13 | Noite do Terror part.1

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     Ficamos em silêncio até Brandon sair e o meu nome ser chamado logo em seguida. Não evitei olhar para Aaron no caminho e não evitei olhar para trás antes da porta ser fechada. O policial sentou frente a única mesa que havia naquela sala, com duas cadeiras em cada lado e várias janelas que mostravam a vizinhança do Departamento de Polícia. Sentei na cadeira mais próxima, desviando meu olhar do policial que sentava à minha frente para observar o céu em sua imensidão azul com poucas nuvens me imaginando um dia antes sentada no balanço da varanda escrevendo minha história.

Com um pigarro, me vi olhando de volta para o policial que mantinha a mão em punho fechado frente a boca, seus olhos presos em mim como uma águia. Seus olhos esverdeados e pele morena se destacavam na sala de paredes cinza. Ele não parecia ter descansando desde a noite passada pelas olheiras ao redor dos olhos. Não deixei de notar a câmera na parede do canto e a luz vermelha acesa.

– Você é? – ele perguntou.

Pela primeira vez ele desviou seu olhar de mim para a mesa em nossa frente. Naquele momento percebi que o policial segurava uma caneta e antes mesmo que eu respondesse a sua pergunta, ele já estava rasurando no papel como se precisasse testar o objeto antes de escrever.

Por um momento tive vontade de sorrir com a semelhança daquele ato, coisa que eu estava acostumada a fazer quando abria meu caderno para escrever. A diferença era que aquele papel parecia importante, levando a imagem do brasão do departamento com ele em forma de marca d'água.

– Kennedy Anne Sanders. – respondi, observando o policial escrever meu nome com uma letra bastante elegante para um homem.

– Ah, eu conheço sua irmã, Madison. Estudei com ela na faculdade em Jackson. Eu sou Scott Fitzgerald, mas todo mundo me chama de Fitz.

– É um prazer, eu acho.

– Você é filha de Carl William Sanders e Adele Anne Sanders? – concordei balançando a cabeça. – Certo, vamos começar? Você está aqui porque falou com Liza Muller na noite do Centenário, certo? – assenti com a cabeça. – Ótimo. – disse marcando algo no papel. – Você lembra a que horas você a viu pela última vez?

– Foi depois do discurso do prefeito.

– O prefeito discursou às vinte horas. – disse ele, escrevendo no papel. – Você pode descrever para mim o momento?

– Logo depois do discurso todos bateram palmas e levantaram das mesas para aproveitar o restante da festa. Eu estava em uma das mesas e levantei para falar com... Vi a Liza com Bryan Johnson, eles estavam discutindo perto da pista de dança. Foi quando eu me aproximei e tirei ela de lá.

– Desculpa, você iria falar com quem antes de ver Liza e o senhor Johnson?

– Brandon. Ele estava em uma das mesas de comida. – o policial acenou com a mão para que eu continuasse enquanto escrevia no papel. – Então eu a puxei, tirando ela de perto dele e como agradecimento, ela gritou comigo.

Entre Segredos e SuspeitasOnde histórias criam vida. Descubra agora