"...confia em mim..."

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Samantha

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Samantha

As palavras não surtem o efeito por mim desejado, o anormal nem mesmo alivia o agarre em mim, ainda solta um sorriso estúpido sem desviar o olhar de fome do meu rosto.
Faz-me reviver as vezes em que tive que me esquivar de garotos mal intencionados, muitas vezes pagos pela bruxa para me assustar, nunca conseguiram consumar nada de pior devido há proteção fiel da minha irmã.
Quando por fim desvia o olhar para quem está atrás de mim, provavelmente para o mandar ir dar uma volta, sou de repente por ele afastada, como se desse conta de que sou a única portadora da peste negra, o impulso que me deu faz-me tombar sobre um corpo sólido que me ampara sem qualquer dificuldade, sou envolvida num casulo de braços fortes, cobertos de um tecido preto minuciosamente trabalhado, quando olho para o meu antebraço direito, lá esta ela, a mão coberta de desenhos, é ele, o meu enigmático observador.

- snhr Romero, peço imensa desculpa, não sabia que ela, que a senhora, que ela estava acompanhada, peço desculpa, eu, eu vou embora, peço desculpa snhr.- fala numa torrente de atrapalhação, não sei quem me segura mas fez temer quem não parecia ter medo, vejo que os quatro amigos já se apressam para a saída.

- fala numa torrente de atrapalhação, não sei quem me segura mas fez temer quem não parecia ter medo, vejo que os quatro amigos já se apressam para a saída

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Apolo Romero

Demasiada conversa garoto, demasiada conversa, tento não alimentar a vontade cega de lhe arrancar os dedos, e manter-me quieto enquanto o merdinhas sai.
É só a porra de um garoto, a inquietante revolta de a ver nas mãos de alguém acalma agora que sou eu quem a segura. Consigo sentir o leve perfume que a rodeia, suave, doce, frutado, talvez melancia, baunilha também, quero mais tempo para absorver o máximo que consiga dela, segurá-la pode ser a melhor droga alguma vez inventada, não a quero assustar porém, e a urgência em tirá -la daqui ainda corre em mim.
Pressiono levemente o seu corpo para que se vire, deixo que as suas delicadas mãos procurem apoio em cada um dos meus braços, como se também ela precisasse saber se sou real, mas mal se dá conta do gesto recolhe-as para si, não faças isso meu anjo, não precisas temer, quero dizer-lhe isso, estendo-lhe a mão e espero que a segure.

- Apolo Romero,- fito-a na esperança de que a qualquer momento me possa confidenciar o seu nome,sem hesitar deixa envolver a sua macia mão na minha que a engole por completo, não perco o olhar maravilhado que mantém sobre as nossas mãos. Por fim faz conexão com o meu olhar e posso acreditar que o magnetismo é mutuo.

Eu vou, prometo!Onde histórias criam vida. Descubra agora