O destino de Addison

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Meredith PoV

Voltar ao Hotel Fazenda GM me fazia sentir tonturas, mais do que o normal para o meu estado atual. Ao olhar a minha irmã assim, tão cheia de si, mesmo sabendo que todos ali estavam reunidos para fazê-la com que finalmente ela arcasse com as responsabilidades de seus atos, eu procurava entender o que se passava na cabeça dela e como ela poderia agir tão friamente assim, vendo tanto sofrimento.

Meu pai olhava para Addison de uma forma que eu nunca o vi olhar para alguém. No seu olhar, havia um misto de tristeza, revolta, raiva e, principalmente, decepção.

Muito sério e resoluto, ele disse:

- Eu vou dar apenas uma chance a você, Addison. Uma chance, não para se explicar, porque o que você fez não tem justificativa, mas para, ao menos, pedir perdão à sua irmã pelo que fez.

- Pedir perdão? - Addison perguntou surpresa.

- Vai perguntar ainda pelo quê, Addison?

Vi Addison levantar-se resoluta. Ela olhava para mim, o olhar sério, penetrante. Eu não desviei, eu continuava a encará-la, firme, por mais que meu estômago revirasse a cada segundo. Olhando para as minhas mãos e para as de Andrew, que estavam fortemente entrelaçadas, Addison disse:

- Eu não tenho por que pedir perdão.

- Não?!? - perguntou meu pai arqueando uma sobrancelha.

Addison parou de frente a mim e disse:

- Bailey e Will estiveram aqui a poucos dias me acusando de um monte de atrocidades...

- Que você confirmou com todas as letras - disse Carina não se aguentando.

Addison riu:

- Quem tem provas? Ninguém tem provas de nada. Vocês vieram até aqui para me acusar de algo porque é muito fácil acreditar que sou uma psicopata do que aceitarem que Andrew é um fraco.

Meu pai então, fez um sinal para o motorista dele que, resolutamente, trouxe a caixa retangular que Andrew me trouxera naquela noite. Meu pai despejou todo o conteúdo em uma mesa, acionou os vídeos das câmeras de segurança e o áudio de Addison que mostrava sua confissão e entregou à Addison, que olhava tudo indiferente. Quando as reproduções terminaram, meu pai desligou e perguntou:

- Ainda vai dizer que não temos provas de suas atrocidades, Addison?

Tranquilamente, ela respondeu:

- Essas provas não valem nada, papai. Vocês não tinham autorização judicial para gravá-las.

Will então, pegou um papel do bolso e estendeu-o à Addison, dizendo:

- Esse foi o motivo pelo qual resolvi fazer meu check out antes do Andrew e da Carina no nosso último dia aqui. Assim, ganhei tempo suficiente para conseguir as autorizações judiciais necessárias. Quem tem contatos, tem tudo, Addison.

Addison pegou o papel da mão de Will, nervosa, olhou-o e, sem titubear, rasgou-o em mil pedacinhos. Will sorriu:

- Pode rasgar, Addison. Isso é só uma cópia. A autorização original está comigo, muito bem guardada e será providencial.

Addison olhava para ele furiosa. Finalmente, libertando toda a fúria que estava guardada dentro de si, Addison explodiu:

- EU ODEIO VOCÊS! ODEIO TODOS VOCÊS COM TODAS AS FORÇAS!!!

Ela começou então seu ataque de fúria, jogando todos os objetos que estavam em cima da mesa no chão, atirando os pequenos vasos contra a parede e, depois de certificar-se que não havia mais nada para quebrar, Addison olhou em minha direção e partiu para cima de mim, em um ataque de fúria quase incontrolável.

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