez, que seu relacionamento com Marcela não era real. Fora forjado e sempre soubera que chegaria o dia que teria que partir.

Mas pensara que ainda restavam três dias e meio para se confrontar com aquela realidade.

-Você está bem? -Perguntou a morena. Marcela anuiu. Embora sua aparência dissesse o contrário. –E como ela reagiu?

-Tinha razão quando disse que minha avó estava desconfiando do que estávamos fazendo, naquele dia, durante o trabalho. Ela sabia o tempo todo.

Aquilo pegou Gizelly de surpresa.

-Sério isso? Que "veia" safada...

-Minha avó disse que suspeitou no instante em que nos viu juntas, no aeroporto, porque não parecíamos um casal... Íntimo.  Além disso, ela e a sua tia  estão conspirando desde o primeiro churrasco.

-Só pode está de brincadeira... Não entendo. Por que Cat não disse nada? E essas duas mentes perversas? Estão conspirando o que exatamente?

-Ela não disse nada porque queria descobrir o que estávamos tramando. –As bochechas de Marcela coraram e ela baixou o olhar para mesa.  –E as duas senhoras que deveriam ser maduras mentalmente começaram a conspirar para nos tornar um casal de verdade. Tem lógica?

-Oh! –Gizelly sinceramente não sabia o que dizer diante daquela revelação.  –Elas pensaram que poderíamos formar um belo casal? São tudo safadas, eu hein.

-É... Uma loucura, certo?

Aquela não era a direção que a mente de Gizelly estava tomando, mas talvez Marcela tivesse razão.  Era uma loucura. Ambas eram muito diferentes. Encontrava-se em fases diferentes na vida.

-Onde Cat está nesse momento?

-Tomando banho. Depois vai à cidade e... –Marcela se calou, porque as lágrimas ameaçavam outra vez. Em seguida, inspirou fundo.  –Consultará um advogado para passar esta propriedade para meu nome.

Gizelly a olhou com atenção.

-Pensei que isso fosse bom.

-É o motivo por que a verdade para ela. Minha avó estava insistindo em me dar a casa como presente de casamento, portanto tive que abrir o jogo.

-Mas ela já sabia.

-E sabia também que eu não aceitaria a casa tendo mentido para ela. Ela queria que eu falasse a verdade.

-Você é uma boa pessoa Ma. Honesta. Sua avó com certeza fez um bom trabalho.

Marcela nada respondeu.

Gizelly se serviu de uma xícara de café, esperando que a cafeína a ajudasse a recuperar o equilíbrio. Embora a tivesse pegado de surpresa, aquele desfecho beneficiava Marcela. Além de não precisar mais mentir para avó, Cat não venderia a casa para um estranho e, como Marcela permaneceria solteira, talvez toda aquela artimanha servisse para que Cat despertasse para o fato que não precisava de se preocupar tanto.

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