CONTINUAÇÃO - COR DE MEL

Capítulo 201

Capítulo 201 💛
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|Luan narrando|
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— Atende... atende, amor. — Pedi, fechando os olhos. — Atende, por favor!
— O braço dele pegou mal jeito na hora que acertou o Tobias. — Escutei minha avó, comentando com meu avô.
— E a boca dele está com um pequeno corte, por conta do soco que Tobias revidou. — Meu avô disse e eu tentei ligar para Nathália novamente.
— Eu vou pra Aparecida! — Levantei do sofá de uma vez e os dois me olharam, assustados.
— Vai como? — Meu avô me encarou, confuso.
— De caminhão!
— Mas de jeito nenhum! — Minha avó levantou, balançando a mão na minha direção. — Você está de cabeça quente, estressado, se entrar em um caminhão e sair nessa rodovia... — Fez uma pausa, respirando fundo. — Deus, não quero nem imaginar! — Colocou as mãos nos ouvidos.
— A Nathália está sozinha, com medo, sabe-se lá, Deus, se ela ainda está com dinheiro pra comprar alguma coisa pra comer no caminho, eu PRECISO ir atrás dela! Será que vocês não entendem???
— E você acha que pegando o caminhão, vai conseguir alcançá-la antes dela chegar em Aparecida? — Meu avô esbravejou. — Amanhã você pega um vôo e...
— A cidade dela não tem aeroporto!
— ELA TÁ LIGANDO! — Minha avó gritou, apontando para o celular na minha mão.
— Nath??? — Atendi a ligação de imediato. — Amor, me responde, onde você tá? Me fala, eu vou te buscar, pelo amor de Deus! — Insisti, mas a resposta era o silêncio. — Por favor, amor, me responde... — Me sentei novamente no sofá. — Eu não estou te odiando, eu não te odeio, nunca vou te odiar, pelo contrário, eu tô preocupado com você e com saudade, deixa eu te buscar! O Tobias está detido, eu já entreguei a gravação para o delegado e a Silvana também já sabe de tudo, ela disse que não vai mover um dedo pra ajudar o Tobias...
— Luan, às vezes ela esteja respondendo, mas você não ouve, porque o sinal interfere. — Meu avô disse e eu neguei com a cabeça.
— Nath? Você me ouve? — Insisti e a ligação caiu. — Mas que porra! — Apertei o celular. — Eu precisava ao menos saber se ela está bem! — Fechei os olhos. — Ela nunca saiu sozinha na rodovia, sem mim! Não vou ficar sentado nesse sofá, sem fazer porra nenhuma, enquanto ela está por aí, perdida.
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