Andrew PoV
Beijar Meredith Grey com certeza constaria na minha lista de experiências surreais. Para eu afirmar isso ,um exímio idólatra da vida mundana, é porque isso é realmente algo inédito. Há poucos dias atrás, eu riria de mim mesmo e me chamaria de brega se eu ouvisse uma frase assim que fosse proferida por mim. Entretanto,estando aqui, neste exato momento, beijando os lábios da mulher que eu desejei ardentemente nos últimos 10 dias era realmente algo digno de entrar para os anais da sociedade.
E o melhor de tudo é que o beijo foi iniciativa dela. Eu não havia tentado nada, não por não querer, mas por medo de ser indelicado, inconveniente ou estragar algo tão bonito que estava sendo construído entre nós dois. Mas ela...ela foi destemida e havia tomado as rédeas e agora me deixava conduzir esse bonito balé que nossas bocas formavam e se mostravam cada vez mais ávidas por aproveitar todo o tempo que tinham. O beijo era longo, explorador, delicioso, ao mesmo tempo que nossos braços e mãos buscavam se apoiar em algum lugar dos nossos corpos, buscando reconhecimento mútuo.
Quando Meredith se afastou, quebrando o beijo, nos olhamos profundamente, ofegantes. Eu não sabia o que dizer ou como agir diante de uma mulher pela primeira vez na vida:
- Meredith, olha, me desculpe...
- O quê?
- Pelo beijo, eu...
- Por quê? Você não gostou? - ela perguntou apreensiva.
- Não, não, imagina, não é isso, eu amei...eu...
- Por que está me pedindo desculpas então?
- Porque...porque...ah não sei!
- Andrew, fui eu que te beijei, você não tem que pedir desculpas...
Eu suspirei e balancei a cabeça. Eu não estava raciocinando direito:
- Por que me beijou, Meredith?
Ela virou-se de costas e se afastou um pouco, meio silenciosa.Mesmo aparentando apreensão, ela disse:
- Porque eu tive vontade.
Eu me aproximei dela novamente e ela virou-se para mim, me olhando nos olhos. Suspirando, ela continuou:
- Olha, Andrew...eu sei que sou teimosa, cabeça-dura, mas...eu também sei correr atrás do que quero. Não tinha como negar que eu me senti atraída por você. Você me tirou do sério no primeiro momento, mas depois...depois não adianta negar, eu...eu me senti atraída sim. Mas eu não sabia como agir, você é um hóspede e isso nunca aconteceu comigo...eu acho que eu estou louca mesmo, meu Deus, eu nunca agi assim!
Eu me aproximei mais ainda dela. Fechando os olhos ela continuou:
- Eu te beijei porque estava difícil demais ficar me controlando perto de você.
Eu sorri. Ela sorriu sem graça:
- Você deve estar me achando uma louca, né?E eu sou mesmo, vai, pode tirar com a minha cara, você tem esse direito!
- Não...
- Não?
Eu sorri, estendendo minha mão e tocando o rosto dela delicadamente:
- Não...na verdade, eu estou me perguntando por que você não fez isso antes.
E sem pensar mais, puxei-a novamente para um novo beijo, mais intenso, com os nossos corpos mais colados ainda e muito mais exploratório do que o da primeira vez.
Afastando-se ofegante, Meredith riu e deu um leve soquinho no meu peito:
- Você é tão frouxo, Andrew DeLuca! Fiquei esperando que VOCÊ tomasse a iniciativa, mas você só ficava me olhando, não fazia nada!
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Por acaso
FanfictionAndrew DeLuca é um médico jovem, de vida desregrada, mas que está ascendendo profissionalmente muito rápido. O excesso de trabalho e a vida sem freios o leva a um limite perigoso. Forçado a mudar de vida, ele vai para um Hotel Fazenda próximo a Seat...