Mitologia Stark

Capítulo 14: As Memórias de Dark

–Silena, por favor, vamos conversar –Pediu o Dylan que havia voltado à ser apenas um, e agora tinha as memórias de todas suas partes e sabia que Silena Dark era sua filha com a dragão-bruxa.

–Eu não negocio, eu conquisto!

"Imagino toda a dor que ela deva ter passado para se tornar essa pessoa tomada pelo desejo de vingança. Eu quero saber, eu quero ver o que a fiz passar". Dark atacou com a espada do Orgulho dos Dragões, mas Dylan anulou a investida com a espada Eretuz e esticou seu rosto beijando os lábios da própria filha usando uma de suas habilidades que permitia ver o passado daqueles que beijava. Ele agora saberia de toda a verdade, a história de Silena Dark estava diante dos olhos dele.

Dylan viu uma batalha acontecendo no Hotel Plaza na Terra 24, onde Dolores, uma mulher capaz de abrir portais havia sido atravessada pela espada de Xena.

–Raaaaaa! –Dolores, uma senhora capaz de equilibrar as coisas abrindo portais, gritou liberando energia, ela havia sido gravemente ferida e de seu ferimento saíram raios abrindo dezenas de portais, onde os parceiros do espírito viajante foram caindo e se perdendo pelo multiverso.

Anastácia, a dragão bruxa, viu um mundo em chamas e caos cheio de criaturas e recuou assustada pondo a mão na barriga.

–Esse daí é perfeito pra você –Disse Shania a empurrando. Anastácia se viu caindo em câmera lenta para aquele mundo de dor e sofrimento e temeu pela segurança de seu bebê.

–Dylan Stark! –Ela gritou chamando a atenção do viajante que estranhou o seu olhar e a forma que ela segurava sua barriga. Ele se sentiu estranho, mas ela era sua inimiga e um monstro, não iria sentir pena dela caindo num inferno.

Anastácia viu o portal se fechando e ela despencando no inferno.

–Estou grávida de você –Ela disse, mas Dylan não pode ouvir.

Anastácia Dark caiu num solo de areia preta, se levantou olhando para os lados, o céu era vermelho, para todo lado havia chamas e rios de larva fervente, ela pode ouvir rugidos e gritos desesperados. Ela passou vários meses tendo que lutar por sua vida, fugindo de monstros poderosos e devorando monstros mais fracos. Até aqui essas memórias eram embaçadas, Silena não as tinha vivido, mas as imaginara dessa forma através dos relatos de sua mãe.

Anastácia encontrou uma caverna e golpeou o teto causando um desmoronamento bloqueando a entrada. Ela se deitou para dar a luz sozinha e foi a primeira vez que chorou naquele mundo, ela queria estar com seu clã, apertar a mão de alguém e receber ajuda. No fim teve que aceitar sua realidade e fez força para fazer seu parto sozinha. Logo ouviu choro de recém nascido e pegou seu bebe no colo, cortou o cordão umbilical invocando suas garras e cauterizou com um leve sopro de fogo.

–É uma menina –Ela disse tendo felicidade pela primeira vez em meses –Você se chamará Silena Dark. Aaaaaa! –Anastácia levou um susto ao sentir dor abdominal, ela fez força e sentiu algo saindo –Tem outro! –Ela fez mais força e outra criança nasceu –Um menino?

Duas crianças seriam o dobro de problemas, mas também o dobro de felicidade. Anastácia amamentou as duas crianças sorrindo toda suada e exausta.

–Eu chamarei você de Sloan Dark.

Por um lado a vida da dragão-bruxa ficou ainda mais difícil, pois agora tinha que se preocupar em alimentar e proteger duas crianças, mas por outro ficou muito feliz, pois não estava mais sozinha, e ainda veio uma esperança de sair daquele lugar.

–Um dos dois tem que ter herdado o poder de viajar pelos mundos!

Os poderes das crianças começaram a si manifestar por volta dos quatro anos, Silena demonstrou mais aptidão para poderes dragão, conseguia cuspir fogo e criar asas, já Sloan conseguia se teletransportar à curtas distância, com o tempo conseguiu aprender a levar a irmã e a mãe com ele.