Samantha
Ele vai tirá-lo de mim...
Antes de vir para cá eu sabia que este seria o preço...
Não é nada que a louca da Mónica não tivesse dado a entender.
Mimado controlador, era o que ela lhe chamava, jamais iria partilhar algo dele.
- Não te atrevas Apolo, não tens qualquer culpa. Vamos apanhar os filhos da mãe que fizeram isto. Eu estou contigo..."
O aviso do homem que mantém o meu filho sobre o peito é nítido mas envelodado em medo e dúvida.
E ainda assim a ansiedade que sinto não é provocada por ele, os meus olhos continuam fixos no pai do meu bebé.
Não sei o que é que ele vai fazer aseguir, e tendo em conta tudo o que tenho vivido devia estar com muito mais medo.
Mas não tenho.
É como se sentisse que finalmente o meu filho está seguro.
Não consigo entender.
Eu senti a raiva direcionada a mim!
Não ao bebé que este ainda desconhecido segura numa postura protectora.
Eu consigo lidar com a raiva direcionada a mim desde que continue a obter segurança para o meu filho, é isso.
Eles olham um para o outro, existe uma conversa através do olhar, algo cru e intenso.
Confiança.
O homem tem uma aparência familiar, algumas imagens escritas na pele espreitam através do casaco de couro, tem traços muito semelhantes com... , com o Apolo.
Eles só podem ser irmãos.
Ok agora consigo entender a forma protetora do homem, ele está a segurar o sobrinho.
O meu peito enche de um sentimento que não conhecia antes, não sei se existe sequer palavra para descrever.
Eu consegui.
Eu prometi ao meu filho que o protegia.
Que o ia tirar daquele pesadelo.Ele está em segurança, não preciso de lutar mais.
Eu consegui.
Mais lágrimas caiem sem que as possa controlar.
E está tudo bem por fim, eu posso não ter forças para lutar com o Apolo, mas eu vou arranjar um jeito de ficar bem se o meu filho estiver bem.
E eu sei que estas pessoas vão cuidar dele .Eu sei.
Tento me convencer, mas a derrota é avassaladora, o peso e o desespero de ficar sem ele... estou a ficar sem ar.
Fico segundos perdida numa luta interna que se dissipa assim que a porta abre e um homem mais velho entra.Dou dois passos incertos na direção do meu filho, tenho que o proteger.
Dou-me conta de que o medo afinal continua vivo e bem presente no meu peito, nunca vai ser suficiente acreditar que alguém o vai proteger, tenho que ser eu. Só eu.
- Calma minha querida, ninguém lhe vai fazer mal. É o Roger, da nossa máxima confiança.- a mulher impede que avance.
-Snhr, avistamos um carro suspeito. Acreditamos que seguiram o snhr, Alfonso até aqui.- o homem diz.
Apolo não expressa qualquer emoção à notícia que este trouxe, nada.
Meu deus, eles sabem onde estou. São os homens de Mónica, não tenho qualquer dúvida.
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Eu vou, prometo!
RomanceAlgumas horas de uma única noite foram o bastante para traçar um destino, ele prometeu, agora é lei. Doce, pacata e inocente, tudo o que o destino não a permite continuar a ser, por ela nem mesmo continuaria, podia acabar, doi, doi tanto, mas, ele...