Capítulo 6 ♂

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Juan

Enquanto tento manter a calma e controlar meu pau, que parece ter vida própria vou preparando o almoço. Estou tentando pensar em coisas brochantes — mais uma vez —, mas o menino aqui ainda está bem acordado. Começo a ficar nervoso e percebo que Elena está vendo tevê. Decido beber um copo d'água e tentar me controlar. Pego o copo e deixo em cima da pia enquanto pego e a garrafa de água na geladeira.

Quando viro para encher o copo o derrubo acidentalmente e ele quebra dentro da pia. Droga, droga e milhões de vezes droga! Sou muito estabanado mesmo! Começo a catar os cacos e percebo que Elena vem até a porta da cozinha. Imediatamente me viro de costas para que não perceba minha ereção, que ainda está perceptível, apesar de ter diminuído.

— Tá tudo bem por aqui? — Ela pergunta e eu fico ainda mais nervoso.

É... É... Está sim. — Cato os cacos e gaguejo nervosamente. E se ela perceber que estou com o pau duro? O que vou dizer? "Ah, não esquenta, não. Estou com o pau duro por esporte" ou "Porque estou excitado com a sua presença"?

Merda! Tenho que dar um jeito de sair daqui logo.

— Espera que vou te ajudar a catar isso.

E, para meu desespero, vem em direção a pia.

— Não! — Me altero preocupado, pois não quero que veja meu estado.

— Ah, tá. Desculpe.

— Desculpe, não quis assustar você. É que não quero que se machuque com esses cacos. Pode esperar lá na sala que está tudo sobre controle.

— Está bem, estarei esperando.

Suspiro aliviado e observo que o menino agora resolveu dormir de tanto imprensá-lo na parede da pia. Menos mal, agora posso cozinhar tranquilamente. Estou realmente assustado com o efeito que essa mulher tem sobre meu corpo. Sempre fui um cara extremamente controlado em relação a isso. Apesar de me envolver com prostitutas e sempre dar prazer a elas também. O sexo para mim é isso: prazer mútuo. Antes de começar o ato em si, digo que estou pagando pelo meu prazer, mas pelo dela também.

Dar prazer é prazeroso. Por falar nisso, preciso me aliviar urgentemente, pois estou me comportando igual a um adolescente na puberdade. Ficar excitado sem controle? Nunca aconteceu isso comigo. Depois que tudo está pronto, resolvo arrumar a mesa. No internato, aprendi aula de etiqueta, e, por mais que a comida seja simples, a mesa tem que estar devidamente apresentável. Depois que arrumo tudo, vou até a sala chamar Elena. Ela vem até a cozinha e observa tudo com admiração, até que resolvo perguntar:

— E aí? Gostou? — Pergunto, sorrindo com a expectativa de sua resposta.

— Se eu gostei? Cara... Acho que será a primeira refeição decente que farei no ano. Está lindo! Você tem talento. Estou louca para provar!

De repente, fico todo orgulhoso. Por que exatamente? Resolvo deixar isso de lado e aproveitar o almoço.

— Que bom que gostou! Da próxima vez farei um prato melhor, com mais calma.

Puxo a cadeira para que ela sente. Acho que fica surpresa com meu gesto. Sou um cara educado, e, graças à etiqueta do internato, eu só sei agir assim.

— Obrigada. — Ela se senta e eu faço o mesmo.

— Bom apetite, madame.

Vejo que começa a se servir e resolvo me servir também. Observo seus olhos brilharem de admiração por causa de um simples arroz, feijão e omelete. O pior é que eu gostei da sua reação. Gostei de impressioná-la. É estranho estar em um país distante e tendo um momento totalmente simples e íntimo como esse. E pela primeira vez me sinto bem e estranhamente completo.

Por ela eu viro hétero. ♂♀ - DESGUSTAÇÃO. Onde histórias criam vida. Descubra agora