Juan
Acordei bem mais animado hoje, pois vou conseguir um canto para morar. Desde que cheguei ao Brasil, estou me sentindo bem melhor. O calor desse país é incrível! Na primeira semana, já fui curtir uma praia. A faculdade onde vou terminar o curso está de férias, então ainda dá para aproveitar mais um pouco. Estou amando essa sensação de liberdade, já que desde os meus dez anos vivi em um internato.
Meu pai sempre foi muito exigente em relação ao meu futuro e estudos. Desde pequeno, sou tratado como um homem e não como a criança que era. Minha mãe não concordava muito com toda essa rigidez, mas ela nunca o contrariava. O internato onde vivi praticamente a maior parte da minha vida é um renomado da Inglaterra. Lá só tinha meninos, era um internato masculino.
Estudava o dia todo e aprendia de tudo que você possa imaginar. Ia para casa só aos finais de semana e confesso que aquilo era loucura. A tradição do internato era muito rígida e havia uma pressão psicológica muito grande. Quando passei para o ensino médio as coisas só pioraram e acabei repetindo o primeiro ano. Aquilo foi um choque para meu pai, pois dizia que eu tinha que ser perfeito em tudo. Na época, quase entrei em depressão, pois ele nunca reconhecia nada de bom que eu fazia.
Apesar de toda a pressão e loucura do internato, aprendi coisas boas e fiz amizades. Além de falar quatro idiomas diferentes, aprendi a tocar violão, piano e guitarra. Mas o que gosto mesmo de fazer é pintar. É como se fosse uma espécie de terapia para mim e um dia ainda terei uma galeria. Ah... Em relação a mulheres... É muito complicado. No ano que saí do internato, meu pai teve uma conversa séria comigo. Ele disse que eu faria Direito e nem me perguntou se queria.
A sorte dele é que realmente gosto do curso e que já estava realmente pensando em fazer. Com todo aquele papo de cuidar da minha herança, que era o escritório de advocacia que meu avô abriu com todo sacrifício, ele fez questão de dizer que tinha que ter foco nesse momento. Disse ainda que imaginasse que eu ia querer usufruir da minha liberdade, mas me alertou das consequências dos meus atos. E é claro que mulher era o ponto principal.
Ele tinha medo de que eu engravidasse alguma ou me envolvesse com drogas. Sempre tive uma trava de comunicação com meu pai e mesmo não admitindo, eu queria que sentisse orgulho de mim. Então acatei todos os seus conselhos. Quando acabei o ensino médio, passei para a Universidade de Cambridge. Meu pai ficou muito feliz, e deu um jantar exibicionista para seus amigos da alta sociedade.
Quando entrei na Universidade estava totalmente centrado nos meus estudos e não tinha tempo para um relacionamento sério. Foi aí que tive a genial ideia de dizer que era gay. Meu pai nem sonhava com isso, mas, de fato, fez as mulheres se afastarem um pouco. Depois que dispensei a garota mais bonita da Universidade com essa desculpa, à notícia se espalhou. Acabou caindo nos ouvidos do meu pai e na mídia. Disse para ele que aquilo era mentira e que um cara que invejava meu desempenho acadêmico espalhou essa calúnia.
Ele pareceu acreditar, já que sou bem másculo, mas resolveu me transferir de Universidade. Os boatos diminuíram, porém as mulheres ainda achavam que eu era gay. Na época, confesso que me arrependi de ter inventado isso. Não imaginaria que a garota fosse espalhar, mas foi burrice minha. Passei minha adolescência toda convivendo com garotos, então não sabia exatamente como o cérebro de uma garota funcionava. Apesar de tudo, foi melhor assim. Não queria me envolver seriamente com nenhuma mulher.
Só me envolvia com prostitutas, afinal tenho minhas necessidades. Todo final de semana, me aliviava assim. O bom disso é que elas não se apaixonam e nem cobram nada de você. Depois disso tudo, continuei fazendo Direito e nesse ano decidi me mudar para o Brasil. O que me impulsionou a isso foi o esgotamento da minha paciência. Meu pai estava ficando cada vez pior e mais exigente. Se metia na minha vida e me dava ordens como criança.
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Por ela eu viro hétero. ♂♀ - DESGUSTAÇÃO.
RomancePROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS PLÁGIO É CRIME - Artigo 184- Que traz o seguinte teor: Violar o direito autoral: Pena- detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa. ...