Capítulo 8 ♂

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Juan

Depois que saí com a intenção de tirar Elena da minha cabeça, tudo saiu ao contrário. Estava meio irritado e frustrado, então decidi passar em um bar para beber e esfriar a cabeça. Fui em uma espécie de boate na Barra e lá tinha bastante mulheres loucas por uma noite de sexo. Vou beber primeiro e esperar uma morena linda, que não parou de me olhar desde que cheguei, vir até a mim. Depois de ter tomado três doses de whisky, percebo que a morena se senta no banco ao meu lado.

— Oi, gato, você é daqui? — Pergunta, sedutoramente cruzando as pernas, me deixando apreciar sua calcinha.

— Oi, linda, como se chama? — Abordo tentando focar em outra coisa além de Elena.

— Jennyfer. E você?

— Juan, muito prazer. — Sorrio e já sei que está no papo.

— Gostei disso... Que tal irmos para um lugar mais reservado?

Mulher rápida, hein! Nem precisei de muito esforço.

— Claro. Onde você sugere?

— Vamos para uma sala vip que tem aqui, me acompanhe.

Levanto-me para segui-la. Observo seu corpo. Ela é gostosa, mas nem se compara a Elena. Droga, já estou pensando nela de novo. Decido sacudir a cabeça e focar na mulher que está a minha frente. Nós chegamos à sala indicada e quando entro, ela já vem pulando no meu colo igual a uma doida. Nem tive tempo de respirar. Começamos um beijo selvagem e eu estava envolvido. Porém, estava pensando na doida da Elena. Fecho meus olhos e imagino ser ela quem está me beijando e tocando. A tal Jennyfer começa a dizer coisas safadas, mas nem presto atenção. Minha mente está em outra pessoa. Ficamos no amasso durante um tempo e quando ia chegar na hora H, eu a chamo de Elena. E abruptamente ela levanta seu vestido, que estava abaixado e diz furiosamente:

— Do que me chamou?

— Desculpe.

É a única coisa que penso em dizer. Vejo a merda que estou fazendo e decido sair da sala deixando a mulher sozinha. Saio em direção ao estacionamento, pegando minha Harley Davidson. Dirijo sem rumo por um tempo em alta velocidade. Dirigir minha moto me faz relaxar. Depois que me acalmei, decido comprar alguma coisa para Elena comer, já que pediu para trazer algo para jantar. Passo em uma lanchonete e compro um sanduíche natural, já que não estou com cabeça para cozinhar hoje.

Ao chegar em casa, vejo a porta do meu quarto aberta e escuto risadas de Elena. Fico escutando por um tempo, pois ela nem notou minha chegada, já que está entretida com alguma coisa na tevê. Entro de fininho e fico encostado na porta, observando sua alegria. Ela é simplesmente perfeita, e eu não consigo deixar de olhá-la. Ela se assusta um pouco ao notar minha presença.

— Oi. —A cumprimento ainda sério. Acho que aquelas doses de whisky não me fizeram bem.

— Oi.

— Trouxe um sanduíche natural para você. Ia fazer algo para nós comermos, mas estou um pouco desanimado. Gosta de sanduíche?

— Claro.

Paro para observar a arrumação que ela fez no quarto. Percebo que até colocou um porta-retratos na cômoda.

— Gostou da arrumação?

— Ficou perfeita, obrigado.

Falo com sinceridade. O quarto ficou confortável e masculino. Até uma cortina ela pôs.

— Não sei se fiz certo, mas peguei uma foto na sua mala e coloquei no porta-retratos.

Ela aponta para a cômoda e eu me aproximo para observar. Olho para a fotografia com tristeza, pois a foto representa uma família feliz e unida. O que na verdade, não condiz com a realidade. Passei maior parte da minha infância longe dos meus pais e isso fez com que nos distanciássemos ainda mais. Meu pai acha que eu tenho medo dele, mas na verdade eu só o respeito. E é só isso. Não temos cumplicidade e nem intimidade e isso me dói. Acho que beber me deixou sentimental. Droga. Depois de observar, resolvo dizer:

Por ela eu viro hétero. ♂♀ - DESGUSTAÇÃO. Onde histórias criam vida. Descubra agora