𝐑𝐀𝐈𝐎𝐒 𝐒𝐎𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒| ❛❛ Família nunca esquece o outro, lembra? Família Luke, você prometeu. ❜❜
Ruby Monroe era uma perfeita semideusa de Apolo. Quando chegou ao acampamento aos seis anos junto com outros dois semideuses e um sátiro, destacou...
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RUBY NÃO SAIBIA EXATAMENTE EM QUE MOMENTO achou que as coisas poderiam dar erradas. Talvez fosse pela forma como Classe La Rue olhava para Percy Jackson, os olhos brilhavam com malícia e o sorriso que carregava nos lábios parecia gritar "Cuidado, cão perigoso". Podia também ser pela confiança extrema que o garoto demonstrava carregar, como se já houvesse passado por aquilo muitas vezes e soubesse exatamente o que fazer.
Percy entregou a Annabeth seu chifre de minotauro e se preparou para a luta, mas antes que percebesse Clarisse tinha segurando-lhe pelo pescoço e o arrastado na direção de um edifício de blocos de concreto que Percy percebeu imediatamente que era o banheiro.
Percy chutava e dava murros no ar. Já tinha estado em muitas brigas antes, mas aquela Clarisse grandalhona tinha mãos de ferro. Arrastou-lhe para dentro do banheiro das meninas. Havia uma fileira de vasos sanitários de um lado e uma fileira de chuveiros do outro. Cheirava como qualquer banheiro público.
Percy estava pensou - tanto quanto podia pensar com Clarisse lhe arrancando os cabelos - que se aquele lugar pertencia aos deuses, eles deviam poder comprar privadas melhores.
As amigas de Clarisse estavam todas rindo, e Percy tentava encontrar a força que usara para enfrentar o Minotauro, mas ela simplesmente não estava lá.
Ruby queria gritar ou tentar separa-los daquela briga. Ela sabia bem o que Clarisse faria em breve, para a filha de Ares era como uma espécie de "boas-vindas" nada amigável. Mas se não podia intrometer-se, ao menos ficaria ali, no canto, apenas observando.
― Como se ele fosse dos Três Grandes ― disse Clarisse, empurrando Percy em direção a um dos vasos. ― Certo. O Minotauro provavelmente caiu na risada, de tão bobo que ele parecia.
As amigas abafaram o riso.
Percy notou Ruby e Annabeth no canto, ambas observando através dos dedos.
Clarisse o forçou sobre os joelhos e começou a empurrar sua cabeça para dentro do vaso sanitário, que fedia a canos enferrujados e, bem, ao que vai para dentro de vasos sanitários. O garoto fez esforço para manter a cabeça erguida. Estava olhando para a água imunda e pensando: eu não vou enfiar a cabeça naquilo. Não vou.
Então algo aconteceu. Percy sentiu uma pressão violenta na boca do estômago. Ouviu os encanamentos roncando, os canos estremeceram. A mão de Clarisse no seu cabelo afrouxou. A água pulou para fora do vaso, formando um arco por cima da cabeça do moreno, e em seguida se viu estatelado sobre os ladrilhos do piso do banheiro com Clarisse berrando atrás de ele.
